Capitulo 2 ☀️

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Melissa

  Eu saí da aula de boxe revigorada. Estava um pouco tarde e eu estacionei um pouco longe da academia. Coloquei minha mochila nas costas e me despedi do professor. Comecei a andar pelas ruas e me lembrei daquele homem, pois estava perto do seu restaurante...Mas ele já deve ter ido embora pois já tinha passado do horário.

  Sophie saiu do hospital e estava morando com meu irmão, no mesmo condomínio que meus pais e eu. Eu não costumava vir aqui, apenas quando tinha academia e eu saia bem tarde. Uma parte de mim ficava decepcionada por não ter tempo de voltar no restaurante, pois eu ansiava por encontrar aquele homem de novo.

‐ Precisamos conversar. — Parei subtamente de andar quando escutei aquela voz.

Me virei e encontrei a pessoa que eu menos queira ver, meu ex namorado. Caio estava apoiado na parede de uma loja e eu senti minhas mãos suarem.

— Não temos nada para conversar. ‐ Consegui proferir, mantendo minha voz calma.

— Temos sim, Mel. Vai mesmo fugir de mim ? — Eu respirei fundo e comecei a andar, mas fui agarrada e puxada para um beco entre as duas lojas, logo fui jogada contra a parede, perdendo o fôlego. — Quando eu fizer uma pergunta, você responde!

Encarei aqueles olhos castanhos escuros, amedrontada. Na minha cabeça se passavam milhares de técnicas e golpes para sair do aperto dos seus braços, mas parece que meu corpo não obedecia a minha mente. Eu simplesmente travei, as memórias de todas as coisas ruins que ele já fez estavam invadindo a minha mente, logo me vi trêmula e extremamente nervosa.

— Não chora, é só me obedecer que vai ficar tudo bem. – Virei o rosto quando ele tentou me beijar.

— Para...Caio, para! — Implorei, recebendo um tapa dele.

— Para de gritar, vadia! Se chamar a atenção de alguém eu acabo com você! Talvez até possamos nos divertir como antes...— Eu neguei freneticamente com a cabeça. — Eu preciso de uma grana e você vai me dar, não é Melzinha ?

— A única coisa que você vai ganhar é um belo soco se não largar ela! — Uma voz masculina soou no beco e o Caio virou para olhar.

Eu não conseguia ver quem era, minha mente estava totalmente confusa.

— Não se meta nisso. — Ele ralhou. — Isso é entre mim e a bonitinha aqui.

— Você tem dois segundos para soltar ela...— O homem avisou.

— Ou o que ?

— Não devia ter perguntado.

  Não sei direito o que aconteceu, mas sei que em dois segundos eu me vi livre daqueles braços nojentos e cai ajoelhada no chão, tossindo. Me assustei quando alguém me tocou e eu tentei me afastar, mas eu fui pega no colo e quando vi, era o homem que me salvou e...O mesmo homem do restaurante.

— Você está bem ? — Ele questionou, sua voz aveludada e firme.

— Sim...Obrigada. — Murmurei, dessa vez chorando de alívio.

— Quer ir para o hospital ? Para sua casa?  — Eu neguei imediatamente. — Então vem, vou levar você há um lugar.

  Ele caminhou comigo em seu colo até o restaurante, que era perto. Nem insisti em andar, pois mal sentia minhas pernas. Ele destrancou as portas e subiu até o segundo andar, que eu nem sabia que existia. Ele entrou comigo em um escritório e me colocou sentada em um sofá. Ele se movimentou pelo local e me entregou uma garrafinha de água. Eu tentei abrir a mesma, mas meus dedos estavam trêmulos e isso me deixou frustrada.

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