Caminhava sobre a noite,
Estrelas a meus pés.
Caminhava sobre a noite,
Tu e eu nas mesmas marés.
Caminhava sobre a noite,
E posso dizer que mais linda não há
Pois noite como aquela na qual andei
Dá vontade de nunca mais ver o dia raiar.
Era eu sozinha,
Sozinha contigo a meu lado.
Toda a gente me via sozinha
Mas eu entrelaçava meu braço no teu.
Acharam-me louca, desvairada
Porém eu contigo falei,
É segredo eu sei
Não te preocupes não digo a ninguém.
Estavas tu à minha espera,
Belo como sempre.
Os cabelos ao vento
Fato aprumado
As bochechas levemente coradas
Do frio cortante que fazia aquela noite
Estavas belo...
Mas quando não foste ?
Eu, vestida de branco,
Cabelos louros esvoaçando
Sorriso encantador
Por te ver assim tão...vivo...
Não sei explicar,
Eu sei que para mim nunca morreste
Mas é estranho o facto de toda a gente o achar.
Retomando o rumo perdido,
Esperavas me ao pé do lago
Que refletia as estrelas perfeitamente.
Conseguia ver todas as constelações,
A lua,
E alguns aviões,
Tinha algumas luzes que não sei dizer
O que na realidade são.
Mas eu via tudo, tudo na perfeição.
E via te a ti também,
Estavas ali a minha frente...
Esticaste me a mão e eu agarrei-te com força
Para não te largar como da última vez.
"Estás pronta?"-Sussurraste-me
Nunca me senti tão pronta.
O que sempre sonhei concretizava-se agora...
O nosso casamento,
E depois viriam os filhos...
E os filhos dos filhos...
E a casa em conjunto...
Uma à beira da praia...
Todos os nossos planos que tiveram de se pausar,
Tudo por eu te ter largado a mão.
E foi assim que assenti,
De leve, mas com certezas.
E então levaste-me,
Para caminhar sobre a água,
Para caminhar sobre a noite.
E eu deixei-me levar,
Adentrei nas águas límpidas,
No espaço refletido;
E deixei-me levar...
Mergulhei, sem medo algum.
Sempre tive medo da água
Mas tu estavas ali para me segurar a mão,
Como fazíamos em vida,
Nas praias lá da beira.
Tu estavas ali,
Então deixei-me levar,
Não precisava ter medo.
Mergulhei tão fundo,
Tão fundo,
Que consegui ver a areia fina,
Que se situava nas profundezas.
Mergulhei,
E não voltei acima.
Eu sabia que se voltasse,
Tu não estarias mais ali a segurar a minha mão,
Então não voltei.
E foi assim que tragicamente,
A jovem loira se suicidou no grande lago,
Da pequena cidade.
Foi assim, por não superar a morte do amado,
Foi assim para não cometer o mesmo erro de lhe largar a mão,
Como tinha feito naquele trágico acidente de avião.
Foi assim que ela se foi, tal como ele,
Foi assim que os dois foram viver a história de amor perdida.
E acabou assim, com ela a caminhar na noite,
E ele ao lado dela.
Jovens amantes, com trágicos finais.
Jovens amantes, com amores reais.
————————————-
Cantinho da autora ✍️
Hi guys! Sorry por desaparecer, tenho andado sem inspiração, portanto, acredito que estes versos não estejam dos melhores. Não vos quero deixar sem capítulos, por isso publico este poema feito meio à pressa de uma ideia repentina que surgiu.
Please, não desistam de mim, existem fases boas e más e neste momento a minha inspiração está certamente numa má.
Espero que este pequeno textinho explique o que se está a passar e o pequeno poema sacie essas vossas mentes criativas.
Adeus estrelinhas, beijinhos de coco 🥥✨
VOCÊ ESTÁ LENDO
Os meus gritos escritos
Poesia-Traguei o pútidro cigarro que em mi mão descansava. Inalei su fumo e senti meus pulmões se encherem daquilo que mais tarde viria a ser mi morte. Pessoas que passam me olham com censura...Pobres almas que não sabem por onde vagueiam e tudo o que as...