Eu sentia o sangue quente escorrendo pelo nariz, e minha cabeça pesar.
Qual é? Isso não é hora para desmaiar.
— Bell, acho melhor você parar_Tia Molly tenta me tocar, mas não me movo.
A pele antes preta com mancha verdes do Heitor, vão sumindo, e surgindo no meu braço, mas não paro.
— Tá bom, tá bom!_Tia Molly me puxa pela cintura.
Parecia que eu estava tendo uma convulsão, meu corpo trêmulo só fazia a mulher a minha frente me olhar assustada.
— Ele está bem?_questiono sentindo minha cabeça queimar, parecia que haviam jogado gasolina e jogado o esqueiro dentro da minha cabeça.
— Está sim querida, você fez um bom trabalho_ela sorrir passando pela testa, e peito nu do Heitor, pela sua expressão agora tranquila parecia está dormindo.
Me sento no chão sentindo minha respiração pesada, mas meu olhar se volta para ao meu braço, ao notar as manchas sumindo, apesar de estar nesse mundo sobrenatural, esse tipo de coisa sempre me surpreendia
Não que eu tenha visto muitas vezes!
No lugar da mancha, outro símbolo, agora roxo no meu braço, apesar dos tremores terem passado, eu me deito no chão como se algum carro tivesse me atropelado.
— Você vai ficar bem_tia Molly passa alguma coisa no meu pescoço_foi muito corajosa, aquilo foi incrível, normalmente esse tipo de coisa nunca da certo_ela continua a falar, mas eu não entendi mais nada depois do "vai ficar tudo bem"
— Aham_é a única coisa que digo antes dos meus olhos se fecharem abrigando a escuridão.
Vou te contar, oh vida!
[...]
Apesar de estar acordada a mais de meia hora, eu não abri os olhos, se eu pudesse dormiria por um século, ou para não radicalizar, por uma década!
Eu sentia a presença de alguém no quarto, mas não fiz a menor questão de demonstrar que estava acordada, e com certeza não era o meu pai, pois se fosse já teria me desmascarado.
Abro um pouquinho do olho esquerdo, e me deparo com Heitor, e minha mãe sentados apenas me encarando.
— Estava me perguntando por quanto tempo mais você suportaria fingir que estava dormindo!_minha mãe me pega, me fazendo sorrir de lado
— Estou feliz em ver a senhora também mãe_jogo meu charme para não levar um sermão.
— Jura? Não parece já que tentou se matar_ela ergui uma sobrancelha irritada
— Mãe_cubro meu rosto com o lençol.
Eu odiava esse olhar dela, não era de raiva, ou algo assim, era de decepção. A última vez que vi esse olhar foi quando tinha 6 anos, ela foi chamada da direção da escola depois que soquei a cara de um menino que estava fazendo bullying com uma colega de classe. Segundo minha mãe eu deveria ter dito ter falado com o professor ou algo assim.
— Por que fez isso?_ela puxa o lençol.
— O que a senhora teria feito? Hã?_levanto da cama, agradecendo por estar com meus pijamas de desenho animado_mãe é muita coisa acontecendo de uma vez só, eu não quero que ninguém se machuque, ou morra por algo que eles não estão envolvidos, eu quero que isso termine logo, é só isso que eu quero!
— Pimpolho_ela passa a mão pelos cabelos_eu também quero isso, ou você acha que estou gostando de ficar aqui? Eu quero ir pra casa!, A questão é que nada se resolve dessa maneira Rebekah!, Vai ficar tudo bem, vamos resolver isso_ela me abraça caminhando até a porta.
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Um destino traçado (Livro 4)
Fantastik4°Livro da série: Escolhidas pelo destino - Rebekah Smith Na vida temos que escolher entre seguir em frente, ou viver no passado, eu escolhi seguir, eu escolhi não viver de passado, não saber os motivos que me levaram aquele orfanato, afinal, não im...