A liberdade que ele merecia

Capítulo 4

Amanhã será o dia que Andrew e eu viajaremos para as nossas merecidas férias. O nervosismo do que ele vai responder está me consumindo a partir de hoje, mas eu vou me concentrar na festa que tem a noite e amanhã fica para amanhã.

Acordei com Andrew ao meu lado, ele estava segurando minha mão e eu quase não saí mais da cama, mas o sono de Andrew é leve e não demorou muito para ele acordar e ver que eu estava o encarando com um sorriso no rosto.

— Você é tão bobo
— Você gosta
— Eu odeio – ele diz isso com um sorriso no rosto.
— Cada vez que você diz que me odeia eu acredito menos.
— Problema seu

Me aproximo dele mas mantenho uma distância e não solto a mão dele, fico o encarando porém eu poderia dizer que estou mais para admirando ele. Andrew é lindo, eu fico olhando até ele bufar e se levantar, ele vai direto ao banheiro e eu escuto o som da água da torneira sendo derramado. Quando ele volta é a minha vez de ir.

— Você vai fantasiado de quê? – pergunto a Andrew no som de voz um pouco elevado pois estou no banheiro. A festa de hoje será a fantasia, eu estava pensando de ir fantasiado de corvo, mas talvez Kevin não aprecie a piada.

— De Neil
— Então você vai estar interessante
— Não, eu vou estar com cara de bobo – não estou perto para ver a o rosto de Andrew, mas sei que ele está sorrindo.

Acabo de tomar banho volto para o quarto e procuro uma roupa na cômoda, Andrew não está mais aqui, deve estar tomando café da manhã.

Visto uma camisa de moletom e uma bermuda que vai até acima do joelho. Pronto eu me encaminho para fora do quarto e vou direto para a cozinha, a chegar lá Andrew está sentando perto do balcão, Nicky está fazendo omelete e Kevin está preparando café.

— Bom dia, flor do dia – Nicky diz.
— Bom dia, mãe – Nicky se vira com um sorriso no rosto para mim.
— Aí meu Deus, Neil. Você está de bom humor, devo adivinhar o motivo? – Nicky abri mais o sorriso e olha de mim para Andrew que está com uma expressão de tédio puro.
— Tente  – digo só para ver o que Andrew vai falar, por quê eu já sei que Nicky vai "Adivinhar" algo que envolva eu e Andrew.
— Andrew não dormiu no quarto dele e hoje de manhã eu vi ele saindo do seu quarto, por acaso você se deu bem ontem, Neil? – do um sorriso para Nicky mas fico calado.
— Vocês não tem mais nada de interessante para conversar? – pergunta Kevin revirando os olhos.
— Calado, Kevin.
— Existe algo mais interessante nesse dormitório tirando a Relação Andreil e o meu corpo? — Kevin bufa, pega sua caneca de café e vai para sala.

Depois do café da manhã, saio de casa e vou comprar uma fantasia porque ainda não comprei. Ao chegar na loja vou logo na sessão de fantasias.   Estou aqui à duas horas procurando uma fantasia  que eu goste para vestir a noite, mas nada me chamou a atenção até agora, avisto uma fantasia de feérico provo ela e fica certa e muito boa, compro lentes violetas para quando alguém pergunta digo que estou fantasiado de Rhysand e já indico os livros da Sarah J Mass para a pessoa.

Fantasia pronta. Lentes comprada.

Volto ao dormitório, mas não vou para o meu quarto e entro no quarto das meninas para avisar o recado do treinador.
— Hey, o treinador mandou informar que quando acabar as férias os novatos do time vão chegar. – fecho a porta e vou sentar no sofá, quem está no quarto só é Allisson e Reene. Não pergunto por Dan, ele provavelmente está no quarto do Matt e Aaron.
— Okay – diz as duas em uníssono.
— Presente pro Andrew ou sua fantasia? – pergunta Allisson com um sorriso malicioso.
— Segunda opção. – ela levanta do pufe e vai até mim no sofá, pega a bolsa e olha o que tem dentro. Fico lá por volta de meia hora conversando sobre os livros da Sarah JMass e os novos recrutados que entraria no time logo após as férias. Depois de tudo volto para meu quarto, guardo minha fantasia de um jeito que não estrague pois eu vou vestir hoje à noite.

Depois de guarda a fantasia e ir ao banheiro, eu vou direto para o telhado porque sei que Andrew estar lá. Quando subo encontro Andrew – eu sabia –em pé olhando a vista e fumando. Ele vira só um pouco o rosto para ver quem entrou e depois acena a cabeça como que para me se aproximar e me passa o cigarro dou uma tragada e passo para ele. Ficamos nisso por volta de 10 minutos.

— Você continua pedindo para morrer
— Ah é?
— O que lhe garante que eu não vou te jogar daqui de cima?
— Porque eu levo você junto – dou sorriso de lado e Andrew revira os olhos.
— Sim ou não, Neil?
— Para você sempre é sim
— Até ser não – abro a boca para argumentar mas Andrew puxa minha nuca e encosta o lábio dele contra o meu, o beijo dele é diferente agora dos demais. É carinhoso e faminto ao mesmo tempo, eu abro um pouco minha boca e coloco minha língua dentro da dele e ficamos nos beijando por horas, dias, anos eu não me importo só sei que eu preciso que isso nunca acabe.

Se minha mãe estivesse aqui ela provavelmente me daria uma surra por estar me relacionado com alguém, ela daria que isso só serve para deixar a gente vulnerável, mas se for por Andrew eu não me importo. Que se dane tudo, eu fico vulnerável, mas ser vulnerável por Andrew é bom. Mais que bom.

Não sei quando descemos para o quarto, não sei como estou no meu quarto, na minha cama com Andrew por cima, mas é a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo. Andrew é a melhor coisa. E nossa relação só estar para começar.