15 | Isoladinho.

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Babi on

Marcos: Tio Henry! - ele o chama quando entramos dentro do veterinário. 

Em poucos minutos o tio do Marcos aparece junto com a sua esposa Márcia. 

Henry: pensei que não viriam vir- ele diz tirando o seu celular do bolso e coloca em cima da mesa. 

Marcos: Nós demoramos por causa do Arthur, mas não vamos aprofundar o assunto. 

Arthur: ei eu não tive culpa de nada não. - ele se defende. - foi a culpa da Babi. 

Babi: minha? 

Arthur: sim! 

Babi; eu posso saber o que diabos eu fiz? - pergunto cruzando os braços. 

Arthur: Nós só atrasamos porque você disse que a sua mãe tinha feito um bolo diferenciado. 

Henry: bolo se diferenciando? 

Marcos: É uma delícia, você deveria provar. 

Babi; então a culpa é minha por ter falado que a minha mãe fez o bolo se diferenciar? 

Arthur: exatamente. E se eu não fosse, eu iria morrer, mas não provaria aquele maravilhoso bolo. Será que a sua mãe se importaria em ter mais um filho? 

Babi; nem ouse se não quiser ser odiado. 

Arthur: cruzes. Então invés de filho, pode ser sobrinho né? Um sobrinho a mais não vai fazer diferença. Ou eu falo que eu sou o primo perdido.

Todos ri e a Márcia me cutuca. 

Márcia: Babi, eu posso falar com você? - ela diz chamando a minha atenção para ela. - e os cachorrinhos que você trouxe ontem. 

Babi; claro. 

Márcia: me acompanhe por favor. - a mesma deposita um beijo na bochecha do seu marido e acompanho até para o canil. 

Babi: o que aconteceu com eles? - pergunto em um tom calma mas por dentro eu estou morrendo de preocupação. 

Márcia: sabe aquele cachorro que você trouxe nos seus braços? - ela pergunta e eu apenas assisto. - ele é muito arisco, então quando tentamos pegar para limpar os feridos que ele tem na patinha e na barriguinha, mas aí ele rosna e tenta morder. Aí eu te chamei aqui para me ajudar a tentar pegar ele, porque ele deixa somente você pegar ele. 

Babi: Claro, eu ajudo sim. 

A mesma sorri e me leva até ele. 

Márcia; ele está aqui com os seus irmãos. - ela diz e abre a porta. 

Procuro com o meu olhar e eu logo encontro ele afastado dos outros cachorrinhos. Me aproximo e me abaixo. 

Só foi me abaixar que o " isoladinho " veio correndo até mim. 

O nome dele não é isolado, mas ele veio até mim porque eu o chamei por esse nome. O nome dele vai ser isolado. Sem criatividade? Sim, mas foi a única coisa que veio à minha cabeça.

Márcia; como eu disse, ele deixa somente você pegar ele. Ele se sente seguro em seus braços. 

Me levanto com ele no coro e vejo que realmente tem um machucadinho na patinha de trás. 

Henry: mentira! - o mesmo diz atrás da esposa. - como você conseguiu pegar ele? Ontem eu tentei pegar ele, mas ele mordeu o meu braço inteiro. 

Babi: o isoladinho é arisco. 

Arthur: isoladinho? - o mesmo pergunta confuso. 

Babi: sim. 

Victor: Dá pra ver que você usou toda a sua criatividade no nome. 

Todos ri e o Henry tenta se aproximar do isoladinho mas o mesmo rosna. 

Henry: ei porque você não gosta de mim? Eu não te fiz nada. - o mesmo diz cruzando os seus braços. - eu ainda vou fazer amizade com você, você ainda vai gostar de mim. - o isolado bufa e deita a sua cabeça no meu braço. - folgado. 

Arthur; por que será que ele só gosta da Babi? - ele pergunta olhando para o isoladinho. 

Márcia; ele se sente protegido quando está nos braços dela. 

Carol: então tipo o isolado considera a Babi como uma mãe pra ele? 

Márcia; é mais ou menos isso. 

Arthur: olha que legal, agora o isolado precisa de um pai. 

Victor: ARTHUR! 

Arthur: diga. 

O Victor revira os olhos e o Arthur parecia estar amando aquela situação. 

Márcia: atrás ele aqui Babi. - ela abre uma outra porta e todos nós entramos naquela sala. - coloca ele em cima dessa mesa que eu vou limpar a ferida dele. 

Faço o que ela pediu e coloco ele em cima da mesa, a Márcia pega um algodão é molhar um pouco o algodão com água morna e passa devagar na ferida. O isolado reclamou algumas vezes mas não chegou ao ponto de rosnar ou morder, ele até que se comportou. 

Márcia; prontinho. - ela termina de limpar todas as patinhas e a barriguinha e joga o algodão no lixo. 

Babi: Pode colocar ele no chão? - pergunto. 

Márcia; pode. 

O coloco no chão e o mesmo vai na direção do Victor e se deita no seu pé.

Arthur: eu acho que ele já escolheu o pai. 

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Continua…

𝙌𝙐𝙀𝙍𝙄𝘿𝙊 𝘿𝙄𝘼𝙍𝙄𝙊, 𝑏𝑎𝑏𝑖𝑐𝑡𝑜𝑟 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora