Chris Schistad: Skam 5°

Capítulo 5

"Tem coisas tão pequenas que machucam tanto"

— Colcha de retalhos

┗━━━━❥ Sábado 

                             8:00h♡❥━━━━┛

Chris

Acordei com a Vivian me chamando, ela parecia desesperada assim como sua amiga, que juntava todas as roupas correndo.

— O que aconteceu? — perguntei confuso, ainda morrendo de dor de cabeça.

— Melhor sair antes que o meu pai chegue e arrume um escândalo — Vivian respondeu.

Por sorte Thea estava com todas as minhas roupas na sua mão, peguei e me vesti, ela me guiou até as portas do fundo.

— Quando quiser, podemos repetir — Thea sugeriu.

— Quando quiserem só me mandar uma mensagem — avisei.

Me despedi de ambas dando um selinho.

Segui em direção a minha casa, segui em direção a cozinha a procura de um pouco de café, mas não encontrei.

Olho a hora no relógio que estava pendurado na cozinha perto da geladeira, eram 8:30h então a empregada ainda nem levantou pra preparar.

Por sorte vejo uma delas chegando, ela me desejou ''bom dia'' começou a preparar o café rapidamente, fui para o meu quarto tomar um banho rápido para tirar aquele cheiro de bebida do corpo.

Apenas peguei uma cueca, short vermelha com detalhes pretos no cós, ao terminar aquele banho que foi um pouco demorado porque

resolvi dar uma lavada nos cabelos. Me deitei na minha cama e acabei pegando no sono.

┗━━━━❥ 14: 00 h♡❥━━━━┛

Acordei sentindo algo gelado no meu rosto, ao abrir os olhos vejo que era o William dando risada enquanto a minha prima grava tudo, tenho certeza que vão colocar no stories do instagram.

— Vocês me pagam — falei irritado, os olhando.

Janna estava usando uma regata cropped verde água, calça de pano mole vinho e seus chinelos da Minnie.

William estava com uma camiseta preta com uma escrita em inglês de amarelo que não identifiquei na hora, uma calça jeans escura e um boot vermelho.

— Eu te amo, viu primo? — Janna me lembrou, mandando um beijo no ar.

William se sentou do meu lado na cama, olhei no relógio da cabeceira vendo que marcava uma hora da tarde, meu estômago roncou, arrancando risadas dele.

Apertei um botão vermelho que era uma espécie de interfone que dava na cozinha, pedi pra empregada me trazer o almoço pra mim.

— O que te traz até aqui? — perguntei.

— Estou a ponto de explodir — respondeu, sem conter o seu sorriso — Ontem a Noora passou a noite lá em casa, fiz chocolate quente pra ela, conversamos e até cantou pra mim, tem uma voz maravilhosa — falou com os olhos brilhantes.

— Só aconteceu isso mesmo? — perguntei arqueando as sobrancelhas, por estar desconfiado.

— Ela não é como as outras, sabe bem disso, Noora é tão diferente das amigas dela — respondeu.

— Olha esse basicamente é um clichê como diria a Janna, você jurou que nunca se apaixonaria por garota nenhuma até os seus 25 anos, ai só foi ser esnobado pela Noora que está todo apaixonadinho — zombei.

— Fica zombando mesmo, pelo menos estou tendo algum progresso ao contrário de você e a Eva, vi ela saindo ontem ao lado do Jonas e dos amigos — me lembrou.

Ao me lembrar daquilo, fiz uma careta involuntária, Eva está muito bem sem mim, tomei a decisão de deixá-la, preciso pelo menos tentar cumprir isso.

A empregada deu uma batida na porta, ela entrou colocando na mesinha do centro do meu quarto, percebi que no prato tinha arroz branco, feijoada e couve, ao lado tinha um copo transparente com um líquido amarelo-claro pelo jeito era suco natural de abacaxi.

— Quer almoçar? — perguntei.

— Não — negou — Obrigado — agradeceu — Tenho que arrumar uma empregada para limpar a casa, está a maior bagunça — falou.

— Tá bom, ok — concordei — Até logo — falei vendo ele sair do quarto.

Ao terminar de almoçar, bebi o copo de suco. Fui em direção ao banheiro escovando os dentes e levei o prato com o copo pra cozinha, acabei colocando numa mesinha da sala, peguei o celular gravando a minha prima sofrendo na cozinha tentando fazer uma panqueca, estava com o rosto branco de farinha.

Ao ver ela chorando, parei de gravar e fui em direção dela com o prato e o copo na mão, coloquei dentro da pia.

— O que foi? — perguntei-lhe abraçando por trás.

— Estava tentando fazer uma panqueca — respondeu.

— Porque não pediu pra empregada fazer? — perguntei confuso.

Janna nunca levou jeito com a cozinha, até tentou fazer um curso de culinária básica, mas apenas teve crise de ansiedade e queimou várias panelas.

— Ela teve um imprevisto, precisou sair um pouco mais cedo — respondeu.

— Vai tomar um banho pra tirar a farinha do corpo e se arrumar vou levar você num lugar — falei.

— Ok — concordou.

Joguei tudo que queimou no lixo, lavei a panela, prato e o copo.

Coloquei tudo pra escorrer, desmarquei os meus compromissos, hoje iria tirar um dia pra ficar com ela, ainda estava com um pouco de dor de cabeça e sem ânimo para festas.

┗━━━━❥ Domingo

15:00h ♡❥━━━━┛

Os Penetrators estavam reunidos na minha casa, conversando sobre o que iremos fazer sobre o estrago que fizemos na cabana em Trysil na festa da Páscoa.

Nossos pais negaram nos ajudar porque foi culpa nossa essa baderna, o valor total era 300 mil kroner e o dono estava ameaçando nos processar.

No meio de tantas discussões, chegamos a uma conclusão, William era o garoto mais popular entre nós então iremos ter uma rifa de 100 kroner pra garota que conseguisse sair com ele e depois o resto iria conseguir numa festa beneficente.

William não gostou nada disso, provavelmente porque está tentando ter um relacionamento com a Noora