Faziam-se agora 6 anos desde que os Potter's haviam deixado dois de seus filhos sob a tutela de Petúnia e Vernom Dursley e hoje depois de não ser achada nenhuma carta à ser enviada a Harry e Tália, James e Lílian acompanhados por Dumbledore foram à procura de seus filhos, acabando assim onde estavam agora; na frente da casa número 4 de Privet Drive.
Lilian bateu na porta apreensiva esperando que Petunia à abrisse. Segundos depois a porta abriu, Petúnia ao ver sua irmã ali franziu os lábios em desgosto e raiva e já ia fechar a porta quando foi impedida pela mão de Lily a segurando.
- Oque você quer? - Disse com evidente desgosto em direção a irmã e o cunhado.
- Nos deixe entrar Petúnia, temos que conversar e não acho que você quer que seus vizinhos escutem. - Rebateu Lílian, com evidente amargor na voz por ter que usar isso contra a irmã.
Petúnia engoliu em seco mas abriu mais a porta e deu espaço para que entrassem.
- Obrigada Petúnia. - Lílian sussurrou fracamente.
Petúnia fez um som de reconhecimento e fechou a porta após estrarem.
- Oque vocês querem aqui? - Indagou impaciente quando chegaram na sala fazendo uma careta de incomodo quando Lílian e James se sentaram no sofá e Dumbledore na poltrona. Petúnia continuou de pé.
- Queremos saber onde estão Harry e Tália. - Se pronunciou James pela primeira vez.
- É por isso?! Por isso vocês estranhos vieram a minha casa normal?! - Petúnia quase gritou com sua voz esganiçada.
- Petúnia, por favor, apenas nos diga onde estão Harry e Tália e nós vamos deixa-la em paz novamente. - Disse Dumbledore de forma apaziguadora.
- Pois bem, quando vocês os deixaram aqui eu os levei a um orfanato. Agora saiam da minha casa! - Exigiu a mulher.
- Petúnia! Eles são seus sobrinhos! Você sabe oque poderia acontecer com eles em um orfanato?! - Esbravejou Lílian de olhos arregalados se pondo de pé em sinal de indignação pelas ações da irmã.
- Não pode acontecer nada pior do que aconteceria se eles ficassem aqui! Eles são aberrações tanto quanto você e os outros! - Brigou Petúnia seu rosto ficando avermelhado de raiva.
- Diga o nome do orfanato. - Disse James em voz baixa, não era muito mais que um sussurro mas o suficiente para ser ouvido por Petúnia enquanto segurava sua esposa contra si, para que tanto um quanto o outro não avançasse em Petúnia.
- São Bernardo, um orfanato para garotas e garotos. Pronto, agora saiam da minha casa! - Disse Petúnia injuriada com a irmã.
- Tenha uma boa tarde Sra. Dursley. - Se despediu James friamente conduzindo sua esposa em direção a porta sem reparar em Dumbledore que usava legiminência em sua cunhada durante toda a conversa.
Dumbledore seguiu James e Lílian pelo caminho para fora da casa até chegarem no meio fio.
- Como vamos encontra-los agora? - Disse James fracamente.
- Temos que procurar o orfanato, pelos meios trouxas James. - Respondeu Líly fracamente, ainda perdida nas palavras proferidas pela irmã.
- Vamos pedir ajuda dos membros da Ordem, eles podem ajudar. - Sugeriu Dumbledore.
- Snape poderia nos ajudar mais, ele sabe como funciona o mundo trouxa. - Disse a ruiva com visível desconforto ao falar do ex melhor amigo.
- Então vamos ter que pedir a ajuda de Severus. - Declarou Dumbledore.
Poucos dias depois Dumbledore, James e Lilian juntamente de Severus - Mesmo que a contra gosto do mesmo em estar na presença do casal -, estavam na companhia da Sra. Park, uma senhora de pouco mais de 40 anos que carregava um sorriso gentil no rosto combinando com seus olhos e cabelos castanhos levemente grisalhos.
Eles estavam lá sentados em seu escritório ainda desnorteados pela notícia; A mulher não se recordava de nenhum Harry ou Tália, mas quando falava o nome mostrava um calor na voz como se a verdade fosse diferente.
- Como assim? - Perguntou James sem filtro algum um pouco grosseiro, fazendo com que a matrona franzisse os cantos dos lábios.
- Não me recordo de nenhuma criança com os nomes Harry e Tália Potter, deve ser um engano, também não tem registros aqui pelo que vi. Desculpe senhor Potter, mas devem ter confundido o nome do orfanato ou mentiram para o senhor. - Disse a matrona no começo severa mas amenizando a voz no final ao ver a confusão e o medo se instalando nos rostos do casal.
- Desculpe Sra. Park, por ocupar tanto de seu tempo. - Disse Dumbledore escutando um "Está tudo bem" da matrona antes de ser guiado junto dos outros até as portas do orfanato.
- Isso, isso é impossível! Como? - Questionou Líly sendo amparada pelo marido.
- Era um bruxo, ela foi obliviada, no dia em que eles foram adotados tem um espaço em branco na mente dela. - Anúnciou Dumbledore passando a mão pela barba com as somblancelhas franzidas.
- Então como vamos encontra-los? Não tem rastros de onde possam ter ido ou onde estão. - Disse James exasperado.
Nenhum deles em meio a conversa percebeu um pequeno inseto ali perto com um comportamento um tanto incomum para um besouro normal. Nem mesmo Severus que queria sorrir de escárnio para o casal.
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Corações de Cristal
FantasyNo dia 31 de julho de 1980, não vieram ao mundo apenas um Potter, mas sim três Potter's. Dois deles no entanto tinham corações semelhantes a um cristal. Ao longe parece pequeno e quase inexistente, de perto um bem valioso, pode ter muitos lados e a...