Socorro, Ela é Muito Gostosa!

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O sol matinal já era nitidamente um incomodo para a pequena garota que dormia tranquilamente em sua grande cama. Sentia uma leve vontade de levantar para fechar sua cortina e voltar a dormir sem o sol lhe atrapalhar, mas só na hipótese de ter que levantar para poder fechar as mesmas, sentia preguiça.

Respirou profundamente e se virou na cama, provavelmente ainda era cedo e a mesma não tinha a mínima paciência de acordar nesse horário, já que não era mais necessário ir às aulas. Infelizmente o relógio biológico de Jessica a fazia acordar por volta das sete e meia por conta do horário escolar, mas decidiu forçar seu sono novamente, numa tentativa falha de voltar a dormir.

A castanha pode ouvir o leve ranger de sua porta se abrindo, como se alguém estivesse abrindo lentamente para passar despercebido. Jessica decidiu dar de ombros e forçar mais uma vez o sono, se concentrando bastante em não deixar o barulho da porta a interromper. Foi então que, como um tsunami, sentiu todo seu corpo molhado e gélido, como se tivesse mergulhado na neve em pleno inverno.

Jessica arregalou os olhos pois não estava crendo naquilo. Tinha que ver sua cama toda molhada para ter certeza que era isso mesmo que estava pensando e, quando tudo aquilo se confirmou, ainda não acreditava na barbaridade que haviam feito consigo. Olhou incrédula para o lado e viu seu pai com um sorriso sacana no rosto.

– Ok. Que PORRA é essa? – A garota deu ênfase no palavrão, mas ao se virar e olhar para seu pai com um balde (Agora vazio), se arrependeu um pouco. – Pra que isso, mano?

– Eu não sou seu mano, tá ligado?

– Pai.

– O que?

– Nunca mais fala assim comigo de novo, você é um velho. – E assim, a menina se levantou pingando água por todo seu quarto, até entrar para o seu banheiro, que ficava ali mesmo em seu quarto.

Assim que percebeu que seu pai estava a seguindo, fechou a porta em uma rapidez que seu pai achou impressionante, e trancou a mesma estalando a língua em sua boca, fazendo um leve biquinho no final. Já tinha sido ensopada logo pela manhã, ela só queria um minuto de paz.

– Eu joguei água em você porque pensei que não iria acordar, docinho. – Seu pai tentou falar, ouvindo uma risada debochada da outra pela porta.

– Você ao menos tentou um "Jessica, acorda"? – Jessica disse já tirando suas roupas molhadas e deixando no canto do banheiro, para depois lavá-las. A mesma não ouviu seu pai responder seu comentário. – Acho que não né. Eu tava dormindo, mas não tava morta.

– Enfim, tome seu banho. Sua professora particular chega às oito e meia. Não quero que você falte nenhuma aula, entendeu? – Seu pai lhe falou através da porta, ficando em silêncio por alguns segundos. – Se você deixar sua professora esperando, Krystal vai deixar ela entrar e autorizar que ela te tire do seu quarto.

Jessica bufou mas não respondeu, pois sabia que discutir com seu pai era o mesmo que debater com um pedaço de pedra no meio da rua, pois o mesmo era tão teimoso quanto si mesma. Assim que terminou de se despir, abriu seu chuveiro na água mais quente possível, deixando todo seu corpo gelado se esquentar com a temperatura agradável em que o chuveiro estava.

Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo consigo. Logo ela, que tanto julgava outras pessoas por contratarem esse tipo de "serviço" tosco. Mas agora não podia dar atrás, não até passar de ano através das provas de dependências. Não queria estar terminando a escola com vinte anos e nem nada do tipo, pois já achava a formação de sua escola muito atrasada, uma vez que estava concluindo o ensino médio com dezoito.

Terminou seu banho imaginando se deveria vestir roupas bonitas ou roupas confortáveis, já que não sabia com que tipo de professora lidaria; Por fim decidiu por roupas mais confortáveis pois estava dentro de sua casa e pouco lhe importava se sua professora iria achar ruim ou não, pois quem tinha que se sentir confortável era ela.

Minha Professora ParticularOnde histórias criam vida. Descubra agora