N°19

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2 semanas depois...

- Ângela? Ângela!! Ângela vem na mamã vem.- eu estava na biblioteca da faculdade, vestia uma camisa com as escritas

" Mamãe oficial"

E a da minha pequena tem as escritas

"Pimentinha oficial"

Ideia incrível que eu tive no meio da madrugada, consegui registrar a Ângela Teixeira Dinis, infelizmente a Lia só tem piorado, mas tenho pensado pouco nisso. Estou aqui a engatinhar enquanto sussurro  o nome da minha filha.
- Pimentinha, pimentinha.- enquanto engatinho vejo o biberão no chão, depois a chupeta, depois a tentar escalar uma pilha de livros está a minha bola de carne que não consegue ficar parada, levanto e limpo, recolho tudo e vou ao encontro dela, quando estou prestes a chegar alguém lhe puxa.
- Eii, essa bebê é minha, queres a tua faça.
Maia- calma, eu estava a passar por aqui e vi ela sozinha, entrei para te procurar.
Ângela- iinha, inhaa mamã
Maia- o que ela quer?
- Chupetinha, mas ela deixou cair no chão e preciso desinfectar, vamos ao refeitório?
Maia- vamos então.
Fui pegar as minhas coisas e a pastinha da Ângela, lá no refeitório eu consegui que as tias levassem a chupeta para ferver e nós ficamos à espera.
Maia- então? Está tudo bem?
- Está bem demais até, pensei que as coisas fossem mais duras, no trabalho o Anastácio ganhou uma netinha, ele mima tanto essa coisinha que daqui a pouco ela me troca, em casa o meu tio ganhou uma cúmplice, tudo o que ele faz ela acoberta, acreditas que ontem eu estava a falar com ele sobre a louça e ela me fechou a boca, e ainda disse não, já o Butter, coitado do meu bebezinho, a Ângela está sempre a lhe apertar, sempre ih, a Viola é a tia que só compra roupas, e tudo de frutas, são fofinhas admito, mas já não tem espaço no armário dela, o sacana do João utiliza a minha menina para conquistar as miúdas.
Ângela- Oao, Oao Oao
- Sim bebê, o tio João, mas sim, está tudo bem, só preciso de ir ao hospital para saber das alergias dela.
Maia-ela é alérgica a quê?
- Ginguba, banana, algumas ervas e a amêndoas.
Maia- tem que se ter cuidado então, posso ir contigo ao hospital?- olho para ela e achei fofo o convite.
- Podes sim, vamos amanhã de noite, trabalho de manhã, estudo a tarde, descanso de noite porque a minha bebê não faz confusão né amorzinho? E mãe a tempo integral né.
Maia- é mesmo um anjo ela.
Deixa falar sobre a minha bebê, com 3k quase 4, cabelos loiros e os olhos de um castanho claro que eu me perco sempre, pele branquinha que fica vermelha sem muito esforço, ela tem um sinal na palma da mão, parece um raio, eu particularmente amo, na verdade, eu amo tudo nessa bonequinha aqui.
- O hospital fez uma banca de doação de leite.- digo depois de pegar a chupeta e dar na minha pimentinha.
Maia- Sério isso? Uau, essa atitude é linda.
- Verdade, mais hospitais deviam fazer, tendo em conta que muitas mães não produzem leite.
Maia- Deviam normalizar isso.
- Verdade- a Ângela estava toda entretida com a chupeta que nem ligava a nada, eu ia entrar para a última aula quando o professor me para na porta.

Prof- Oh, menina Graça, que bebê linda ela.
- Muito obrigada professor.
Prof- sou filha? Mas eu nem lhe vi com a barriga.
- É adotada professor.- a Ângela estava toda atiradinha para o professor, também, era o maior broto né, não tem como filha, a mamã apoia.
Prof- uau, uma grande mulher tu, eu posso pegar?
- Ah claro professor, pega.- depois de entregar a traidora entramos para a sala, o que era a maior sanzalisse silenciou, todos olhavam para nós, povo chato.
A Ângela ficou com professor na cadeira dele e eu fui sentar, a Catarina deu um chute na minha cadeira, me virei:

- É quê?
Catarina- grossa, só queria saber o que o professor faz com a tua filha.
- É que a menininha aí se engraçou toda para o prof, assim sem mais nem menos, logo ela que foge das pessoas como eu fujo de um relacionamento sério.- Catarina ri.
Prof-meninas, pouco barulho.
- Desculpa prof.
Catarina- eu se podia também me jogova, me jogava todinha nesse pedaço de croissant.
-Ahh para Catarina.
Catarina- me fala que ele não te abalar toda?
- Nem por isso, acho ele kitavel.
Catarina- o quê?
- Serve para ser kit.
Catarina- como assim kit? De beleza?- bato com a mão na testa, ohhh miúda lerda.
- Não Catarina, lá em Angola quando dizemos que alguém é nosso kit é porque é tipo ficante/amante ou isso entendes?
Catarina- uhhh, o teu país tem gírias fodas yha.
- De somos fodas bebê, não tem como, a fruta não caí longe da árvore.
Catarina- isso mesmo.
A aula passou normal, depois que saí fui esperar o João junto com a Maia, a pimentinha estava a dormir, era quase a hora de jantar e eu tinha que chegar em casa, 20min depois já estávamos  em casa, dei ela de comer e tomei um banho, vesti uma camisa grande minha e umas chinelas também, as meninas e o João estavam aqui a conversar com o meu tio, é sexta dia de festa, ou seja, sexta dia em que ficamos aqui a falar de jogos, comer pizza, fazer fofoca e beber refrigerante.
Viola- sabem a professora que Engenharia? Ela quase me pegava hoje na sala.- silêncio.
Viola- o quê?- perguntou ao notar que todo mundo olhava para ela com uma expressão de surpresa e sei lá.
João- conta isso bem.
Tio Denny- é gostosa a professora?- todos acenamos em concordância.
Viola- eu fui a última a sair, então ela me pediu ajuda para levar as coisas e eu fui, só que eu deixei cair uns papéis e quando baixei para apanhar depois de quase um minuto senti ela a passar a mão nas minhas pernas, assustei e levantei, assim que me viro ela me agarra e me dá um beijo que meu Jesus, as pernas até tremeram, pegada maravilhosa que ela tem.
Maia- eu sempre pensei que ela fosse hétero-diz ainda pasma.
- Estou rosa chiclete agora.
João- uauuuu, só, uauuuuu.
- Depois dessa eu vou apanhar um ar- levanto e vou para fora, na verdade eu só queria um pretexto para ver a lua e as estrelas, ao ver aquilo respirei fundo, apesar de estar bem as estrelas sempre me acalmam.
Maia- fã do céu estrelado?- pergunta perto do meu ouvido e o meu corpo arrepia todo.
- Fã é pouco, não existe casal mais perfeito que esse, lindo.
Maia- o casal mais perfeito? Certeza?- fico presa entre o carro e o corpo dela, o beijo e lento e gostoso, mas o fogo sobe quando ela aperta a minha cintura e desce os lábios para o meu pescoço.
Maia- cheirosa- aperta a minha bunda- gostosa.
- Aaah, aq...ui n...não- tento dizer mas a voz sai falha, ofegante, não sei como nem o porquê mas essa miúda acende o meu fogo de uma forma tão anormal, e olha que de fogo eu tenho muito, ela abre o carro e entra comigo no colo, a minha camisa sobe e ela passa as mãos pela minha coxa, acaricia enquanto eu rebolo devagar no colo dela, a mão dela sobe e o dedo roça na minha intimidade, não consigo conter o gemido e jogo a cabeça para trás, ela bate na minha bunda e alguém bate na janela do vidro.
O que deu nesse povo? Que agora só empatam as minhas fodas, Ahhh sinceramente eu mereço né? Eu mereço.

A Vida Da Dy Onde histórias criam vida. Descubra agora