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Summer Smith P

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Summer Smith P.O.V
o começo

6:15

Mais um dia.
Mais uma rotina.

6:15: despertador toca
7:00: escola
13:30: trabalho
21:00 chegar em casa e dormir
6:15 despertador toca

Junto todas as forças que eu tinha pra lutar contra a vontade de um simples dia ignorar o piloto automático que vivo e ficar na cama, vendo filme e comendo pipoca. Mas aí que tá: não sou uma adolescente comum.

Tenho 17 anos mas desde os 15 aprendi a sobreviver sozinha, coisa que nenhuma menina devia passar. Vi minha mãe morrer em um acidente de carro onde eu devia ter morrido e passei a ter ninguém na vida: Meu pai me abandonou quando eu era criança, mamãe era filha única e meus avôs morreram quando eu tinha por volta dos 11, eles me fizeram por alguns anos acreditar em amor — hoje em dia acho baboseira de clichê de livros e filmes — , eles morreram juntos como sempre desejaram e foram enterrados juntamente.

Mamãe dizia que até meus 2 anos meu "pai" — doador de esperma — era bastante presente mas após isso sumiu, nunca perguntei mais e nunca quis saber sobre. As vezes me pego pensando em como seria minha vida com um apoio paterno, com uma família.

Mamãe é minha família
Mamãe era minha família

Tenho me saído bem dada a toda essa situação, pra não ir para o orfanato eu dizia que estava sobre cuidado de uma tia distante e falsificava a assinatura dela

Mórbido né, eu sei

Tinha perdido todos meus amigos logo após a minha mãe morrer então não tinha ninguém que viesse a minha casa checar minha história e eu agradecia

Quando mamãe era viva tínhamos uma condição boa mas após ela morrer acabei gastando todo dinheiro do fundo em um ano — eu não tinha noção sobre como organizar a vida e todas as contas, ainda mais do hospital — E hoje meu único sustento é o mísero salário mínimo que recebo na cafeteria onde trabalho

Visto meu uniforme e vou andando pra escola, já que era perto eu não demoro a chegar.

O grupo na escola era bem dividido: As líderes de torcida junto aos jogadores de Lacrosse, os nerds, as patricinhas, os valentões, e os esquecidos — Como eu, e eu agradecia muito por isso — Já fui dos grupos de líderes de torcida antes de minha vida mudar da noite pro dia e garanto que é melhor ser a esquecida do que a que sofre

Primeira aula era matemática e foi se arrastando por cada segundo porém o resto do dia sai incrivelmente rápido. Andei por uns 15 minutos e cheguei na cafeteria onde trabalho a mais de um ano. Coloco meu uniforme e falo com Sandra, a jovem idosa que é dona do estabelecimento

Enemies ↬ Josh Richards Onde histórias criam vida. Descubra agora