Pov CarolSe eu continuasse assim a única certeza que eu tenho é que faria um buraco no chão, fazia mais de uma hora que eu andava de um lado para o outro no corredor do hospital, completamente desesperada, sem nenhuma notícia dela.
Assim que Victor desligou o celular a gente correu para cá, mas até agora ninguém me deu notícias dela. Vitão está tão desesperado quando eu, está puto da vida com Selma, e eu não tiro a razão dele.
-Vou ter que ir buscar Thay na casa dela. -They estava nervosa demais, já tinha me ligado umas dez vezes pra saber da amiga. - Ela está sem carro e Elana tá viajando. -Victor veio até mim e beijou a minha testa. - Qualquer coisa me liga, tá? - Assenti. - A nossa menina vai ficar bem. - Saiu.
Fiquei sozinha com o meu desespero e medo de perdê-la, em um completo vazio e silêncio no corredor, por onde eu andava de um lado para o outro. Eu não ia me perdoar se algo acontecesse com ela, eu poderia ter ajudado, ter ficado acordada para ouvir o seu chamado, mas eu não fiz isso, eu não fiz.
Me sentia totalmente incapaz e culpada por não ter conseguido ajudá-la, sabia que Selma também tinha culpa nisso tudo, mas a vida perfeita de Day não seria a mesma comigo ao seu lado, por isso eu também tinha culpa.
Como se o universo conspirasse cantra mim, como parecia está fazendo nas últimas horas, Selma entrou pelo corredor, ao lada da sua fiel escudeira, Sara. Selma mantinha sobre mim um olhar prepotente, sobrebo de quem tinha conseguido o que queria.
-O que está fazendo aqui? - Ela perguntou me olhando de cima a baixo. - Esse era o último lugar que deveria estar. - Sua voz me causava arrepios, me fazia lembrar de coisas ruins.
-Essa gentinha acha que pode frequentar o mesmo espaço que nós. - Sara cuspiu as palavras. - O mundo já não é mais o mesmo. - Sorriu.
-Eu só quero saber como ela está. - Respondi tentando ao máximo manter a calma. - Tenho certeza que ela irá gostar de me ver aqui. - Elas riram.
-Oh querida eu tenho tanta pena de você. -Selma olhou nos meus olhos. - Você é uma bela moça, mas entenda a minha filha foi bem criada não é pro bico de qualquer uma. -Ela era uma mulher problemática, e eu aprendi a lidar com pessoas problemáticas.
-Eu sinto muito por você pensar dessa forma sogrinha. - Ela se incomodou, mas manteve a sua pose. - Você pode manipular a sua filha, mas comigo é bem diferente. - Ela riu.
-Olha ela ficou irritadinha. - Sara começou a falar. - Dayane tem uma historia comigo, e não é você que vai apagá-la. - Sorriu. - Sabe para onde ela estava indo quando essa merda toda aconteceu? - Neguei. - Para minha casa, porque é a mim que ela ama.
-Eu não vou cair nesse seu joguinho sujo.
-Suja é você garota. - Sara me dava nojo.
-Deixe querida - Selma falou olhando para Sara. - No fundo ela sabe que Dayane só está brincando com o coraçãozinho dela. - Seu sorriso cínico me dava nojo. - O corno é sempre o último a saber mesmo. - Elas riram.
-Familiares de Dayane de Lima Nunes, são vocês? - Assentimos. - Me acompanhem por favor. - O homem alto e de cabelos preto falou, mas antes que eu pudesse segui-lo Selma me parou.
-Você não faz parte da família, querida. - Sorriu. - Agora saia daqui antes que eu mande alguém lhe tirar a força. - Entrou e fechou a porta atrás de si.
Sabia que aquela mulher era assustadora, mas nunca imaginei que chegaria a esse ponto, tenho certeza que ela deve ter falado um monte de mim para Dayane, mas se ela pensasse que eu iria desistir assim, fácil da filha dela, ela tava muito enganada. Não iria fazer um barraco aqui, não em uma situação como essa, mesmo que eu queira saber dela, Selma pode ser um péssima pessoa mais ainda assim é a mãe dela.
Me entristecia ver ela agindo dessa forma em um momento como esse, mas não tinha nada que eu pudesse fazer, então só me restava sentar no corredor branco e sem vida desse hospital e chorar.
Em meio ao choro, ouvi passos se aproximando, e logo os braços quentes e macios de Thay estavam ao meu redor.
-Aconteceu alguma coisa? - A voz desesperada de Victor me fez voltar para realidade. - Me diz que não foi nada com ela.
-Selma e Sara me proibiram de entrar.- Respirei fundo tentando não chorar. -continuo sem nenhuma notícia dela. - Victor me olhou.
-E você não fez nada? - Neguei. - Você é muito boazinha Carol, vou te mostrar como é que lida com essas cobras.
-Onde eles entraram? - Thay perguntou levantando do chão e me levando junto com ela.
-Naquela sala. - Apontei e eles não esperaram mais nada antes de ir até lá.