3 - Maldição da Morte

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A noite de 31 de outubro era mais uma noite comum para o casal Potter, que estava no berçário conversando enquanto Harry, Charles e Tália dormiam calmamente em seu berço após serem alimentados, tudo corria bem até que James sentiu uma mudança nas proteções da casa; alguém tinha chegado, mas ninguém havia avisado que viria.

James olhou para sua esposa e viu que a mesma havia chegado a mesma conclusão que ele, havia algo errado. James fechou sua mão e ergueu o indicador à frente dos lábios em sinal de silêncio, Lílian acenou.

James em passou cautelosos desceu as escadas, seus ouvidos atentos aos sons da casa captaram o som da porta da frente se abrindo seguido do som de passos, não era um pessoa; eram duas.

Quando chegou ao fim das escadas foi tomado por um sentimento de dor e traição, ali na sua frente estava Peter, seu amigo, se curvando ao Lorde das Trevas e dando passagem para que ele pudesse adentrar em sua casa e atentar contra sua família. James nunca se sentiu tão tentado a usar ao menos uma das Imperdoáveis.

James havia parado em frente as escadas que levavam ao segundo andar, sua varinha em punho com o coração pesando com os sentimentos de traição e raiva, e agora encarava o rosto doentiamente sorridente de forma muito semelhante a uma cobra para ser alguém humano, ao menos não totalmente humano.

No entando James não teve tempo de reagir, em menos de 2 segundos depois de parar aos pés da escada James foi atingido por um bombarda máxima que o enviou de encontrou a parede fazendo com que fraturasse uma ou duas costelas e perdesse a consciência pelo impacto.

Voldemort seguiu em frente sem dar uma segunda olhada ao corpo inerte e subiu as escadas deixando Rabicho ali na sala inquieto. Voldemort seguiu pelo corredor, à poucos passos do fina do corredor lançou um bombarda simples na porta branca de madeira do berçário que era decorada com os nomes "Harry" e "Charles" em azul seguidos por um "Tália" em rosa, assim explodindo em pedaços a porta.

Lílian com seus ouvidos atentos tentava ouvir tanto quanto era possível de sua posição ao lado dos berços de seus filhos, seus ouvidos captaram apenas o som de um baque alto. Isso foi o suficiente para um arrepio de medo descer sobre sua espinha, a ruiva olhou para as crianças que agora se remexiam inquietas em seus berços, aumentou o aperto em sua varinha e suspirou, ela faria oque fosse necessário por seus filhos, oque fosse necessário.

No entanto Lílian não pode ter tempo de reagir, em poucos segundos foram ouvidos passos seguidos por um "Bombarda" e a porta do berçário explodiu, Lílian levantou um escudo sobre si e os bebês que agora estavam acordados pelo barulho alto.

Voldemort rapidamente lançou outro "Bombarda" dessa vez na ruiva ao lado dos berços que, com o feitiço como o marido foi jogada contra a parede fazendo com que batesse a cabeça e assim perdesse a consciência.

Voldemort não deu outra olhada ao corpo caído no chão e seguiu em passos lentos e aparentemente preguiçosos, mesmo que calculados até ficar de frente aos três berços um ao lado do outro, no primeiro berço havia um bebê, este não chorava, seus olhos verdes, quase como a Maldição da Morte, o fitavam curiosamente enquanto seus fios negros caiam levemente sobre os olhos, o Lorde das Trevas então olhou para o macacão azul do garoto e viu as letras bordadas em prateado dessa vez do lado esquerdo do peito "Harry". Voldemort achou curiosa a reação do bebê porém não queria cometer erros então passou agora a olhar o segundo berço.

Então observou o segundo berço tão cuidadosamente quanto o primeiro e viu outro garotinho, este no entanto chorava, de cabelos quase ruivos tão ruivos quanto os de sua mãe, no entanto mais escuros, com olhos castanho-esverdeados, a criança usava um macacão vermelho profundo com o nome "Charles" bordado cuidadosamente em dourado no lado direito do peito.
"Típico grifinório." Pensou Voldemort.

No terceiro berço havia uma garotinha de cabelos ruivos, no entanto diferente de sua mãe e irmão parecia que seus cabelos eram um tom entre o preto e vermelho, e seus olhos verde-mar que provavemente ganharam o tom azulado de sua avó Dorea - que era uma Black lembrou-se Voldemort-, o fitavam quase tão curiosamente quanto Harry, Voldemort então olhou para o macacão lilás e viu as letras bordadas cuidadosamente também, em prateado formando o nome da garotinha "Tália".

Voldemort então refletiu, uma daquelas crianças era profetizada a ser sua queda, a profecia não indicava explicitamente o sexo da criança, então Voldemort estava dividido entre Harry e Tália, no entanto a profecia dizia "aquele" então deveria ser Harry. Charles não seria o profetizado, mal tinha ouvido o barulho da porta e já havia começado a chorar, oque aliás estava lhe dando dor de cabeça.

- Ah, a solução é simples -pensou o Lorde das Trevas-, tenho apenas de matar os dois e não haverá dúvida de que ninguém pode me derrotar.

- Avada Kedavra. - recitou a maldição apontando-a em direção a Harry como se fosse um simples "Olá".

- Avad- ele recitava novamente, no entanto o Lorde das trevas foi interrompido pela sua maldição que havia se recuperado e voltado em sua direção assim matando-lhe, mas não antes que seu desejo de matar qualquer inimigo fosse mais forte e acabasse fazendo com que a maldição que ele havia começado a falar, saísse se sua varinha e fosse assim em direção a Tália, porém mesmo que o Lorde das Trevas não visse, sua maldição se recuperou indo em direção a parede do quarto fazendo com que ficasse uma mancha negra no lugar.

Voldemort não pode ver seu feito, porém sua última visão foi a de um par de olhos semelhantes a Maldição da Morte o olhando acusatóriamente.

E assim na noite de 31 de outubro de 1981, para quase todos o Lorde das trevas estava morto.

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