XLIV

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Depois da nossa boa e breve sessão de sexo que nos resultou em bons orgasmos, tomei uma rápida ducha e segui para buscar Adelaide na escola já na volta para casa parei em um mercado gigante com uma lista de compras enorme.

Tomo mais alguns goles do café do Starbucks, não sei porque insistia nele nunca estava tão gostoso quanto poderia estar, faço uma breve careta pondo o copo no suporte do próprio carrinho. Observo rapidamente Ade comendo um lanche que havia trazido de casa, já que iríamos nos atrasar para o jantar,   estava sentada confortavelmente no banquinho do carrinho.

Sigo pegando algumas coisas das prateleiras daquela sessão em específico e ando mais um pouco, fui interrompida pelo meu carrinho se chocando em algo ou alguém o impacto fez com que Adelaide deixasse a lancheira cair de suas mãos, em um rápido movimento a pego sem grandes estragos.

— Sem problemas amorzinho. — Sorrio a entregando a lancheira novamente.

— Me desculpa mesmo, Reese. — Retiro meu olhar da garotinha imediatamente ao ouvir meu nome no tom de voz masculina.

— Desculpa? — Indago franzindo minhas sobrancelhas, meu coração se acalmou pois por um momento pensei ser Brandon e não era.

— Kevin. Kevin Miller. — Diz o garoto curvando os lábios em um sorriso discreto.

Oh, Kevin. Durante a universidade me relacionei com ele por um tempo, pouco tempo por não conseguir digerir o que Billie tinha sido em minha vida na época, o chamava de o garoto padrão.

E ele era, era não, continuava sendo. Apesar de seus cabelos louros estarem repartidos de outro modo do qual costumava o ver, seus olhos continuavam no mesmo tom de azul. Estava mais magro e apesar de não ter muitas coisas diferentes em sua aparência podia dizer que ele estava abatido, pálido. Um ar cansado.

— Nossa, Kevin! — Exclamo pondo minha mão direta sobre meu coração. — Você me assustou! — Murmuro ofegante.

— Virei um fantasma antes de saber disso? — Força uma confusão franzindo o cenho e olhando por cima de seus ombros o que me tirou um sorriso sincero.

— Apenas achei que fosse outra pessoa. — Me justifico e aperto seu ombro suavemente.

— Como você está? — Indaga com a mesma gentileza.

Se eu tivesse sido um pouco mais persistente em "superar" Billie no tempo de universitária iria ter me formado e casado com ele. Tinha certeza disso, ele era tudo o que eu planejava se não pudesse a ter.

— Estou bem. — Suspiro baixo de modo que demonstrasse que estava realizada. — E você? Depois que nos formamos o que resolveu fazer? — Questiono curiosa.

— Eu consegui um emprego em uma empresa como contador e fiquei na administração até recentemente. — Revela.

— Que incrível! Eu deixei tantos currículos por aí e nada. — Falo fazendo uma careta o vendo sorrir abertamente.

— Devia ser porque já tinham um contator muito competente como eu. — Se vangloria, e reviro os olhos rindo baixo.

— Ah sim, obrigada mesmo senhor Kevin por me deixar desempregada com tamanho talento. — Entro na brincadeira enquanto pegava a garrafinha de suco da mochila de Ade e entregava a mesma.

— Merece. — Faz um movimento de reverência, de modo contido. — E o que faz agora? — Pergunta.

— Se não se importar em me acompanhar nas compras, posso te contar tudo. — Falo envergonhada. Iria passar muito do horário com a lista enorme de coisas que tinha para pegar ainda.

Baby-Sitter • Billie Eilish Onde histórias criam vida. Descubra agora