Um destino traçado (Livro 4)

Capítulo 31

Abro um dos olhos bem devagar, esperando o arrependimento bater forte, e não encontrar o David ao meu lado, mas nenhuma das duas coisas acontecem, não estou arrependida, e David está me apertando muito forte

Viro o rosto para ver se ele está acordado, e não, ele tinha uma expressão tão fofa dormindo, mas eu só queria sair de suas garras apertadas, respiro fundo, e tento afastar suas mãos, mas não consigo

Pedra

Esvazio minha mente, focando apenas em lembrar do feitiço para mover coisas, e com muito esforço, consigo erguer seu braço, e sua perna para que eu saia, faço careta quando sinto minha vagina na arder, e desço meus olhos agradecendo a Deus por não ter sangrado

Ainda fazendo careta, recolho meu short o vestindo, e amaldiçoou o David por rasgar a parte de cima, pego sua camisa do chão e a coloco

Que eu não encontre ninguém no corredor

Calço minha sandália e na pontinha do pé caminho até a porta, giro a maçaneta, mas meu corpo é virado, posto contra a porta

- Aonde a senhorita vai?_David questiona erguendo a sombrancelha

- Adivinha Sherlock_reviro os olhos_pro meu quarto

- Por que?

- Você já não está muito grandinho para fazer birra?_questiono e acerto sua mão que adentra a camisa que eu estava vestindo

- Talvez_ele sorri se afastando_queria conversar quando você acordasse

- Você estava acordado durante todo esse tempo?_minha vontade é de acertar minha sandália bem no meio do rosto dele

Foi o maior sacrifício para eu conseguir levantar

- É óbvio, alguém já te disse que você dorme engraçado? Faz uma boquinha bem assim_ele entre abre os lábios tipo um biquinho, e coro de vergonha, porque é verdade, minha mãe sempre achou fofo meu jeito de dormir

- Cala boca_dou o dedo_e conversamos depois, quero chego no quarto antes que os meus pais cheguem_cruzo os braços

- Como você sabe que eles ainda não chegaram?

- Meu pai já teria batido aqui_sorri sem graça

- Tá bom, mas é sério, eu quero conversar com você_assinto

Abro a porta, e antes de fecha-lá ele me chama

- Não foi só uma noite pra mim, tenha certeza_assinto sem saber o que dizer_e que belo sinal você tem na bunda

- Vai se ferrar_bato a porta

Eu parecia uma fugitiva caçada pela policial, olhava para todos os lados, mesmo assim isso não impediu de eu me encontrar com o tio Andrew aparecendo no fim do corredor

Ele me encara dos pés a cabeça, e entorta a boca quando ver a camisa, enquanto faço cara de paisagem

- Deixe-me adivinhar_ele cruza os braços_Nada de contar ao Jasper sobre minhas suspeitas óbvias?

- Te amo tio_o abraço rindo e dou um passo para voltar ao caminho do quarto, mas paro, voltando a olha-ló_ O que o senhor faz aqui? Digo, nunca esteve tanto tempo longe de casa

E era verdade, não que ele não gostasse de estar próximo, ele sempre está, mas ele e tia Sophie levam uma vida teoricamente humana, como sempre desejaram, as vezes só os vemos quando a tia Karol monta algum evento pequeno para nos reunir

- Não posso querer passar mais tempo junto minha família?_ele me abraça e eu ergo a sombrancelha debochada_Ta bom, Sophie está chateada comigo

- O que o senhor aprontou?_tia Sophie é tão tranquila ao ponto que você pode estar surtando ao lado dela, que a paciência da mulher não sai da linha