E as minhas lágrimas não cessam
Quero ter algo que me faça ficar, depressa.
Enjaulo-me nesta vida fétida
Enquanto a máscara é mantida.
Que só queria algo para me agarrar
Enquanto tenho dificuldade em respirar,
E não sei quanto tempo aguento
Neste mundo
E não sei há quanto tempo tento
Ficar aqui.
E não sei pois quem sou
E não tenho pistas para descobrir
Que sou viciada no mistério
E algum dia vou ter de partir.
Quero um mundo puro
Enquanto escolho os caminhos negros
Arranha a minha pele nas silvas
E enveneno-me nas flores belas.
E não sei pois se a beleza cura
Mas sinto que não sou mais aceite aqui,
Pois além de ser feia, crítico aquilo que não faz bem
E assim sou vista como algo a destruir.
Sou alvo da falsidade
Ao qual se junto o tóxico também
E eu só queria felicidade
É um mundo onde predomina o bem.
E escrevo e mato-me em cada palavra dita,
E não tenho mais nada para dar
Sou eu e eu apenas
A tentar reconstruir o nosso lar.
Que venha o mar e me leve nas ondas
E que venha a terra e me engula sem me deixar ir
E não me importava que mesmo sem asas
Duma ponte eu fosse cair.
Que me tirava a vida
De humana e de podridão
E me entregaria à prosa
E a sensação de solidão.
Mas não quero parecer tola,
Como o mundo todo me vê
Que uma dama não pode rir alto
E um cavalheiro tem de as receber de pé.
E não faz sentido
Tanta regra e proibição
E no fim vamos todos
Para um buraco e para uma nova dimensão.
E tanto dinheiro e tanta pobreza
E ganância e avareza
Tanta beleza e tanta ambição
E no fim acabamos todos
Com o mesmo serão.
E não sei mais quem sou
E não quero saber.
Sou eu. Ou sou quem vocês me fizeram ser ?
Porque nunca vou saber quem fui
Se nasci com regras vindas doutrem
Que só eu poderia ser quem realmente sou
Se pode-se deixar vir ao de cima o meu primitivo ser.
Queria eu pois, voar para longe daqui,
E queria ser feliz e ver o mundo colorido,
Achava que as cores me iam salvar
Mas ainda estou presa no branco e cinza.
Será que um dia vou ser feliz?
Não sei e não saberei de certo.
Espero um dia me encontrar na vida,
Adeus por hoje, que anseio o meu eu liberto.
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Os meus gritos escritos
Poetry-Traguei o pútidro cigarro que em mi mão descansava. Inalei su fumo e senti meus pulmões se encherem daquilo que mais tarde viria a ser mi morte. Pessoas que passam me olham com censura...Pobres almas que não sabem por onde vagueiam e tudo o que as...