Morte a Todos os Cupidos.

282 26 169
                                    

Naquela manhã, Jessica não conseguiu fazer sua rotina pela primeira vez. Era justo afirmar que a garota, a cada dia que passava desde que conhecera sua professora particular, estava a mais um passo da loucura. Por que? Essa era a pergunta que a Jung se fazia todo dia também.

Naquela manhã, Jessica não estava raciocinando direito, podia ser por conta da bebedeira de fim de semana, mas achava muito difícil ser esse o real motivo já que a ressaca dela foi à um dia atrás. Ela apenas queria entender o que estava acontecendo, e queria entender rápido.

A castanha ouviu alguém bater em sua porta e rapidamente saiu de seu pequeno devaneio, olhando atentamente para a mesma e observando seu pai entrar em seu quarto. Jessica franziu um pouco o nariz ao ver o senhor de meia idade se aproximando com uma xícara de, possivelmente, café. Detestava ter que ser interrompida pelo seu pai, por mais que saiba que ele não fazia mal a uma mosca, provavelmente era coisa de pais de primeira viagem.

– Bom dia. – Ele disse segurando a xícara. – Dormiu bem?

– Tirando a parte que eu tô com olheiras terríveis e com uma grande vontade de me jogar da minha janela... – Jessica disse quase que um murmúrio. – Sim. O que foi?

– A senhorita Kwon ligou para sua mãe para avisar que ela não vem hoje. Disse que está ocupada com alguns trabalhos que ela tem que fazer com seus outros alunos. De qualquer forma, ela mandou checar seus e-mails, ela mandou um trabalho de fixação de matéria para você.

Jessica fez uma cara triste e ficou com medo de seu pai perceber a tristeza dela, mas logo concordou com a cabeça para o mais velho. Ele sorriu gentilmente para a menina, tentando passar um pouco de conforto para a mesma e caminhou até a porta para deixar o quarto de sua filha. Quando seu pai fechou a porta, soltou um suspiro pesado e foi diretamente para seu celular checar suas mensagens, para depois checar seus e-mails.

Mesmo com um tédio enorme, tinha que responder suas mensagens e tinha que fazer o trabalho que sua professora havia mandado, por mais que sua cama estivesse extremamente confortável naquele dia. Ela precisava estudar e conseguir boas notas, pois se reprovasse em sua prova final, pularia da sacada.

Porca Safada:

Melhorou da ressaca, yag?

Jung:

Ressaca se cura com mais cachaça, me espera hoje de noite que eu vou levar uma garrafa de Soju pra nois, eh isto

Porca Safada:

Ai misericórdia sabe

Mas tá bom né já que insiste TANTO .

Jung:

Preciso matar meu cupido afogado em cachaça e em sertanejo

Se não eu choro pra sempre .

Porca Safada:

IrraaAAAA

Jessica suspirou e foi checar seus e-mails de uma vez, já que iria para a casa de Tiffany de noite. Tinha que fazer esse trabalho pra se livrar logo das tarefas da professora, mesmo estando um pouco chateada com a mesma. Qual foi sua tristeza (E surpresa) ao ver que havia somente um trabalho da professora, assim como seu pai havia lhe informado. Pensou que a professora no mínimo iria dar um "Bom dia, desculpa a ausência hoje, tive um imprevisto e blá blá blá", mas não, foi praticamente "Toma um trabalho, te odeio porra".

Minha Professora ParticularOnde histórias criam vida. Descubra agora