minha inscrição

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Já estava ficando escuro quando cheguei a casa da família Bakugou.

Fiquei realmente agradecido pela família de Kacchan aceitar eu e minha mãe tão bem eu sua casa.

Minha mãe era uma antiga amiga da Sra.Bakugou desde que sua mãe trabalhava como faz tudo na casa da outra.

Mesmo sendo Setes, o que quer dizer trabalhadores braçais e de construções, nós vestiamos e comeamos como Quatro.

— Vamos midoriya — chamou o Sr.Bakugou, um homem muito gentil e calmo — o programa já está para começar.

O jornal oficial era o único programa que todos de Ultra realmente se importavam. Já que era um dos poucos momentos em que víamos a família real.

Sentei no chão ao lado de Katsuki, o único filho do casal e meu colega de quarto.

Então apareceu o emblema de Ultra, uma mera cópia da antiga bandeira dos Estados Unidos com um U no meio.

— Olá espectadores! — exclamou Mic, o apresentador oficial do Jornal oficial desde que eu me entendo por gente — muitos sabem que dia é hoje não é? Claro que sabem, não é todo dia que nosso príncipe mais novo faz dezoito anos.

Arregalei os olhos, o príncipe Shoto já estava na maior idade.

— e com esse incrível acontecimento, por que não começarmos o programa tendo uma conversa com o nosso querido herdeiro do trono? — Mic parecia ter acabado de inventar esse quadro, já que o príncipe pareceu confuso por um segundo.

Observei o príncipe por um instante ele era frio, quase uma nevasca inteira, e incrivelmente pomposo e calmo. E logo minha visão foi para a rainha.

A algum tempo há rumores de que ela está doente e muito cansada, mas ela parecia incrívelmente bem senta no trono. Saudável, quis dizer, já que ela parecia estar deslocada, sem lugar ali. A rainha havia sindo uma Quatro antes de se casar com o Rei Endevour.

Já o Rei, ele sim nasceu para estar ali.

— Príncipe Todoroki, o quê está achando da ideia de ter sua própria seleção? — perguntou Mic quando o príncipe se aproximou.

A seleção era uma tradição tão antiga quanto Ultra, mas era a segunda vez em décadas que o mais novo iria ter uma seleção.

A rainha Rei acabou por perder o primeiro filho em um trágico acidente.

E o segundo filho arrumou um casamento muito antes dos dezoito.

O único homem que sobra era Shoto.

— é muito animador Present Mic, principalmente por ser inovador — disse ele como se lendo um texto pré-escrito.

— por ser o filho mais novo? — perguntou Mic entrando na brincadeira.

— não, por ser uma seleção mista — respondeu o príncipe sério.

Katsuki e eu nos entre olhamos e em seguida ouvi minha mãe sussurrar meu nome.
O assunto do momento entre todas as castas era a seleção mista que estava para iniciar suas incrições.

Os Setes não calavam a boca enquanto traziam cimento ou ferros para as contrações.

Os Seis estavam rodando de casa em casa de família espalhando o que sabiam.

Os Cincos usavam as folgas dos pequenos shows para fofocar com seus patrões.

E os Quatros eram os informantes, já que era das lojas que saiam a maioria das fofocas.

Os Três e os Dois aparentemente estavam quietos sobre o assunto.

O início da entrega das inscrições para a seleção seriam daqui um semana, mas viasse bastante diferença.

Pais que passavam o ano agredindo seus filhos homossexuais, agora os viam como um tesouro.

E eu ficava preocupado.

Quando as cartas de inscrição chegaram a casa dos Bakugou, fiquei surpreso.

No meu último documento atualizado consta hétero, mas desde aquele dia não tive tanta certeza sobre minha sexualidade.

Como Mitsuki parecia animada em preencher as fichas, acabei por preencher bastante coisa.

Para um Sete eu sabia bem mais que a média, já que muitos não estudavam ou eram alfabetizados.

Mas kacchan não estava animado, parecia murcho e triste. O que não era normal, já que ele era o maior barulho da casa.

Preenchi normalmente a ficha, depois falaria com Kacchan.

Não estava nervoso, não acreditava que fosse ser sorteado já que nunca tive sorte. E se fosse como todos dizem, uma armação, tinha garotas muito mais bonitas na cidade do que eu.
Fiquei surpreso com como uma coroa muda uma pessoa.

Vi garotos que agrediam os meninos homossexuais fazerem fila em frente ao departamento local. Isso era idiota.

Como a Sra.Bakugiu já iria com Kacchan entregar a ficha, me levou junto para polpar viagem.

Katsuki não parecia feliz, mas ele raramente parecia.

Quando chegamos ao início da enorme fila já estava bem tarde, talvez acabassem virando a noite que estava por último.

— você pretende se alistar no exército? — perguntou o rapaz aceitando as fichas para Kacchan.

— é claro — respondeu Bakugou como se isso fosse óbvio.

Kacchan sempre foi bastante violento, talvez ser do exército gastasse um pouco da sua energia.

— então infelizmente não podemos aceitar sua ficha — disse ele devolvendo os papéis — precisamos mais de soldados do que de opções.

Bakugou não pareceu se incomodar, apenas se virou e saiu da fila.

— vamos bruxa — gritou ele para a mãe.

— claro que não seu pivete — exclamou ela — Midoriya ainda tem de se inscrever.

— então eu já vou indo — informou ele.

E foi embora sem se despedir.

— pretende se alistar para o exército? — perguntou o rapaz novamente.

— de preferência não — disse com um pequeno sorriso e o rapaz retribuiu.

— então pode se sentar naquela cadeira, eu vou tirar uma foto — disse ele apontando para dentro da sala.

Quando me sentei no lugar olhei para a Sra.Bakugou que parecia estar morrendo de orgulho empurrando o fotógrafo para ver.

Essa cena me fez rir, e então a foto foi tirada.

— certo, podem ir dormir — disse ele voltando para sua cadeira para as próximas pessoas.

— você estava lindo Deku — elogiou ela — tenho orgulho de ser sua madrinha.

Sorri envergonhado.

A seleção do príncipe ( Tododeku ) [CONCLUIDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora