Capítulo 13

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Arthur Lounge

Eu realmente me apaixonei pela mulher que Victoria é. Na verdade, nunca fui um galhinha, pegador, porém não esperava me apaixonar. Mas posso confirmar, que foi a melhor coisa me me aconteceu. A sensação de ter alguém que te ama, que te espera, que sempre estará lá pra quando você precisar, é maravilhoso.

Saio da boate e infelizmente já está tarde demais para colocar meu plano em ação. Decido ir dormir com Vic, e fazer o que planejei amanhã. Vou pro seu apartamento, e na portaria, minha entrada já é liberada. Subo pelo elevador e entro de fininho, sem fazer barulho, com a cópia da chave que Vic havia me dado. Entro em seu quarto, e a vejo linda dormindo, esparramada pela cama, abraçando um travesseiro. Tiro meus tênis, e minha camisa, e deito ao seu lado, passando meus braços por sua cintura.

Ela se mexe, mas não acorda. Aspiro o cheiro doce do seu cabelo, e durmo tranquilamente.

(...)

-Hey invasor! Acorda! - diz Vic divertida.

-Me deixa dormir mais um pouquinho.... Cheguei tarde ontem - digo me enrolando nas cobertas.

-Eu até ia te convidar pra tomar banho comigo, mas como você quer dormir, deixa quieto - diz se fazendo de inocente.

-Droga! - digo abrindo os olhos - perdi o sono.

-Então vem Arthur! Antes que eu desista - diz com um sorriso sapeca.

-Você ainda vai ser a minha morte! - respondo convicto.

Me levanto e vou em direção ao banheiro.

(....)

Nosso banho foi repleto de carinho, e amor. Depois tomamos um café rápido, e eu vi o momento perfeito de colocar o meu plano em ação. Depois de ajudar Vic com a louça, a chamei na sacada de seu apartamento. A vista era bonita, agora de manhã, dava pra ver o sol lindamente.

-O que foi? - ela pergunta encostando no parapeito.

-Quero te pedir uma coisa - digo tímido.

-Pode pedir - diz inocente.

Eu caço a caixinha em meu bolso enquanto me ajoelho. Abro a caixinha de veludo vermelho e os olhos de Vic brilham admirados.

-Quer namorar comigo? - pergunto sorrindo.

Vic fecha os olhos, e volta a abri-los não mais com o mesmo brilho e empolgação de antes. Ela puxa meus braços me fazendo levantar do chão.

-Não. Eu não posso. Acho que o nosso envolvimento já foi longo demais - respondo triste.

Eu fico assustado, nunca imaginarei que ela não aceitaria.

-Mas porque Vic? A gente se gosta - digo chatiado.

-É exatamente por isso - diz ela se virando de costas pra mim.

-Que? Não estou entendendo. Se a gente se gosta, porque você não aceita o meu pedido? - pergunto confuso.

-Porqueeusouestéril - diz tudo junto rapidamente.

-Fala devagar - suplico.

-Eu não posso ter filhos. Sou estéril - diz chatiada - você é um rapaz tão bacana Arthur. E por eu gostar de você, acredito que merece uma mulher melhor do que eu, uma que possa te dar filhos - diz calmamente.

Victoria Furlan

-Olha Vic - ele diz pegando em minhas mãos - confesso que fiquei surpreso. Mas isso não é desculpa o suficiente para me fazer para de gostar de você - sorri lindamente

Eu estou me sentindo uma idiota. Ele só me pediu em namoro e eu já estou falando em filhos. Mas, eu preciso falar a verdade, se ainda vai rolar algo entre nós, ele precisava saber disso. Arthur se ajoelha novamente, e abre a caixinha que contém um par de alianças em ouro branco.

-Vamos começar de novo - diz rindo - Vic, quer namorar comigo? Não aceito não como resposta!

-Tudo bem, você me convenceu - digo retribuindo o sorriso.

Ele abre aquele sorriso de tirar o fôlego, e eu estendo a mão esquerda para ele colocar a aliança. Ela é simples, mas linda. É bem grossa, e outro branco, e no meio dela, tem um fio de ouro amarelo. Eu amei. Depois coloco a aliança em seu dedo, e ele vem me beijar. Foi um delicioso beijo repleto de amor, ternura, e promessas para o futuro.

-Oficialmente minha - diz ele quando acabamos o beijo para recuperar o fôlego.

Dou um sorriso tímido, e ele me abraça forte.

-Em relação a sua infertilidade, te garanto que não me incômoda. Quando casarmos, poderemos adotar um filho - diz ele sorrindo.

-Pretende se casar? - pergunto surpresa.

-Claro! Excepcionalmente se for com você!

-Galanteador de merda! - digo rindo.

-Amorzinho - diz ele me dando um beijo na testa.

-O que vamos fazer hoje? - pergunto me lembrando que hoje é sábado.

-O que você quer fazer? - pergunta me apertando em seus braços.

-Não sei - digo pensativa.

-Ficar agarrado com você o dia todo me parece uma boa ideia - diz com um sorriso sapeca.

-Huuuum! Gostei! - digo rindo.

E foi assim que passamos o dia. Agarrados em casa, em frente a TV. Ao fim do dia, me arrumei para ir a boate com Arthur, que queria que eu fosse. Chegando lá Arthur foi um fofo, me apresentou para o Henrique, seu primo e sócio da boate, e namorada louca do Henrique, que tinha jogado bebida em mim uma vez. Ela é bem simpática, e depois de entender a situação, e saber que eu estava namorando com Arthur, Clarisse acabou se tornando uma ótima companhia nos momento que Henrique e Arthur tinham que resolver alguma coisa da boate. Eu adorei a noite, foi bem descontraída, e eu me diverti muito.

-Gostou da noite baby? - pergunta enquanto estaciona em sua casa.

-Gostei, Clarisse é bem legal - respondo.

-É sim, é que na verdade, ela é muito ciumenta - diz ele rindo.

-Eu entendo ela. As meninas caem matando em cima de vocês! - falo me lembrando das secadas que Arthur levou de outras mulheres na boate.

Ele saí do carro rindo e abre a porta pra eu sair. Entramos em sua casa com Arthur com uma mão na minha cintura.

-Ciumes baby? - pergunta ele todo convencido.

-Não, Magina! - respondo enquanto entramos no sala.

-Não precisa. Sou exclusivamente seu - diz todo fofo me abraçando.

Cansei de ser boazinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora