16 | Carro do ovo.

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Babi on

Eu sentia que os olhares deles estavam em mim que estava me olhando com um sorriso no rosto e eu olhava para o isoladinho que rolava pelo chão querendo brincar.

O Arthur tinha que soltar uma dessa bem agora? Não, não precisava.

O silêncio foi substituído por um carro do ovo que passava na rua bem na frente do veterinário, isso fez o tio do Marcos gritar para esposa pegar uma vasilha para comprar ovo porque não tinha na sua casa.

A esposa correu para a sua casa que era do lado do veterinário e voltou com duas vasilhas bem grandes. Todos nós saímos do veterinário e percebemos que o carro já estava um pouco distante da onde estávamos.

Henry: ah não, eu vou correr atrás daquele carro, já vai fazer duas semanas que eu não como ovos mexidos e eu estou morrendo de vontade de comê-las.

Marcos: por que o senhor não vai comprar no mercado que é muito mais fácil?

Henry; porque no mercado não podemos escolher, mas já o carro do ovo podemos. - ele diz. - agora me dêem licença, vou correr uma distância que eu nunca corri em toda a minha vida, nem na adolescência e muito menos quando eu era criança.

Ele coloca o seu pé esquerdo para trás e começa correr atrás do carro que parecia que o motorista viu ele correndo é acelerou o carro.

Agora imaginem um homem que aparenta ter 35 anos, usando um jaleco branco e nas mãos dois potes brancos e estava correndo atrás de um carro que estava vendendo ovo.

Márcia; eu amo tanto esse homem. - ela comenta e ouvimos o tio do Marcos gritando para o carro parar.

Todos nós estávamos vendo ele correr quando sinto alguma coisa mordendo o meu calcanhar. Olho para baixo vendo que era o isoladinho, então o pegou no colo e vejo ele respirar e se deitar.

Arthur: esse cachorro é muito folgado, está até me lembrando uma certa pessoa. - ele diz pra si mesmo. - o carro parou?

Victor: parece que sim.

Babi: ele levou o dinheiro?

Arthur: imagina se ele correu tudo isso pra chegar lá é ver que não está com o dinheiro do ovo? O tio Henry vai surtar.

Márcia: Eu acho que ele levou sim, olha ele vindo.

Olho para frente novamente e o vejo vindo na nossa direção com duas vasilhas cheias de ovo e no rosto um sorriso bem grande.

Henry: eu consegui! - ele diz todo se gabando quando chegou perto de nós. - meu Deus!

Márcia: O que foi?

Henry: eu não sinto mais os meus pés, meu amor EU NÃO SINTO MAIS OS MEUS PÉS! - ele praticamente grita desesperado.

Márcia: calma, foi a adrenalina. Você nunca correu da forma que você correu acabou de correr. - ela tenta acalmar o seu marido. - entrega o ovos para os meninos antes que você derrube. - ele faz o que a sua esposa pediu e entrega os ovos para o Marcos e para o Arthur. - isso, agora entre para dentro do veterinário e se sente no sofá que tem no seu escritório.

Henry; mas o meu escritório está muito longe!

Márcia; está? E praticamente ali do lado, e só você dar 5 passos que você chega.

Henry: aí quer saber? Eu vou me sentar aqui mesmo!

Arthur: no meio da calçada?

Henry: Sim, uai.

Márcia: mas é só... - ela nem fez questão de terminar de falar porque o seu marido já estava sentado no chão. - entrar.

Henry: era isso que eu precisava, descansar os meus lindos pezinhos.

Depois de uns 5 minutos a tia Márcia fica insistindo para o seu marido entrar, o mesmo se levanta com a cara emburrada.

Henry: meu Deus você é muito chata. - ele diz se referindo a esposa.

Márcia: eu te avisei antes de nos casarmos.

Henry: é eu deveria ter te ouvido.

Márcia: e? Então, pois bem! Você vai fazer o seu ovo mexido por um mês.

Henry: eu disse que você era chata? Eu disse que você é o amor da minha vida! - ele diz abraçando ela por trás.

Márcia: aham tô sabendo. - ela diz desconfiada mas depois abre um sorriso. - Qual é o meu celular tocando?

Henry: eu acho que é.

Márcia: talvez seja a minha mãe, ela tinha falado pra mim ontem que iria me ligar hoje pra falar sei lá o que. Eu vou lá ver quem é.

Ela tira os braços do seu marido e entra dentro do veterinário.

Henry: Vamos entrar também, aí vocês podem ir para o canil ver os animais lá se quiserem ou podem ficar comigo.

Eu, Carol e Milena fomos na direção do canil e os meninos ficaram com o tio Henry.

Milena; eles realmente nasceram um para o outro. - ela comenta enquanto abria o grande portão.

Carol; é tão lindo ver o amor dos dois.

Solto o isoladinho no chão e ele começa a andar do meu lado.

Babi: Dá pra ver que eles realmente se ama né? - pergunto e as duas fazem sim com a cabeça.

Estávamos andando quando sinto alguma coisa puxando a minha barra da calça, olhando para baixo e vejo que o isoladinho estava me puxando.

Babi: isoladinho tu vai rasgar a minha calça. - digo é o mesmo não para. - o que você quer me mostrar?

Eu realmente pirei, eu estou literalmente perguntando para um cachorro. Se ele me responder, eu ficarei tão feliz.

Carol: Babi?

Milena: você não vai vir?

Babi: Ele parece que quer me mostrar alguma coisa.

O Isoladinho solta a barra da minha calça e começa correr em uma direção, eu é as meninas o seguiu e quando chegamos lá vimos uma coisa que eu jamais imaginei que eu veria.

Carol: meu Deus!

Milena; essa cachorra está tendo filhote, mas parece que ela está tendo dificuldade.

Carol: o que a gente faz? A gente chama o tio Henry?

Milena: ou a tia Márcia.

Babi: não! Não vai dar tempo. - digo vendo as duas me olhar com a expressão " então o que a gente faz? " - vamos ter que ajudar essa cachorra a trazer os seus filhotes para o mundo, e rápido.

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Continua...

𝙌𝙐𝙀𝙍𝙄𝘿𝙊 𝘿𝙄𝘼𝙍𝙄𝙊, 𝑏𝑎𝑏𝑖𝑐𝑡𝑜𝑟 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora