65 | Coco.

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Victor on

Estamos no mercado no escuro faz 30 minutos e não para de chover. Teve um momento que dava pras pessoas que estão aqui ir para as suas casas, mas tem um cara aqui que não deixou ninguém sair. 

Arthur: será que eu vou preso se eu bater em um segurança? 

Victor: vai, então sossega aí. 

Arthur: pena, queria muito bater naquele segurança. Tipo, era só um tapa na cara, sabe? Não é muito doloroso. 

Marcos: A Milena acabou de me mandar mensagem falando que elas estão todas na sala e a Bianca ainda está dormindo. 

Victor: tá frio, está chovendo, eu duvido muito que a Bianca acorde agora. 

Arthur: eu queria ter esse sono da Bianca, pode estar acabando o mundo mas a bixinha continua dormindo. E o pior, ela acorda como se nada tivesse acontecido e como se ela tivesse tido o melhor sonho possível. 

Victor: Eu falo que essa garota não é normal, mas vocês insistem em dizer que é a minha implicância. 

Xxx: nossa, você tem o cheiro de um amigo meu! - escutei um rapaz falando do meu lado. - aquele corno me trocou pelo minha segunda versão feminina 2.0. 

Victor: eu te conheço? 

Roberto: não, provavelmente não. Me chamo Roberto. Mas todo mundo me chama de Berto ou Roro. Sabia que eu já fui preso? 

Victor: como é? 

Roberto: é... foi legalzinho. Eu até entrei em uma gangue. Passei uma noite na cadeia e já segurei uma arma. Acredita? Eu sou o principezinho da gangue, eu sou o santo do grupo. 

Marcos: é o mais santo do grupo mas já foi preso? Essa história está errada. 

Roberto: se você está pensando que fui preso porque eu fiz alguma coisa errada, o senhor está muito enganado. Eu fui preso, porque eu dancei com um policial. 

Arthur: você dançou com um policial? 

Roberto: já ué, isso não é normal? 

Victor: não...

Roberto: ah e eu também já vi um espírito, ela estava no corpo da bonitinha. Foi uma loucura. 

Victor: quem é bonitinha? 

Roberto: É a minha versão 2.0, a Vivi me trocou por ela. 

Arthur: quem é Vivi? 

Roberto: É o meu melhor amigo, eu e ele nascemos no mesmo dia só que 1 hora de diferença. Aquele corno fica jogando toda hora na minha cara falando que ele é mais velho por causa de 1 horas. 

Marcos: você não vai perguntar quem somos nós? 

Roberto: não... provavelmente eu nunca mais vou ver vocês na minha vida. Não sou daqui, sou do Brasil. 

Arthur: conte mais sobre essa bonitinha e esse tal de Vivi. 

Roberto: Eles são completamente apaixonados um pelo outro, quando eu estou com eles eu quero arrancar os meus ouvidos. O meu histórico do Google é só assim: como se matar mas continuar vivo depois? Como arrancar orelha mas continuar escutando depois? E assim vai. 

Victor: e da onde veio esses apelidos? 

Roberto: eu inventei tudo na hora, tipo qual é o seu apelido? 

Victor; coringa. 

Roberto: coco. 

Victor: oi? 

Roberto: os apelidos que eu dei para os meus amigos, Vivi, Tutu, Gigi e Momo. Eu pego sempre a primeira coisa do seu nome e falo em dois, o seu é coringa, certo? Então, coco, o seu novo apelido.

𝙌𝙐𝙀𝙍𝙄𝘿𝙊 𝘿𝙄𝘼𝙍𝙄𝙊, 𝑏𝑎𝑏𝑖𝑐𝑡𝑜𝑟 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora