Baby-Sitter • Billie Eilish

XXVIII

— Você é minha, é o meu amorzinho e vou cuidar de você. — Diz baixo perto do meu ouvido antes de me abraçar forte.

Alguns anos atrás quando deitava a minha cabeça no travesseiro pensando no rumo que a minha vida estava ganhando e em Reese, só conseguia perceber que tinha cometido um erro em tê-la deixado partir.

Sempre achei a fatídica frase onde diz que nunca é tarde demais para concertar um erro uma tremenda besteira quase como uma piada, e olha para mim agora, saí de casa com duas crianças e três malas.

E valeu a pena, está, valendo a pena pois tenho o amor da minha vida inteira ao meu lado.

— Vem, vamos entrar. — Entrelaço meus dedos aos de Reese e a puxo para dentro da casa do meu irmão.

Assim que passamos pela porta fecho a mesma a trancando, ligo o abajur e abaixo o volume da TV.

— Quer chá? — Ofereço.

— Por favor. — Reese sorri envergonhada retirando os seus sapatos.

— Não demoro, pode sentar tem um cobertor no sofá se cubra se estiver com frio. — Falo e a vejo concordar.

Fico um curto período de tempo na cozinha e logo estava de volta.

— Aqui. — A entrego a xícara de chá e sento ao lado também me cobrindo.

— Obrigada. — Agradece.

— Vou ficar aqui com Finneas e Claudia até o fim do divórcio. — Conto e vejo Reese de sobrancelhas franzidas mesmo que sua franja as escondessem.
— Brandon e eu brigamos feio, bem feio, então é melhor 'pra todo mundo que fiquemos aqui. Seguros. — Enfatizo.

— Briga feia? Ele te bateu? — Pergunta levando uma das mãos ao meu rosto.

— Foi só um tapa não ficou nem marca. — Desconverso.

— Não importa, isso é violência tem que dar queixa Billie. Pode até te ajudar no processo de divórcio. — Sugere.

— Não vai me ajudar, não tenho marcas e não posso comprovar já que ninguém estava lá além de mim. — A corto. — Olha deixa assim, vamos só fazer esse divórcio. Fico aqui e só o vejo no tribunal, quando tudo terminar vamos nos mudar. Você, as meninas e eu. — Sorrio.

— É? 'Pra onde? — Indaga brincando.

— Queria um apartamento grande, uma cobertura, em Nova York. — Revelo e sua expressão se torna surpresa.

— Sério? — Questiona sem acreditar.

— Vou dar algumas entrevistas e ir em alguns eventos, como vou ficar aqui irei usar a noite 'pra escrever. Quero lançar um álbum antes de me mudar pois quero ficar quieta por um tempo. Por mais que seja algo que ame fazer, não é 'pra sempre, só quero sei lá ter alguns meses cuidando das meninas e cuidando da nossa cobertura em Nova York como uma anônima. — Explico.

— Pessoas anônimas não tem dinheiro 'pra comprar uma grande cobertura ainda mais em Nova York onde o custo de vida é absurdo. — Fala e reviro os olhos.

— Tudo bem, só quero me esconder no que o meu dinheiro pode comprar. Gostou? — Rebato e a ouço rir baixo. — Eu te amo. — Sussurro beijando o pescoço de Reese.

— Eu também te amo. — Beija a minha bochecha quando aproximo o rosto do dela. — Como estão as meninas? — Questiona preocupada.

— Bem, dormindo no quarto de hóspedes, vou ficar no sofá por esses meses. — Digo e a roubo um selinho. — Com o Finn e a Claudia aqui não precisa vir, eu te aviso um dia antes quando precisar. Não quero deixar a Claudia fazendo esforço sozinha enquanto Finn e eu estivermos resolvendo coisas. — Conto.

— Aconteceu algo com ela? — Indaga.

— Nada preocupante, é algo bem legal. Ela te conta qualquer dia desses. — Dou de ombros e a vejo concordar.

— Tem certeza que tudo bem eu dormir aqui? Não quero atrapalhar. — Faz uma careta.

— Fica, depois do café da manhã te deixo ir. — Peço.

— Tudo bem, vou mandar uma mensagem 'pra minha mãe. — Comenta e sorrio.

— Como vamos mudar de cidade se é um grude com a sua mãe? — Brinco.

— Não seja boba, vou a qualquer lugar desde que seja com você. — Murmura e bloqueia o celular colocando sobre a mesinha ao lado do sofá.

Reese cede seu corpo sobre o grande sofá quando termina de beber o líquido doce e quente na xícara.

Me aproximo da mesma e a beijo devagar, escorrego minha língua sobre a sua lentamente apertando seu corpo contra o meu.

— Aqui não. — Resmunga.

— Eu não fiz nada, foi só um beijo. — Me faço de desentendida e levanto. — Vou dar mamadeira 'pra Se e volto 'pra dormirmos.

{···}
Notas da autora:

Hey,
Boa tarde.

Capítulo pequeno e não menos importante para o enredo, não estamos perto do fim mas agora não tão longe também ):

Queria só avisar que em alguns capítulos, seja que fanfic for, vão ser um pouco menores durante os próximos dias pois estou trabalhando em uma nova estória em off e, como devem saber tenho um problema no meu pulso então não quero forçar muito além do que já forço.

É isso, até amanhã.

Cuidem-se.