Capítulo 7

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Com as malas no porta malas e Andrew me dando a permissão de dirigir o maserati seguimos em direção às nossas férias.

Ilha de San Andrés é o nosso destino final. Aluguei um quarto de hotel para dois com uma vista linda, além do intuito principal da viajem ser sobre nós e nos conhecer melhor, essa é uma oportunidade de tentar superar o que aconteceu com a minha mãe.

— Foco
— Eu estou focado
— Você parece que está prestes a ter uma crise
— Uma crise?
— Sim, Junkier.
Reviro os olhos para o apelido que ele continua a me chamar.
— Só estava pensando
— Estava nítido, mas você não pode focar em um só pensamento enquanto dirigi. Principalmente se o pensamento não for a direção.
— Eu sei dirigir
— Eu disse que não sabia?
— Não
— Vai me contar agora a sua – Ele faz aspas no ar – surpresa?
— Muito cedo
— Eu não diria cedo se daqui a algumas horas ou dias eu vou descobrir
— Então o melhor a fazer é esperar certo, Drew?
Agora é a vez dele revirar os olhos.

A viagem dura só três horas, e eu tenho uma noite planejada completamente. Hoje eu vou pedir Andrew, é melhor no primeiro dia do que esperar e só ficar na ansiedade.

Quando estivermos descansados da viagem a grande noite nos espera.

Cinco horas depois

Logo após uma longa viagem e quase duas horas de descanso estamos prontos para a noite que preparei.

No terraço do hotel pedi que colocassem uma mesa e preparassem um jantar especial, com uma sobremesa feita de sorvete que sem dúvidas Andrew vai amar –ou como ele prefere 'odiar'–.

Subimos para o último andar pelo elevador e encontramos uma porta com uma grande placa anunciando "TERRAÇO".

— Você é brega, Josten
— Você amou que eu sei
— Talvez não ser um babaca as vezes não seja tão mau – escuto Andrew sussurrar quando ele se senta na cadeira de frente a minha.
— Ei, eu escutei.
Tento fazer uma careta mas não consigo segurar o sorriso. A noite não despencou ainda, então tenho esperanças.
— Na verdade eu fiz esse jantar para discutirmos um assunto importante
— Prossiga
— Vamos comer antes, caso não funcione pelo menos a comida não foi desperdiçada.

Jantamos e conversamos bastante, na hora da sobremesa consegui ver um sorriso dele quando estava provando. Ele acabou, mas eu ainda estou  na metade e acredito que seja a hora agora.
— Bom...
— Sem medo, Abram – O meu coração acelerar mais um pouco com a felicidade de ouvir Andrew dizendo meu nome.
— Precisam--‐preciso saber o que significa a nossa rela--- quer dizer ISSO entre a gente
— Pensei que estivesse claro
— Um pouco, mas eu preciso perguntar uma coisa
— Continue
— Andrew Joseph Minyard você aceita na-morar comigo?

A liberdade que ele merecia Onde histórias criam vida. Descubra agora