Victoria Furlan
-Chegamos - informa o condutor do iate.
-Vem baby, vamos nos casar - diz Arthur me puxando pela mão.Subimos até a superfície do iate, e vi que estávamos ancorados em uma pequena ilha. Reconheci logo de cara, era a Grande Ilha, uma ilhazinha localizada perto da cidade em que morávamos. De onde eu estava, em cima do iate ainda, era possível ver a cerimônia que estava preparada me esperando. Depois de descer do iate com ajuda de Arthur, vejo melhor o lindo local que nos esperava. O tapete vermelho está posicionado sobre a areia nos esperando, ao lado do tapete, tem algumas esteiras de palha dourada, onde os convidados estão de pé. Entre eles meus pais, minha irmã e meu cunhado, uns familiares do Arthur, e alguns de seus amigos. Caminho sorrindo, comprimentando a todos, Arthur já entra ao meu lado, com nossos braços interlaçados. Ao fim do tapete tem um púbito, e ao seu fundo tem um arco, de uns dois metros de altura, de arranjo de flores. O juiz de paz inicia a curta e improvisada cerimônia, o pôr do sol ao fundo, deixa tudo mais lindo e encantador. Os votos são feitos com palavras verdadeiras, sem discurso pré decorado. A troca das alianças foi feita com um pouco de diversão, já que estávamos nervosos, e custou acertar o dedo. A cerimônia acabou rápido, não durou nem 30 minutos, e quando retornamos a caminhar sob o tapete vermelho, ao invez de grãos de arroz, os convidados jogaram em nós pétalas de rosas. Sorri emocionada, e Arthur deu um beijo em minha cabeça. Não voltamos para o iate, e fomos em direção a um hotel fazenda que era bem reconhecido aqui em Grande Ilha. Durante o caminho, dentro de um carro cheio de latinhas penduradas ao para choque, que era conduzido por um amigo de Arthur, nos dois ficamos conversando, fazendo planos para o futuro. Arthur segurava minha mão, e ficava rodando linha aliança em meu dedo.
-Oficialmente casados - diz sorrindo.
-Não imaginei que iria casar novamente - digo me lembrando do meu primeiro casamento.
-Mas tem um lado bom desse seu passado obscuro - diz brincando.
-Que parte? - pergunto incrédula que possa existir algo bom.
-Sabemos que, os erros cometidos em seu primeiro casamento, não irá se repetir - diz beijando cada um dos nós de meus dedos.
-Por esse lado tem razão. Não iremos acertar em tudo, mas iremos dar o nosso melhor - sorrio orgulhosa.
-Sempre - ele pousa a mão sobre meu ventre - não é mesmo bebê? O papai dará o melhor para fazer vocês felizes - diz e depois dá um beijo em minha barriga, seguido de um selinho em minha boca.
-Já tenho uma certeza! - falo sorrindo.
-E qual é? - pergunta levantando uma das sombrancelhas.
-Você será, além de um ótimo marido, um ótimo pai - falo encostando a cabeça em seu braço.
-Espero que sim, pois a minha única missão, é ser sempre o melhor pra vocês - diz carinhoso.(...)
Arthur Loungue
Conversamos bastante durante o caminho até o hotel fazenda, onde seria realizado a recepção dos convidados. Seria uma pequenas festa, bem íntima, nada grandioso, já que tínhamos que fazer uma economia para a chegada do bebê.
O carro parou em frente ao salão de festa do hotel fazenda, e eu abri a porta do carro, e segurando a mão de Vic, descemos juntos.. Na entrada do salão, tinha um banner com três fotos nossas juntos, além do nossos nomes em uma grande placa de néon. Após avançarmos a dentro do salão, minha cunhada Pri, nos arrastou para um camarim que tinha ao lado.-O tema da festa é neon, como podem ver - diz dando uma volta em torno de si.
Seu vestido de gala azul cobalto que foi usado na cerimônia, foi substituído por um vestido laranja gritante, um tanto escandaloso.
-Não Pri, eu estou muito bem de branco - diz Vic apavorada.
Ela é o contrário da irmã. Enquanto Pri é toda escandalosa, chamativa, extrovertida, Vic, é tranquila, serena, introvertida, e bem simples.
-Não! Vou te deixar linda como eu - diz Pri 'modesta' - só vou te dar uma corzinha - diz tirando uma caixa de algum lugar - tira essas sandálias.
Vic se senta em um sofá de couro preto que estava encostado na parede, e tira as sandálias como a irmã havia pedido.
-Agora coloca esses sapatos - diz abrindo a caixa.
-Ai meus olhos - digo rindo.Os sapatos eram de salto altíssimo, cor de rosa gritante. Vic ri da minha piadinha sem graça, e calça os sapatos. Fica de pé ao meu lado, e me dá um selinho.
-Quase maior que você - diz rindo.
-Bem que você disse, quase - digo abraçando ela.
-Agora falta o seu toque de néon - diz Pri a mim, aparecendo com outra caixa.
-Nem vem, não gosto de cores fortes - digo franzindo a sobrancelhas.
-Ah cunhadinho, deixa de ser chato - ela abre e vejo uma gravata rosa, um pouco mais claro que o sapato de Vic, mas não menos extravagante - só uma gravatinha vai, please?! - diz fazendo um biquinho.
-Vai amor, vamos ficar legais - diz Vic sorrindo.
-Ok vai - digo me rendendo.Pri bate palmas empolgada, e vem colocar a gravata em mim. Ela tira a preta que eu estava, e coloca a maldita cor de rosa.
-Bem melhor - diz Pri avaliando nos dois - só falta mais um detalhe - diz pegando um estojo.
-Ah não Priscila. Já chega - diz Vic um pouco irrita.
-Fecha os olhos - diz Pri sem se importar com as reclamações da irmã.Priscila passa uma sombra néon sobre as pálpebras dos olhos de Vic, assim como as dela que possuía um alaranjado brilhante.
-Agora sim - diz Pri sorrindo orgulhosa - estão prontos para a festa.
(....)
E estávamos mesmo. Nossa festa de casamento foi ótima, super animada e divertida. Eu e Vic nos acabamos na companhia das pessoas que mais amamos. Dançamos, bebemos, rimos, e ao fim da noite, já estávamos exautos. Após nos despedirmos de todos os convidados, que foram indo empora um por um, eu agradeço infinitamente a Pri, que me ajudou a organizar isso tudo. Ela vai embora levando meus sogros e seu namorado, e resta apenas eu e Vic.
-Acho que já esta na hora de irmos também - diz cansada.
-E nossa lua de mel? - pergunto com um olhar sugestivo.
-Ainda tem lua de mel? Quando vai parar de me surpreender? - diz sorrindo.
-Nunca - digo colando os nossos lábios - vamos passar quatro dias aqui nesse paraíso, o que acha? - pergunto no pé de seu ouvido.
-Eu acho maravilhoso - diz num sussurro.
-Me perdoa por não ser uma viagem mais sofisticada, mas agora com a chegada do bebê, temos que nos controlar para não gastarmos muito - me desculpo chateado.
-Meu amor - diz segurando meu rosto com as duas mãos e me olhando no fundo dos olhos - não me importa se vamos passar nossa lua de mel aqui, em Paris, ou em casa. O que me importa é sua compania - diz me dando um beijo repleto de ternura e amor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cansei de ser boazinha
Chick-LitPLÁGIO É CRIME ! No Código Penal Brasileiro, em vigor, no Título que trata dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual, nós nos deparamos com a previsão de crime de violação de direito autoral - artigo 184 - que traz o seguinte teor: Violar direito...