• asshole

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Las Vegas, Nevada - Summerlin
Agosto, 2018 05hr48 PM

Nathaniel Hale point of view

Allyssa tinha um bico enorme no banco do passageiro, eu cedi meu boné à ela assim que lembrei que os óculos no porta luvas tinham grau, mais forte que o seu. Também mudei de idéia sobre o que queria comer porque a vi torcer o nariz e piscar os olhos depressa, era seu corpo negando. Lembro de ter ouvido algo sobre estar menstruada ontem mas estava de biquíni branco hoje, à não ser que ela esteja usando OB.

- Posso? - Encosto no rádio e olho para seus olhos claros. Não obtenho resposta. Malia prende o riso atrás de mim, um de seus pés estavam apoiados em minha bochecha e o outro cutucava minhas costas com atrás do banco. Megan tinha apagado desde que saímos do restaurante e eu estava começando a ficar preocupado com ela.

Um vendedor de pipoca passa pelo carro da frente no farol e vejo a loira ao meu lado prender o lábio com os dentes, sabia que queria, mas não iria perguntar, ela terá que pedir.

- Hum. - Ela murmura. - Nate? - Sabia que não gostava que me chamassem assim ou pelo primero nome mas sempre abri uma excessão à ela e a Blake. - Eu queria pipoca. - O receio em sua voz, o cuidado, me tranquilizou, não tinha feito nada de errado. Ela estava brava, mas não comigo.

- Doce ou salgada? - Estendo a mão para fora e o senhor se aproxima. Allie responde salgada ao mesmo tempo que minha caçula murmura "doce". Jogo uma nota qualquer na caixa dele e entrego as pipocas pras meninas. Quando uma buzina impaciente ecoa atrás de mim, é automático, os três braços saem pelas janelas abertas e o dedo maior é mostrado.

- Babaca. - Malia grita com a boca cheia de pipoca.

- Deixa quieto Ma. - Vejo seu queixo tremer, porquê apelidos mexem tanto com as mulheres?

Allyssa come quieta o restante do caminho, suas mãos pequenas dobram o saquinho até virar um avião, tinha feito uma flor com o guardanapo no restaurante e ela não achou justo não ter nada pra oferecer em troca. Fecho o vidro quando vejo que ela ira jogar em minha direção sem tirar os olhos da estrada. Na terceira tentativa ela aceita que seu avião falhou. Ouço Malia tentar acordar nossa irmã mais velha mas ela não obtém sucesso.

- Tudo bem, eu levo ela. - Resmungo estacionando rente à calçada. A loira ao meu lado pega meu celular e as chaves de casa pra jogar em sua mochila. Pego minha irmã no colo e dou leve mordidas em seu ombro pra ver se tem alguma reação, a mordida que recebo em seguida é três vezes mais forte, pelo menos não está desmaiada.

- Mãe, Hale bateu seu carro! - Malia grita assim que entramos.

- Mãe, Malia drogou Megan! - Grito em desespero ainda com a morena enroscada no meu pescoço.

- Os pais de vocês saíram há uma hora e disseram que não sabem se chegam para o jantar. - Linda caminha rápido até a sala onde. - Está tudo bem senhorita Allyssa? - Só então olho para ela, seus lábios estão pálidos e ela parece incomodada.

- Está sim, Linda. - Ela caminha até mim e toca o braço de minha irmã antes de se aproximar e sussurrar algo em seu ouvido. Sinto Megan assentir e então seu corpo magro se arrasta até estar de pé na minha frente. Malia vem do outro lado e enlaça sua cintura, perco as três de vista quando estão no topo da escada.

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