• let her go

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New York, New York - Manhattan
Agosto, 2018 04hr38 PM

Megan Hale point of view

Acaricio minha barriga tirando os olhos da televisão, eles estavam inundados com a despedida do Dumbo e sua mãe. Suspiro quando percebo que Matt estava segurando a risada.

- A sua mãe vai inundar Manhattan quando você nascer. - Ele sussurra pra minha barriga como se eu não fosse ouvir. Tinha te devolvido a Lorna e ele já estava mais felizinho, Hale vacilou brigando na frente dele.

Sobre Allyssa e meu irmão, é fácil mas eles complicam! Eles poderiam sentar e resolver isso juntos mas eles preferem viver nisso, eu não me meto mais. Pego meu celular abrindo o grupo com as meninas.

me: algodão doce com caramelo.

Não precisava dizer muito, elas sabiam que era desejo.

Lizzie: Cesária de emergência nas trigêmeas.

Mia: Acabei de sair do escritório, vou pra loja.

me: Clarke?

Espero um tento mas nada vem.

Ma: Tô levando.

Ma: Onde você tá?

Sorrio pro aparelho.

me: Mia.

Não conseguia chamar aqui de casa, apesar de estar sim morando aqui, eu estava procurando meu apartamento o mais próximo possível que não fosse tão alto, tenho pavor de ficar presa no elevador. Eu estava cansada de não poder fazer nada, eu só comia e comia. Matteo ter vindo morar aqui foi a minha salvação, eu poderia ter continuado a faculdade à distância, mas com certeza eu dormiria no meio das aulas deitada na minha cama ou pararia de prestar atenção quando o bebê chutasse. Minha barriga crescia a cada noite e eu estava comaeçando a ficar desconfiada, até semana passada não tinha nada aqui. Lizzie disse que é normal, que o desenvolvimento dele (do bebê), só está mais acelerado que o normal mas isso não é ruim, muito pelo contrário levando o fato de que ele estava abaixo do peso.

Ponderei muito sobre a minha escolha, ser juíza foi tudo que eu sempre quis, a faculdade de direito era a minha vida e de uma hora pra outra eu deixei escorregar pelos meus dedos. Eu tentei, eu juro, eu tentei não gostar, eu tinha na mente isso, pesquisei por horas como era o processo de adoção legal, eu seria só a geradora, não a mãe. Mas quando eu senti chutar pela primeira vez (não aquela pontada horrível que parecia que estavam me rasgando), um pulinho no estômago e a marca do seu pezinho no meio da minha pele cheia de pintinhas, eu sabia que não tinha como. Era meu.

Saio do tranze quando a campainha soa. Matt se levanta mesmo sabendo que não alcançava a porta, era pequeno pra uma criança de quase seis anos.

- Tenho um presente pra você! - Malia fala animada. Sua testa estava suada e seus cabelos presos num coque horrível. Por que estava com essa roupa? Era quase inverno mas já estava frio pra caralho.

Puxo a sacola da sua mão colocando o caramelo dentro do pote de algodão doce, jogo a castanha brasileira que Lorenzo me deu ontem e um pouco de sal. Matteo faz uma careta quando o ofereço e nem me dou ao trabalho de fazer o mesmo com a minha irmã. Suas mãos pescam seu computador dentro da sua mochila e a criança tira as coisas da mesa de centro a pedido dela.

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