XXVII

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Assim que ouço batidas fortes no primeiro andar desligo o chuveiro e abro a porta do banheiro correndo até lá sem pensar.

— Finn! — Exclamo com um certo desespero e o abraço forte.

Deixo minhas lágrimas escaparem cedendo aos meus soluços, não era um choro doloroso como podia possivelmente parecer era só uma forma de expressar um alívio muito intenso. Me sentia segura com ele, Finneas tirava todos os monstros ao meu redor.

— Está tudo bem, você está segura agora, certo? — Assegura levando as mãos ao meu rosto e me faz encará-lo. — Nada de ruim vai acontecer, irei cuidar de você. — Diz e concordo.

— O que está acontecendo? — Brandon surge confuso do escritório.

Passo meus braços pela cintura do meu irmão imediatamente.

— O que está acontecendo? — Finneas o imita irônicamente. — A porra que está acontecendo é que eu não deixei a minha irmã sair de casa 'pra apanhar ou ser insultada por homem nenhum. — Gospe as palavras.

— O que foi que a Billie te contou? Não aconteceu nada aqui, a TV apenas caiu do suporte e quebrou o vaso de plantas.
— Se faz de desentendido.

— Não importa o que ela me contou importa é o que seja o que for é verdade, você deveria ter respeito pela mãe das suas filhas. — Rebate.

— Acontece que a mãe das minhas filhas enlouqueceu e inventou um divórcio por conta de uma babá. — Fala cruzando os braços.

— Ah, então foi isso? Billie te contou a verdade e não foi homem o suficiente 'pra lidar? — Indaga e interrompo.

— Eu não contei tudo. — Digo baixo.

Brandon me encara e franze as sobrancelhas.

— O que mais tem 'pra me contar que todo mundo sabe menos eu? — Questiona.

— Não é da sua conta. — Finneas diz.

— Ah qual é Billie? Vai me dizer que me traiu ou algo assim? — Esbraveja e fico em silêncio. — É sério isso?! Me TRAIU? COM QUEM? FOI COM AQUELA BABÁ? PORRA BILLIE COM UMA MULHER? EMBAIXO DO NOSSO TETO COM AS MENINAS. Eu tenho nojo você. — Grita mas sussurra a última parte.

— Chega! Cala a porra da boca! Você não tem nada a ver com isso, a única coisa que pode fazer agora é assinar os papéis e ser um bom pai. — Finn diz.

— Quer saber, irei assinar essas merdas porque não aceito uma mulher que dorme com a babá nas minhas costas. Você é totalmente petulante Billie e a guarda das meninas ainda vão ser minhas, seus fãs vão odiar você. — Fala ameaçador.

— Nunca vai tirar as meninas de mim! NUNCA, ENTENDEU? SÃO MINHAS FILHAS! — Digo indo para cima do mesmo.

— NÃO VÃO SER QUANDO SOUBEREM QUE ANDOU DANDO 'PRA BABÁ COMO UMA DISSIMULADA! — Me empurra.

— VOCÊ NÃO ENCOSTA UM DEDO NA MINHA IRMÃ! — Finneas corre em nossa direção e empurra Brandon o acertando um soco.

— Finn, não! Deixa. — O puxo com muito esforço.

— Cuzão. — Murmura entre dentes. — Faz as malas, pega as meninas vamos embora. — Diz.

— O que? 'Pra onde? — Indago confusa.

— Não importa, vem vou te ajudar. — Pega minha mão me puxando escada acima.

Fiz uma mala grande com roupas, sapatos e coisas comuns de uma viagem. Finneas me ajudou, fizemos isso rápido e em silêncio. Arrumei uma mala para as meninas e as enrolei em um cobertor antes de descer.

— Vou colocar as malas no seu carro e venho te ajudar com as meninas. — O ruivo avisa e concordo.

Pego Ade no colo a cobrindo corretamente quando Brandon apareceu na porta do quarto.

— Billie, me desculpa, vamos resolver isso de um jeito pacífico. — Pede.

— Me deixa em paz. — Nego. — Eu não amo mais você, só me esquece. — Resmungo.

Finneas apareceu logo e me ajudou com Serenity, depois de colocar as duas nas suas devidas cadeirinhas, o mesmo me pediu para seguir o carro dele e foi isso que fiz.

Quando chegamos em sua casa e lá encontramos uma Claudia preocupada mas disse que a contaria tudo no café da manhã, estava bem agora.

Deixei as meninas dormindo no quarto de hóspedes, onde ficaríamos e retornei a sala.

— Está tudo bem mesmo? — Insiste Claudia.

— Está tudo bem agora, fica calma. — A abraço. — Tudo bem, vamos tomar um chá e ir dormir. — Falo.

Não estava com sono então fiquei na sala de estar com uma xícara de chá em uma mão e o celular em outra. O contato de Reese estava aberto e pensava se deveria ligar para ela ou não.

Se passavam da uma da madrugada, não queria a incomodar e nem estávamos bem totalmente. Não sabia o que fazer, de repente sentia que tinha quinze anos e que minha vida tinha virado de cabeça para baixo de novo.

Eu precisava tanto dela, de um abraço. Só isso, mais nada. Suspiro sentindo algumas lágrimas escaparem silenciosamente.

De repente meu celular começa a tocar e meu coração dispara vendo o nome dela ali.

— Rees... — Murmuro assim que atendo a ligação.

Hey Billie, me desculpa ligar essa hora. Eu acordei e não consegui mais dormir, queria ouvir sua voz, saber se está tudo bem? — Pergunta.

— Queria que viesse me ver, estou realmente precisando de você. De um abraço Rees, eu preciso de você comigo.
— Revelo.

Aconteceu algo? — Questiona preocupada.

— Você Rees, por favor. — Resmungo chorosa. — Eu estou tão cansada. — Admito.

Estou indo 'pra a sua casa. — Avisa.

— Sem perguntas mas estou na casa do Finn, vem 'pra cá. — Conto.

Tudo bem. — Concorda.

— Certo. — Sussurro e encerro a ligação.

Suspiro aliviada, estava exausa de tudo isso. Reese demorou um pouco mas quando ouvi o carro estacionando me levantei apressada saindo da casa, atravesso a rua correndo e a abraço.

— Amor... — A ouço dizer passando os braços pela minha cintura.

— Rees, eu faço tudo por você, eu te amo. — Falo a apertando.

— Eu também irei fazer tudo por você entendeu? — Puxa o meu rosto me fazendo a olhar. — Bills você é a coisa mais preciosa que eu ganhei da vida, irei passar por qualquer coisa 'pra te ter ao meu lado, vai ser fácil porque teremos uma a outra em todos os momentos. — Revela. — Eu amo você. — Sussurra e sela nossos lábios. — Você é minha, é o meu amorzinho e vou cuidar de você. — Diz baixo perto do meu ouvido antes de me abraçar forte.

{···}
Nota da autora:

Hey,

O amanhã chegou rs

Cuidem-se.










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