Capitulo quatro

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- não isso nunca! – as lágrimas tomavam o rosto dela, ele a conteve a segurando pelos braços – jamais vou deixar você levar o meu filho, ele e meu, mesmo que tu tenhas sido o doador eu sou a mãe dele e você não têm nenhum direito sobre ele – seguiu gritando, tentou se soltar mas Thor era muito mais forte.

- sim você e a mãe, o óvulo que foi fertilizando era teu, mas assim como o teste de DNA que você solicitou deu resultado positivo porquê sim você e a mãe… - falou calmo olhando os olhos castanhos que transmitiam ódio  - o que eu vou pedir na justiça também vai dar positivo porque biologicamente o menino também e meu, mas a questão e, como você vai explicar o fato de estar criando um filho sem ter dado o direito ao progenitor de conhece-lo? – ele viu o momento em que o cérebro dela trabalhou e chegou a conclusão do óbvio – aquela clínica era falsa Malina não existe, não terás provas de que essa criança é fruto de uma fertilização in vitro, porque eu fiz todas elas sumirem, porem eu vou poder provar que de facto tivemos um caso, agora até tenho fotos do nosso beijo trocado na varanda – ele soltou os braços dela, Malina sentiu-se fraca sem forcas para bater nele – resumindo, qualquer juiz vai entender que você escondeu a criança de mim como vingança por eu não querer casar com você, e uma vez que sou uma figura importante na comunidade internacional, será muito fácil para mim ter a guarda total do menino, e não duvides…eu realmente vou tirar o Kiluanje de ti – ela engoliu um seco, não viu qualquer vestígio de que ele estava brincando.

- por…porque você está fazendo isso? No passado você foi tão bom comigo, praticamente salvaste a minha vida naquela noite me tirando daquele abrigo… porque? – perguntou limpando o rosto, Thor sorriu pensando na pergunta.

- não passou um único dia que não pensei em você Malina, te quis desde o primeiro segundo em que olhei para ti, e cada dia te quero mais…você virá comigo para Escócia, e a condição para eu não tirar o menino de você – Thor sabia que não estava sendo justo mas não se importava, queria ela e não mediria esforços para ter o que tanto desejava – Malina, você e minha tenha sempre isso em mente, eu vou torturar e matar  qualquer homem que se atrever a te tocar, esteja onde estiveres lembra sempre disso, estou sempre te observando – a mão dela voou para o rosto dele, o estalo reverberou pelo quarto Thor não se moveu, apenas olhou para ela.

- você e um ser humano maquiavélico, diabólico, sem coração, achas que és um deus para brincar assim com a vida das pessoas? – gritou a beira de um colapso, parecia que tinha sido pega em um pesadelo que parecia tornar-se ainda mais real.
- não sou uma boa pessoa Malina, e não tenciono ser… – ele suspirou já cansado da conversa, detestava dramas pior ainda quando vindo de mulheres – e bom que saibas qual e a minha índole, assim terás consciência que não estou brincando, e por outro lado, deverias ser grata, tua irmã te odeia teu padrasto também, aquele não e um lugar para se criar uma criança! – foi cínico, o telefone dele que estava sobre o criando mudo começou a tocar – agora vá para casa Malina , faça as malas porquê não vou sair de Angola sem você, ou com o teu filho, escolha tua! – encerrou a conversa sendo grosso como só ele podia ser, pegou o celular que ainda chamava e desligou, depois entrou no banheiro e pouco depois ela ouviu o som da agua correndo, sentindo-se perdida zonza e com dor de cabeça terminou de se arrumar e saiu batendo a porta.

Quando chegou em casa foi direito para o quarto do Kiluanje que estava dormindo tranquilamente, o bebê gordinho vestia o seu pijama vermelho, de barriga para cima a respiração regular, inocente de todo drama que a mãe passava, Malina observou o rosto corado, a imagem do rosto de Thor passou pela sua mente, não poderia negar que os dois tinham traços semelhantes, assim como o formato do rosto, a única diferença era o as bochechas do menino que eram salientes devido ao corpo rechonchudo próprio de alguns bebes, mas o nariz, a boca eram idênticos ao de Thor, os cabelos loiros e os alhos que também eram azuis deixava claro que não se tratava de uma piada de mau gosto.

Entre o Amor e o Preconceito 2Onde histórias criam vida. Descubra agora