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New York, New York - Manhattan
Outubro, 2018 07hr06 PM

Nathaniel Hale point of view

Coço a testa percorrendo os olhos pela cozinha. Onde está a merda da chave?

minha princesa: pode levar Jack e Rose pro pet shop e depois devolvê-los pra mãe deles?

Bufo guardando o celular. Porra, estavam no meu bolso. Tranco a porta de casa enterrando a cabeça no capuz. Hoje não nevava, o que era normal já que não estávamos no inverno. As ruas estavam iluminadas pelas luzes dos grandes postes e peruas desfilavam com seus casacos de pele.

Os pubs colocaram as mesas pra fora e... meu peito gela. Reconheceria aqueles cabelos em qualquer lugar. Confirmo quando a loira joga a cabeça pra trás indo alto. Ela apoia o queixo nas mãos quando seu namorado começa a contar algo empolgado, os olhos dela brilham, de um jeito que eu nunca vi.

Eu penso no quanto eu machuquei Allyssa com as minhas escolhas. Mas também como eu a fiz se sentir amada e única. Eu falo das falhas do Gavin como se eu não tivesse as minhas próprias. Ele a ama tanto quanto eu, mas... ele não a entende, ele... Meus pensamentos são interrompidos pelo toque do meu celular. Volto a andar quando eles se aproximam se olhando.

- Posso saber porquê me ignorou?

- Mandou mensagem? - Me faço de sonso voltando a andar rápido.

- Não se faça de sonso Nathaniel Hale, a maternidade me deu seios enormes, insônia e um sexto sentido ótimo. - Megan bufa afastando o telefone. Ouço ela dizer algo como "Seu pai tem razão quando diz que é impaciente igual eu mas não o deixe saber que concordo". Sorrio com isso. - Pode ou não pode?

- O que?

- Puta merda Hale! - Ela grita mas logo xinga baixo quando um choro agudo soa de fundo. - Só minuto. (Calma meu amor, é que seu tio é um asno se fazendo de sonso e irrita a mamãe. Toma sua pepeta, mamãe já vai fazer seu mama.) - Meu coração ficava quentinho com qualquer interação deles dois. - Jack e Rose, pra Allie, pode? - Suspiro.

- Desculpa mas não.

- Sério? Por quê?

- Você é muito fofoqueira Megan. Eu preciso ir.

- Tudo bem então, não me conte. Lembrarei disso. A gente te ama.

- Eu amo mais.

- Não fazemos questão. - Ela desliga e toco a campainha. 

- Filho, oi. - Meu pai me abraça dando tapinhas nas minhas costas.

- Minha mãe está aqui? - Ele assente. - Sóbria?

- Estou ofendida. - A loira diz baixo virando a taça de vinho antes de estender a mão me oferecendo.

- Eu preciso de colo. - Despejo de uma vez e seu olhar muda.

- Ô meu amor, vem cá. - Ela abre os braços e suspiro a abraçando. - Você precisa falar ou chorar? - Meu nariz arde e minha garganta dói. Eu choraria. - Você quer ir pro quarto? - Afirmo e ela beija minha bochecha abraçando minha cintura enquanto subíamos. Espero que ela se sente com uma almofada no colo pra eu deitar lá.

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