Long Morning

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Alguém disse-me uma vez... que amar alguém também haviam seus pontos negativos... Como se submeter a situações desnecessárias.

E naquele momento, eu poderia me classificar como um vulcão a beira da erupção.

— Seu Imbecíl! — bradou Ronald Weasley, me empurrando.

Estávamos indo para a última aula daquele dia. Poções. Em completa harmonia...

— Falou o senhor simpatia! — revidei no mesmo tom, o empurrando de volta. Ele me olhou incrédulo, e eu sorri presunçoso.

— Seu...! — ele voltaria a devolver minha provocação, entretanto, Granger o reprendeu.

— Qual é o problema de vocês?! — ela interferiu, alternando o olhar entre nós — Será que não podem conviver civilizadamente? — questionou, e eu já havia aprendido que não se deve contrariá-la quando está irritada.

Somente se estiver disposto a adquirir um nariz quebrado.

— Obrigada Mione. — agradeceu Harry e ela assentiu.

Harry então se virou para mim com a expressão fechada, me socando o estômago.

— Você...— arfei — tem que parar de fazer isso... — disse com a voz embargada pela falta de ar, revirando os olhos e me recompondo em seguida.

— Quando você parar de agir como um idiota. — ele deu de ombros, e ouvi uma risadinha escapar ao meu lado. Harry o olhou atravessado e eu gargalhei internamente.

Continuamos andando pelos corredores. Harry e Granger conversavam animadamente e Weasley, graças a Merlin, estava afastado o bastante. Instantes depois, nós descemos para as masmorras e nos direcionamos a sala de poções tranquilamente.

Snape, como esperado, ainda não havia chegado... e como o perfeito sonserino que era, ele sempre optava por uma entrada dramática e exagerada.

A aula de poções de hoje, era em conjunto com a Grifinória.

Excelente.

Harry se acomodava ao meu lado, como todas as vezes. Granger e... Weasley logo atrás. A nossa esquerda haviam Seamus Finnigan e Dean Thomas. A direita estavam Neville Longbottom e Parvati Patil...

— Eu...— olhei para os lados e bufei — Estou literalmente... na cova dos leões. — sussurrei para mim mesmo, enquanto arremangava a camisa até a altura dos cotovelos.

Harry, contudo, parecia bastante eufórico com a perspectiva de estar próximo a eles. Ele e Finnigan conversavam agradávelmente.

Snape enfim decidiu dar as caras, com a mesma carranca matinal, enquanto vagava pela sala acompanhado do olhar desdenhoso.

— Conversas paralelas não serão permitidas na aula de hoje. — avisou pausadamente.

— E alguma vez já foram permitidas? — questionou Harry para mim em um sussurro e eu o amaldiçoei em cinco línguas diferentes, quando Snape direcionou o seu maldito olhar cortante em nossa direção.

— Senhor Potter... — chamou Snape com aquele olhar presunçoso de "quero ver sair dessa". Harry o olhou com atenção. O conhecia suficientemente para saber que ele estava contendo o impulso de revirar os olhos.

Agora todos os alunos presentes o encaravam com curiosidade. Era sempre empolgante observar Snape desafiando seus alunos daquela maneira, Harry porém, costuma ser o mais frequênte.

— Poderia citar... — começou ele, seu rosto se iluminando em satisfação completa. Eu apanhei a pena rápidamente — se não for encomodo... Três ingredientes necessários que constituem o Antídoto para Envenenamento Incomum... — arqueou o cenho questionador — por favor? — finalizou com um sorriso dissimulado.

No Promisse - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora