Baby-Sitter • Billie Eilish

XXXI

Volto o storie de Billie novamente vendo ela, Finneas, Claudia e as crianças jantando em volta da mesa de centro que ficava na sala de estar.

Suspiro encostando minha cabeça no sofá, fecho meus olhos e deixo o celular de lado.

— Filha? — Sadie me chama e com muito custo abro meus olhos e lavanto minha cabeça do sofá a encarando. — Tudo bem, querida? — Pergunta com a preocupação bem evidente em seu olhar enquanto enxugava às mãos no pano de prato entre seus dedos.

— Ai mãe... — Murmuro passando os dedos da mão direita pelos meus cabelos, puxando para trás a franja que caia em meus olhos. — Eu estou tão cansada. — Assumo pela primeira vez em voz alta e meus olhos se enchem de lágrimas.

Não imaginava que assumir isso doeria tanto. Sempre que pensava sobre o fato de estar cansada de toda essa situação meu coração se enchia de culpa e não conseguia me abrir.

— Você e Billie discutiram? — A mais velha indaga confusa e nego com a cabeça em um movimento suave.

— Brandon e Billie discutiram na noite passada, não sei exatamente o que ele fez ou disse mas foi ruim, muito ruim. Eu sei que ela falou do divórcio e só teve que falar sobre isso por minha causa, se, se nada disso tivesse acontecido talvez as coisas fossem diferentes. Talvez ela não precisasse se divorciar e muito menos sair da própria casa. — Me abro.

— Está acontecendo um divórcio porque ela quer que aconteça um, porque tem que haver um, você não a obrigou a tomar essa decisão. Billie chegou nela sozinha, Rees, ela tem coisas a perder e mesmo assim não ponderou nenhum minuto sobre isso. — Minha mãe se aproxima se sentando ao meu lado, deixo às lágrimas escaparem.

— Não quero destruir a vida dela. — Assumo. — Mãe, eu me perdi de mim, fiz coisas que nunca faria na vida. Cometi erros em cima de erros e merda, eu amo ela, sempre amei, como nunca ninguém na minha vida inteira iria me fazer amar além dela. Nunca tive filhos mas aquelas meninas de repente viraram minhas filhas também, conheço cada suspiro delas, sei do que elas precisam antes mesmo de me pedirem. — Mordo meu lábio inferior que tremia.

— Então por que tanto medo? Por que tanta culpa? — Questiona deixando uma carícia em meus cabelos.

— Billie é a pessoa mais gentil, doce e carinhosa que conheci. Tudo bem todos me odiarem mas não ela, entende? Eu valho a vida dela inteira? — Suspiro.

— Não importa quem vão odiar, você, a Billie ou as duas. Nada disso importa, nada do que outras pessoas achem importa. Vocês se amam e estão certas disso, estão tomando decisões 'pra ficarem juntas, e isso é tudo. — A sinto me abraçar.

— Eu quero me casar com ela mamãe...
— Choramingo chorando. — Quero ter um filho com ela e talvez mais cachorros, morar em uma casa de cercado branca que nem naqueles filmes idiotas. — Continuo entre meus soluços ouvindo uma risada de minha mãe que me apertou entre seus braços.

— E por que está chorando? Isso é lindo. — Diz.

— Eu só não acredito, depois de tantos anos, pareceu tudo um sonho e de repente a ficha caiu. — Abraço Sadie com força.

— Billie te mandou flores. — Fala e me afasto a encarando. — Vou buscar. — Levanta.

Tento me acalmar, eram tantos sentimentos dentro de mim que mal sabia explicar como me sentia. Ter Billie ao meu lado era maravilhoso e ao mesmo tempo tão problemático para mim mesma que me fazia perder a cabeça.

Logo minha mãe retornou com o buquê de flores tão lindo que não pude deixar de sorrir. Pego o mesmo com cuidado vejo um bilhete, não demoro a abri-lo.

"Envio essas flores em forma de agradecimento por ser tão carinhosa e prestativa comigo e minhas filhas.

Estaríamos perdidas sem o seu amor, obrigada Rees, por tudo. Eu te amo.

Faltam oito dias para o seu aniversário, oito dias para mim te agarrar e escorregar pelo seu corpo. Isso é uma contagem regressiva.

Pensando em você.

Billie."

Levanto o olhar para minha mãe sorrindo tímida.

— Você não está gravando isso né? — Reviro os olhos.

— Claro que estou e vou mandar 'pra minha nora porque tenho o número dela agora. — Sorri deslizando o indicador pela tela do celular.

— Ai mãe! — Reclamo.

— "Escorregar pelo seu corpo." Reese... O que essa mulher fez com o meu anjinho. — Murmura.

— A pergunta certa seria: "O que EU fiz com aquela mulher?" — Falo envergonhada, porém não perdendo a piada, passando pela minha mãe.

— Garota! — Me acerta com o pano de prato na bunda e dou risada.

{···}
Notas da autora:

Hey,
Demorei mas cheguei diferente de certas pessoas por aí...

Realmente não consegui escrever semana passada, iria soltar esse capítulo amanhã de manhã mas por conta desse atraso liberei agora.

Espero que gostem.

Qual fanfic querem que seja atualizada na próxima semana?

Amo vocês.

Cuidem-se.