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Alerta de possível gatilho:
Contém drogas ilícitas, agressão e problemas psicólogicos.

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Quando eu era uma adolescente eu sofria bullying na escola.
Vários fatores contribuiram para isso.
Eu tinha compulsão alimentar, ansiedade, depressão, entre outras desgraças.

Por causa disso eu nunca fui feliz com meu corpo, muito menos comigo mesma.
Sempre me cobrava para ser uma pessoa bonita, inteligente, então isso sempre me atrapalhou.
Os padrões que a sociedade impunha, eu tentava acompanhar. E claro, fazia mal para mim.

Eu ainda tenho recaídas, onde tenho crises existênciais, ansiedade...
Uma merda.
Uma vez, me chamaram de uma coisa bastante desagradável.
Por causa disso eu não conseguia comer.
Da garota compulsiva para anoréxica.

Ficava dias sem comer e quando comia era pouca comida.
Eu sentia fome, porém me sentia culpada quando comia, mesmo emagrecendo muito.

Comecei a tentar transparecer uma pessoa perfeita.
Eu comia por obrigação.
Não queria, porém não queria dar satisfações, ou seja, contar o que sinto.

Sempre guardei pra mim o que sentia, ninguém sabe disso, muito menos amigos, nem família.
Eles apenas sabem que fiz uma "dieta"

Resumindo minha adolescência não foi nada agradável.
Já tive momentos extremos onde descontei a minha raiva, dor, em drogas e bebidas.
E claro, escondido dos meus parentes.

Quando atingi meus 17 anos me foquei em apenas estudar e consequentemente acabei "esquecendo" os meus sintomas.

Quem olhava não pensava o que eu realmente sentia.
Formei na escola e comecei a fazer faculdade.
Notas excelentes, uma prodígio.
Porém por trás dessa garota, havia uma menina totalmente corrompida por dentro.
Uma pessoa vazia.

Vez ou outra esse sentimento predominava por completo.
Então eu, (S/N), nunca fui ao um psiquiatra ou psicólogo.
Eu mesma tentava me cuidar, o que não é realmente recomendado.





Acordo com uma dor no peito horrível.
Hoje é um daqueles dias onde eu sofro por meus pensamentos.
Conversar com meus pais não adianta em nada, então nem tento.
Quando tento impressionar eles, me dizem que não é mais do que além minha obrigação, típico.
Por mais que eles tem uma relação "saudável" comigo agora, eu demorei para conquistar isso.
E mesmo assim ainda não conquistei por completo.
Apenas relevo e deixo de lado.
Enquanto eu ainda for sustentada por eles não tenho direito nenhum de dizer um 'A' para eles.
Isso que é o que penso, não tenho certeza se estou totalmente certa, ou se em alguns pontos deixo a desejar.

Pego meu telefone e decido mexer nas redes sociais, hoje é sábado então não tenho nada pra fazer.
Não estou com fome, não estou com ânimo para nada.

De repente vem a cabeça por que não ir a uma balada hoje a noite?
Sozinha, apenas eu.
Apenas curtir a festa do jeito que quiser sem preocupar com que os outros irão pensar...

As meia noite saio de casa para ir a balada.
Fui com uma roupa simples mas ao mesmo tempo chamativa, era bem colada e sexy.
Chego ao local.
Avisto pessoas esquentando algo e logo em seguida injetando , aparentemente Heroína, e por que não?
Hoje posso fazer o que eu quiser, mereço um descanso, uma fugida da realidade.
Preciso esquecer meus problemas...

Me enturmo com eles e uso da droga.

Depois de um tempo me sinto leve e um pouco sonolenta.

Depois de um tempo decido ir comer algo que serviam ali mesmo.
Pego algo simples para comer e pego uma dose de vodka, sento sozinha e como minha comida.
Dou uma leve olhada em alguns stories aleatórios e termino de comer.

Vou ao banheiro retocar a maquiagem e fazer minhas necessidades.
Saindo me deparo com um homem loiro, cabelos penteados para trás, piercings, que me bloqueia na entrada.

-Eai gatinha-diz o loiro dando uma piscadela-
-Oi...se me der licença-digo me direcionando ao centro da balada-
-Quem modos são esses? Só quero te conhecer melhor, não vou te morder-ele diz se posicionando novamente a minha frente-
-Eu tô meio mal, quem sabe a gente se esbarra por aí, prazer.
-Não vai para lugar nenhum neném-o loiro rapidamente coloca um pano sobre minha boca-
Eu prendo a respiração para não respirar o que for que tenha naquele pano.
Tiro suas mãos sobre mim e rapidamente pego um spray de pimenta que havia na minha bolsa.
Nunca saio de casa sem, sabendo que pode acontecer comigo algo de ruim.
Sempre penso o pior, ser pessimista as vezes é de grande ajuda.
Posiciono o spray aos olhos do loiro e rapidamente aperto.
Ele reage colocando suas mãos sobre os olhos, e enquanto isso eu corro em direção a saída dos fundos.
O que eu não esperava era encontrar o que aparentava ser os amigos do tarado.
Eles me encurralam e prendem minha mão.

Não tinha ninguém por perto então não adiantava gritar.
A balada estava com som alto então eu não tinha o que fazer.

Um deles começa a me bater enquanto me insulta.
-Vadiazinha, se acha a tal.
-Acha que tem direito de fazer tudo só porque é bonita?-um deles diz enquanto da um soco na minha cara-
-Não acho nada, não sou nada além de uma mulher. Indefesa por sinal, que teve que apelar a um spray de pimenta pois" vocês" acham que uma mulher tem a obrigação de ceder uma transa pelo simples fato de ter uma buceta. Vocês ja pararam para analisar o quão ridículo isso é? Consequentemente vocês também por fazerem tal ações.
-A sua roupa também tava muito chamativa-um diz tentando se defender-
-Quer dizer que a roupa que visto é um convite? Se vocês andarem só de cueca, acha que é motivo para uma mulher te estrupar? Acho que não né? Esse mesmo fato aplica para as mulheres. Saibam se controlar, e não se façam de vítima tentando argumentar algo estúpido assim.
-Ô calminha aí, foi só uma brincadeira.
-A parte que eu levo uns socos também? A que ótimo, cadê minha recompensa?
-Desculpa aí, só esquece isso, não vamos fazer mal a você, contanto que não dedure a gente.
-Ta bom, mas se vocês tentarem algo comigo outra vez podem ter certeza que não vai ser só spray que vocês vão levar na cara.

Com um olho roxo, e alguns cortes na boca saio do local.
Não acho uma boa ir a casa agora, meus pais podem acordar comigo chegando, e provavelmente irão ver o que aconteceu com meu rosto.

Me vem a cabeça a ideia de ir pra casa de Akaashi, ele é o único que pode me socorrer agora, se eu chamar Hana ou Hinata certeza que eles contam pros meus pais.

Eu ligo para ele que demora a atender, mas atende.
-Oi, o que aconteceu pra me ligar essas horas?-ele diz com a voz sonolenta-
-Depois te explico, me fala seu endereço, estou indo aí.
-Que? A esquece...Você deve ter um bom motivo.
-Oh se tenho...

Ele me passa o endereço e vou até o local apé.
Chegando lá toco na campainha, ele rapidamente abre a porta e quando me vê se assusta.

-Caralho, caralho caralho caralho. O que aconteceu? Aí esquece...Só vem, vou cuidar de você, e depois me conta tudo. Detalhe por detalhe-ele diz preocupado dando ênfase ao "Detalhe"-
-Desculpa atrapalhar, muito obrigada por me aceitar em sua casa de madrugada assim.
-'Ta 'Ta, precisa agradecer não, só deixa...Eu cuidar de você...
-Claro, confio no meu enfermeiro particular.

Ambos de nós rimos e entramos na casa.
Ele realmente parece se importar comigo, isso é bom.

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Oiii, estão gostando?
Me perdoem qualquer erro não visto por mim.
Escrevam nós comentários o que acharam, isso motiva muito.
Um beijo e abraço, até o próximo capítulo.
ෆ╹ .̮ ╹ෆ

ᴀʟᴡᴀʏs ᴀɴᴅ ғᴏʀᴇᴠᴇʀ [𝐴𝑘𝑎𝑎𝑠ℎ𝑖 & 𝐿𝑒𝑖𝑡𝑜𝑟𝑎] (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora