castigo

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Quando as câmeras se desligaram todos poderiam relaxar.

Antes que eu visse metade das pessoas das arquibancadas estavam chorando e quem não estava a beira das lágrimas desceu para nós abraçar.

Olhei para o príncipe que parecia resolver um assunto muito sério com o pai e bakugou.

Pela primeira vez na vida eu vi Bakugou tentar apartar uma briga e não iniciar ela, mas ele não estava fazendo um bom trabalho.

— o que será que está- — começou Iida dizendo, até ser interrompido pelo estalo de um tapa.

Não foi um tapa fraco.

O tapa foi tão forte que pude ouvir Kacchan soltar um gemido de pena. E saiam lágrimas dos olhos de Todoroki, a única coisa que demonstrava o quanto aquele tapa lhe doeu.

Mais uma vez algo raro aconteceu Kacchan ajudou alguém, mas ele não parou de gritar. Parecia estar discutindo com Todoroki.

Bakugou podia ser muitas coisas ruins, mas ele sabia mais do que ninguém o que era apanhar dos pais.

Todos fizemos mensão de nós aproximar, mas Bakugou deixou bem claro que deveríamos ficar longe e irmos embora.

E todos obedeceram na hora, Bakugou poderia ser muito assustador quando queria.

Os únicos que ficaram fui eu e Kirishima.

E finalmente Todoroki desabou.

Não consegui me mexer, nem ajudar.

No dia seguinte entendemos a razão da briga.

— todos os selecionados permaneceram no palácio, o início da Elite foi suspensa — disse o jornalista Aizawa ao público — o príncipe foi coagido por terceiros a iniciar sua Elite, e após refletir por algum tempo, ele decidiu retomar todos os seus eliminados.

Ninguém ficou feliz, pois todos sabiam que na realidade o príncipe não queria nenhum deles ali.

—  vocês acham que quem o coagiu? — ironizou o jornalista, que nunca gostou do rei ou do seu governo.

Naquele dia o príncipe não apareceu. Não sabemos o que aconteceu quando ele chegou ao quarto.

Já durante a noite Midnight nós avisou que o príncipe foi enviado para uma viagem com o pai e a irmã para A nova Ásia.

Todos estavam apreensivos e incomodados.

Passávamos a maior parte dos dias no salão dos selecionados, em silêncio.

Mas aquela manhã a sala parecia murmurar, e era fácil de ouvir no silencio.

"Nós não deveríamos estar aqui"

"O Izuku já foi escolhido, isso é óbvio"

"O príncipe é fraco, não soube revidar do pai"

Mas diferente do resto Kirishima, Mina e Kaminari não falavam isso de modo ruim, e sim para me animar.

— não entendo a razão para vocês se diminuírem — disse um dos rapazes que passavam os dias assistindo televisão ou lendo revistas — vocês também eram da Elite.

Ele se levantou e foi até nós.

— não há nenhuma razão para que o escolhido fosse Midoriya — observou ele — casta baixa, então má educação.

E ele começou a listar meus defeitos.

— monoma, pare — disse Tetsu Tetsu segurando seu ombro.

— beleza mediana, então não fica tão bem nas câmeras.

— monoma, isso é ridículo — reclamou Neijire Hado da sua cadeira.

— não é confiante, então não pode liderar uma país.

— Monoma! É melhor parar com isso — brigou Iida e Momo.

— e ainda por cima é um homem, então herdeiros não poderia dar.

Antes que mais alguém mandasse ele parar Ashido lhe deu um tapa forte no rosto.

— aí — gemeu — sua imunda!

— não chame Mina assim! — berrou Ochaco puxando os cabelos do Maior que tentou revidar de Mina.

Jirou apertou o braço de Kaminari e Kirishima e Tetsu Tetsu tentaram apartar a briga.

— eu vou relatar isso para o príncipe — ele disse para todos da sala.

— o príncipe está aqui? — perguntou Bakugou entrando na sala de forma agressiva — eu posso ser um guarda, mas eu sei bem o que você fez. E o príncipe odiaria ver isso.

— eu não me importo — murmurou ele — eu já iria ser expulso de qualquer forma, pelo menos eu levo uma das Elites comigo.

E essa foi a vez de Kendo lhe dar um mata tapa por trás de sua cabeça, que o fez desmaiar.

Após isso todos saíram do salão, e Monoma acordaria sozinho lá.

Na manhã seguinte infelizmente receberam uma carta do príncipe, expulsando Mina, Uraraka e Kendo por agressão a outro selecionado.

Já monoma foi expulso por difamação de outro selecionado.

Antes de irem embora pela tarde Todas as garotas passaram para me dar um abraço e pedirem desculpa.

— desculpe por ter soltado sua mão, eu estava nervosa e em choque — se desculpou Uraraka.

— desculpe não ter vindo falar com você antes, você e seus amigos não dão muita abertura para os do lado de fora — observou Kendo saindo.

— Força Izuku, estou torcendo por você — informou Mina por fim.

Agora somos 30 selecionados apenas.

Olhei para o quarto de Kirishima que estava com as portas abertas, e bakugou lá dentro.

Entrei no quarto sem avisar.

— Kirishima, vocês tem de parar com isso — disse seriamente — já perdemos Mina, Kaminari quer desistir e você pode acabar sendo açoitado!

Comecei a tremer, era a primeira vez que fazia amigos de verdade, não gostaria de perde-los.

— por que eu seria açoitado? — perguntou Kirishima confuso.

— você sabe das regras Kirishima, não podemos nos envolver com ninguém além do príncipe — expliquei — e está obvio que o seu relacionamento com Bakugou é de uma simples admiração.

Bakugou me encarou, notando o qual nervoso eu estava.

— pode sair Deku, eu vou resolver isso com Kiri.

E eu saí, desejando o melho para eles.

E na manhã seguinte Kirishima veio ao meu quarto avisar que estaria indo embora pela noite com autorização do príncipe, e que esperaria Bakugou pelos próximos três anos de serviço Militar.

— estou torcendo por você Izuku — foi o que ele disse ao fim do dia enquanto ia para casa — eu vou visitar sua mãe, já que ela mora com a família de Bakugou, quer que eu mande algum recado?

— diga a ela que eu estou saudável e bem cuidado — suspirei.

E sozinho, aparentemente.

A seleção do príncipe ( Tododeku ) [CONCLUIDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora