Victoria Furlan
Os dias foram se passando e não vi mais Lorenzo. Eu agradeci muito por isso. Nosso envolvimento acabou. Agora é só esperar a próxima audiência do divórcio, e espero que dê tudo certo. Quero cortar logo o último laço que tenho com ele.
Nesses últimos dias eu tenho saído bastante. Meu novo apartamento fica localizado em uma avenida conhecida por excelentes boates. Aproveitei que preciso mesmo de uma diversão, e saio todas as noites. Todas as vezes Bia vai comigo, mas hoje ela precisou ficar até mais tarde no trabalho. Não me desamino e logo que chego do trabalho, começo me arrumar. Em plena sexta-feira, eu que não uma boa balada. Virei uma baladeira de carteirinha! Visto uma saia de paetê, e uma blusa preta. Coloco uma corrente de cruz, e uns anéis nos dedo. Deixo meu cabelo secar natural, faço uma maquiagem bem leve e saio.
Vou na boate Lounge, que ainda não tinha visitado. Era a última que faltava para eu conhecer todas as boates da avenida. Desço, e vou apé mesmo. Caminho menos de 10 minutos lentamente em cima dos meus 15 cm de salto, e chego na entrada da boate. Os ingressos são bem carinhos, mulher 180, e homem 260, nas sextas e fim de semanas. Espero que valha a pena. Ultimamente tenho gastado muito com bebidas e baladas, mas é um dinheiro muito bem gasto, não me arrependo em nada.
Entro na boate que já está começando a ficar cheia. Eu chego e já pego um copo de Ice pra começar me soltar. Uísque é mais forte, mas dá barriguinha. Então fico com meus copos de Ice. Lembro que na primeira boate que fui com Bia, após me 'separar' do Lorenzo, eu tomei três copos de Ice e já estava caindo, mas hoje meu organismo já está mais resistente a bebida, e três copos, não fazem nem cócegas.
Quando estou no meu sexto copo, eu acho, já me sinto bem alegrinha pra dançar. Vou pra pista e me jogo, com tudo. Literalmente. Caio em cima de um homem de estava parado conversando com um outro na beirada da pista. Ele me olha engraçado. Eu estou agarrada em seus braços e ele meio que me segura pela cintura.
-Vejo que alguém aqui bebeu demais - ele diz me ajudando a ficar em pé.
Eu gargalho alto antes de responder.
-Até parece! Ainda estou no sexto copo de Ice! - digo sorrindo.
Ele me olha sorrindo, se vira pro cara que estava conversando e diz:
-Vou ajudar essa maluquina aqui - diz falando de mim - toma conta da boate que já venho.
Diz passando os braços na minha cintura e me levando para fora da boate.
-Não quero ir embora! Paguei uma fortuna na entrada e quero aproveitar ao máximo - digo com vontade de chorar. Um nó se forma na minha garganta.
-Mas você já bebeu demais mocinha. Qualquer dia desses você volta - diz me sentando em um banco que tem na frente da boate.
Ele chama um táxi pelo celular e depois volta sua atenção pra mim.
-Não fizemos as apresentações - diz sorrindo - prazer, Arthur Lounge - diz estendendo a mão para mim.
- Prazer é todo meu, Victoria Furlan - digo erguendo minha mão.
Ele sorri, e mantem o olhar distante. Eu continuo no meu canto, quieta. Eu esta sentindo tudo girar e estava louca pela minha cama.
-Obrigada ae Arthur, mas eu já vou indo - digo tentando me levantar.
-Victoria você está caindo de bêbada - ele diz rindo.
-Mas meu apartamento e logo ali, eu chego caindo mais chego - digo gargalhando.
-Então ao menos tire os saltos - diz ele apontando para meus pés.
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Cansei de ser boazinha
ChickLitPLÁGIO É CRIME ! No Código Penal Brasileiro, em vigor, no Título que trata dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual, nós nos deparamos com a previsão de crime de violação de direito autoral - artigo 184 - que traz o seguinte teor: Violar direito...