No Promisse

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— Quer brincar de pique, Harry? — questionei, observando seus olhos se tornarem um verde extremamente intenso e eufórico. Ele assentiu sorrindo — Então está com você. — avisei e ele imediatamente se escorou em uma mesa empoeirado, de olhos fechados.

— Um... dois... três... — começou e silênciosamente, eu me afastei.

Caminhei, em busca de um bom esconderijo. Tendo em mente que agora, era Harry quem me procurava... portanto me esconder em qualquer mero lugar, estava fora de questão.

— Trinta e um... trinta e dois... — deu continuidade, em um tom bastante audível.

Observei todos os lugares possíveis, com bastante cautela, mas nenhum parecia adequado.

Harry era muito bom naquilo.

Me locomovi para o fundo da sala. Notando vários lugares que havíamos estado... Como naquelas caixas, encolhidos... Ou atrás de um quadro enorme de alguma pintura renascentista.

— Setenta e seis... setenta e sete... setenta e oito... — sua voz ecoava pela sala.

Com um pouco mais de atenção... eu estreitei os olhos, minuciosamente, encontrando um... armário, envolvido por um tecido claro.

Me aproximei.

Retirei o tecido. Ele era de coloração escura, parecendo muito sofisticado.

Percebi que diferente de tudo aquilo ao meu redor, eu nunca havia descoberto sobre sua existência.

— Noventa e quatro... — Harry bradava.

Acabei entrando, me surpreendendo por ele ser tão espaçoso do lado interno.

— Noventa e nove... Cem! — finalizou e sua voz pronunciou o último número com entonação.

Retirei a sacola minúscula do meu bolso, sorrindo internamente.

— Finite Incantatem. — pronunciei o feitiço em um murmúrio, observando a sacola retornar ao seu tamanho original. Retirei a caixinha preta de veludo e me senti satisfeito.

— Eu vou encontrar você...! — sua voz se manifestou, e eu quase gargalhei quando ouvi seus passos se afastarem para o lado oposto — Draquinho... Draquinho... — chamou o apelido idiota e eu revirei os olhos.

— Primeiro você precisa seguir a direção certa, bobão. — sussurrei para mim mesmo.

Permaneci parado ali por um longo tempo. Notando que a cada segundo, Harry parecia cada vez mais entusiasmado para me encontrar.

— Espertinho... — murmurou a poucos passos próximo a mim e o meu sorriso rápidamente se extinguiu — Merlin! — bradou indignado e naquele momento eu realmente não reprimi a gargalhada.

Harry havia me procurado no lugar que sempre nos escondiamos, convencido de que eu realmente seria idiota a esse ponto.

— Achei você! — bradou ele, abrindo as duas portas do armário de uma só vez. Com um sorriso convencido — Sua risada entregou você. — comentou e eu pulei para fora do armário.

— Isso não foi um jogo limpo! — bradei com descrença, mas sem conseguir parar de sorrir — Você me fez rir, para que pudesse me encontrar! — acusei e ele arqueou o cenho.

— Como eu poderia ter feito isso? — questionou e eu revirei os olhos.

— Você é um vigarista. — comentei dramáticamente e ele movimentou a cabeça negativamente.

— Eu não teria achado você se permanecesse quieto. — deu de ombros.

— Eu permaneceria quieto se você não fosse tão idiota. — dei de ombros igualmente e ele se aproximou calmamente me abraçando. Eu o envolvi nos braços, sorrindo mínimamente.

No Promisse - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora