o ataque

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A semana inteira foi de encontros do príncipe, apenas com mulheres.

E naquela noite seria o jornal oficial.

Enquanto me vestia com Ângela, Sarah entrou no quarto pulando de alegria.

— o que houve Sah?— perguntou Gustavo parando de costurar por um instante.

— Midoriya — chamou ela com um gritinho agudo — hoje você vai ter uma surpresa.

— sério? — perguntei rindo nervoso — uma surpresa boa?

— na verdade duas — gemeu ela — uma terrível e a outra OTIMA.

Ela continuou sorrindo e dançando, mas não me disse quais seriam as surpresas – por serem surpresas.

Segui até o estúdio apreensivo e sentei ao lado de Momo, já que nem Kami ou Jirou haviam chegado.

— Midoriya, eu quero me desculpar — suspirou momo segurando minhas mãos — me desculpe mesmo por ter sido tão indelicada de não comemorar quando você foi para a Elite, eu não sou boa em perder. Mas isso não é razão.

— eu entendo Momo, não tem problema — disse rindo.

— eu só não gostaria de sair estando com alguém recebimento com você— suspirou ela aliviada e segurou minha mão procurando conforto, e eu cedi.

Parando para observar, Momo tinha apenas Jirou e Iida para conversar. Mas ficava boa parte sozinha.

As câmeras ligaram e o príncipe foi para o palanque onde costumava fica Mic

— tenho que fazer um pequeno anúncio antes de continuarmos o programa — disse ele para a câmera.

Ele olhou para as arquibancadas, mas não para mim e sim para a garota loira no fundo do grupo e ela sorriu.

Meu coração parou

E ele olhou para mim, e desviou o olhar no mesmo instante.

A minha respiração ficou difícil.

Ele começou a falar, mas saiu apenas uma risada.

Eu comecei a tremer e apertei mais a mão de Momo que fez o mesmo comigo.

— hoje eu quebrarei uma das nossas mais antigas tradições — começou ele.

Minha garganta fechou, as lagrimas estavam vindo.

— e espero que fiquem feliz com essa escolha — suspirou ele.

Abri a boca procurando ar, meus olhos ardiam e Momo segurava minha mão como se fosse a única coisa que me mantinha na linha.

— eu escolhi- — começou Todoroki antes de ser interrompido.

Um tiro? Dois? Três? Olhei para trás, a garota loira mirava na direção da princesa.

Momo me puxou para o chão e vi de relance um dos guardas – era o que demonstrava o uniforme – apontasse para Todoroki.

O pânico, a dor e todo o esforço para me manter estável se foram quando vi Todoroki cair de joelhos segurando o próprio braço.

Momo me mantinha no chão, mesmo eu querendo correr para Todoroki.

Olhei para os tronos, o rei havia levado um tiro certo no rosto e a princesa tremia aterrorizanda – suja do sangue do próprio pai.

A rainha deveria estar no quarto, o que poderiam ter feito a ela? E aos pobres empregados no subsolo?

Comecei a chorar e a soluçar.

Kaminari puxou eu e Momo para detrás dos bancos assim que a loira pulou para atirar em alguns guardas.

Momentos depois todos foram abatidos pelo grupo treinado por Bakugou.

Eu tremia como se estivesse sofrendo de hipotermia e chorava, meus olhos pareciam cachoeiras.

— ele tá bem, imbecil — falou Bakugou me puxando pela gola do palitó e levando até a enfermaria — acha que eu deixaria o príncipe morrer?!

Ele olhava para frente.

— obrigada — sussurrei para ela, que apenas ignorou

Quando cheguei a enfermaria fizeram apenas um pequeno Check-up, não havia ferimentos no corpo. Mas todos teriamos de fazer algumas seções de terapia pós traumática.

Olhei pelo corredor, tinham vários feridos entre os guardas. A maioria entre os subordinados de Bakugou.

Foi até os leitos dos selecionados, Jirou acabou batendo a cabeça quando a loira pulou do banco e Iida foi paleado tentando segurar a garota.

Todos daquele corredor estavam dormindo ou desmaiados, então decidi sair para deixá-los quietos.

Sai no corredor do castelo no exato momento que tiravam uma maca do meu quarto.

— o que aconteceu? — perguntei assim que entrei no quarto.

Gustavo abraçava Sarah enquanto ela chorava.

— a Ângela... Ela — soluçava Sarah procurando ar — ela... Tentou lutar.

Gustavo beijou sua cabeça e a abraçou mais forte.

— a Ângela foi tortura midoriya— disse ela e desabou completamente — ela foi torturada na nossa frente!

Sarah berrou, um grito horroroso de desespero.

Abracei ambos, Gustavo tentava ser forte por Sarah. Mas ele parecia completamente em pedaços.

Gustavo levou Sarah para um banho no quarto dos empregados e eu segui para a enfermaria no subsolo.

Demorou bastante para que me permitissem entrar no quarto de Angela.

Ela tinha marcas nós braços e pernas, e sua intimidade sangrava. Sua boca parecia que havia tossido sangue.

Uma cena horrível de se ver, já sabendo da garota linda que era.

Ela abriu os olhos e se sentou com dificuldade.

— aqueles malditos — xingou ela rindo — agora eu não vou poder trabalhar.

Eu ri, estava exausto e assustado. Mas estava rindo.

— agora que vou ser inútil, vou ter de ir para a casa dos meus pais — reclamou ela — que merda. Eu só não queria sair assim.

Ela sorriu.

Ela sofreu, estava com dor concerteza, e obviamente com traumas. Mas ela conseguia sorrir.

A seleção do príncipe ( Tododeku ) [CONCLUIDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora