Capítulo 16 ☀️

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Maratona 4/6

Melissa

— Eu não sei o que está acontecendo, ele não conversa comigo! — Escutei Henry suspirar do outro lado da linha. — Ele está muito distante e eu não sei o que fazer. Ele nem mama mais!

— Mel, de tempo a ele. Ele vai te falar sobre o que está acontecendo quando estiver pronto. — Henry aconselhou e eu suspirei.

— Como está a Sophie ? — Questionei.

— Ela está bem, ela ficou enjoada ontem e recusou os morangos que eu comprei pra ela. Disse que o cheiro estava fazendo ela se sentir mal. Deve ser só um mal estar, ela ficou com a Maria ontem.

— Melhoras para ela. Tenho que desligar, acabei de chegar em casa. Tchau maninho.

— Tchau pirralha. — Ele desligou e eu estranhei a casa estar tão quieta.

— Bebê ? Cheguei! Dri? — Deixei a mochila na sala e olhei a cozinha, ele não está lá.

Procurei no escritório e também está vazio. Cheguei no nosso quarto e vi a luz do banheiro ligada, quando cheguei lá ele estava encolhido em um canto com o rosto entre os joelhos.

— Adriel! O que aconteceu ?! Amor!! Fala comigo! — me ajoelhei ao seu lado e ele me encarou com os olhos cheios de lágrimas. — Bebê, me diz o que aconteceu!

— Desculpa. — Ele fungou baixinho e chorou mais ainda.

— Conversa comigo, amor. — Pedi, puxando ele para cima e indo até nossa cama. — Me fala o que está errado.

— Não posso. — Eu o abracei com cuidado e ele continuou chorando baixinho contra meu ombro. — Eu não quero decepcionar você, não quero que você vá embora...

— Adriel, eu nunca irei embora. Não vou abandonar você. Bebê, me diz o que está errado!! — Eu pedi e ele se afastou, me olhando com medo.

— Eu não posso ter filhos, mel. Eu sou infertil...O seu maior sonho é ter filhos e eu não posso te dar isso. — Meu coração doeu ao ver ele tão frágil. — Eu te amo muito, eu sei que deveria ter contado...Mas eu não quero ficar sem você. Não posso.

— Shhhh! Gatinho, você não vai ficar sem mim. — Eu peguei a chupeta dele na gaveta e coloquei em seus lábios. — Vem cá, está tudo bem.

  Eu me deitei e o abracei por trás, de conchinha. Ele está muito agitado e tenho certeza que teve uma crise de ansiedade ou um ataque de pânico, não vou ter uma conversa séria com ele assim. O mais importante agora é fazer ele entender que está seguro e que está tudo bem, que eu não vou embora. Eu comecei a cantar baixinho e o apertei em meus braços. Ele dormiu rapidamente e eu suspirei.

  Eu o cobri com o cobertor e fui buscar a mochila, depois de tomar banho comecei a resolver algumas coisas da faculdade, não sai do lado dele. Esperei ele acordar e eu me senti mal quando vi seus olhos e rosto vermelhos pelo choro.

— Desculpa por isso, eu fiquei nervoso. — Ele murmurou, depois de retirar a chupeta.

— Amor, você podia ter me contado sobre isso. Quando descobriu ? — Perguntei, fechando o computador e me sentando no seu colo.

— Quando eu fui no médico, faz uma semana. — Ele delatou. Adriel passou os braços ao redor da minha cintura e me apertou junto ao seu corpo. — Eu tive medo, pois ter filhos é o seu maior sonho e não podemos realizar isso.

— Amor, claro que podemos! Podemos adotar, querido. Você foi adotado, me admira que não tenha pensado nisso na hora. Você tem que conversar comigo antes de tirar conclusões precipitadas, eu sei que assusta...Mas eu nunca deixaria você. — Eu beijei seus lábios com carinho.

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