Capítulo 6

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'' Ps: Sei que a história ia passar somente na visão do Chris, mas percebi que Iben também precisava de um capitulo somente dela, na minha visão ela foi muito injustiçada na serie.

Ela merecia um final melhor, então por isso trouxe a visão dela pra vocês, espero que gostem desse capitulo.'' 

"Nunca me arrependi das coisas erradas que fiz. Me arrependo das coisas certas que fiz pelas pessoas erradas."


╰─────╮Domingo
                          19:30╭─────╯

Iben

Namorar o Chris trouxe um colorido novo pra minha vida, meu céu sempre foi cor de rosa, mas desde que o conheci virou um arco-íris tão lindo.

Minhas amigas dizem que sou iludida, porque ele é um dos maiores fuckboy do colégio, não mudaria por uma simples garotinha rica.

Eu sim acreditava que ele poderia mudar e que futuramente fosse pai dos meus filhos.

Estava indo em direção à casa de minha tia Carrie, iria passar a noite na casa dela, numa espécie de noite das garotas com as minhas duas primas adolescentes que eram alguns anos mais novas que eu.

No meio do caminho o meu carro havia furado o pneu, por causa da chuva meu celular estava caindo toda a área.

Escuto batidas no vidro do carro, olho em direção aos vidros escuros vendo que Christian (Tris para os meus íntimos), era o irmão mais velho do meu namorado. Ele segurava uma sombrinha preta nas mãos.

— Entre — falei destravado o carro.

— O que aconteceu? — perguntou entrando e fechando a sua sombrinha.

— Meu carro furou o pneu — respondi.

— Entendo — concordou — Sei que não é um bom momento, mas queria conversar com você — falou sem jeito.

— Sobre? — perguntei confusa.

— Meu irmão ficou uma outra garota na festa de Halloween ontem — respondeu.

— O que? — perguntei piscando várias vezes para certificar que era um terrível pesadelo.

— Meu irmão te traiu — respondeu — Quando fui buscar ele ontem, uma garota se aproximou de nós agradecendo pela noite e lhe devolveu a carteira — expliquei.

Naquele momento não conseguia respirar, minha garganta estava seca e não aguentei o desespero tendo uma crise de choro.

Ele se aproximou de mim gentilmente, encostando a minha cabeça no seu peito, tenho certeza que estou molhando sua camiseta toda com as minhas lágrimas.

Se soubesse que machuca tanto, não amaria mais ninguém.

— Calma Iben — pediu.

Uma tempestade começou a cair lá fora combinando o que eu estava sentindo por dentro.

— Uma vez li um trecho não sei se foi de um livro, sei que é "E se fosse amor?" — contou — Me chamou muita atenção irei recitar pra você — avisou - "Quem não quer viver um conto de fadas? Quem não quer ver um sapo virar príncipe? Quem não quer perder seu sapatinho de cristal? Quem não quer que seu pai roube uma flor do jardim, ou coma uma maçã envenenada? Quem não quer ter os cabelos longos e morar em uma torre? Quem realmente não quer um príncipe encantado? O que eles não sabem é que não precisam ser altos, loiros, de olhos azuis e vir em cavalo branco. O que encanta é a simplicidade das palavras, o que realmente o faz encantado é apenas saber ler a história e no final não terminar com uns felizes para sempre, e sim com um para sempre." — terminou de recitar — Eu sou um cara amante de poesia, espero que não me interprete mal, não estou tentando te conquistar ou algo do tipo — se justificou.

— Não se preocupe — falei forçando um sorriso, passei as mãos nos meus cabelos fazendo um rabo de cavalo nele — Ainda bem que a chuva parou, irei tentar ligar para o mecânico e depois ir pra casa da minha tia — contei, na esperança de mudar aquele assunto e desfazer a tempestade que ainda estava dentro de mim.

— Irei consertar o seu pneu — se ofereceu.

— Não precisa — rebati.

— Não aceito um não como resposta — falou saindo do carro.

Por sorte tinha todos os equipamentos necessários para trocar o pneu.

— Muito obrigada — agradeci.

— Irei te levar pra casa da sua tia — se ofereceu — Não poderá dirigir nesse estado — aconselhou.

— Muito obrigada por tudo — agradeci.

Sai do banco do motorista indo para o banco passageiro. Coloquei no GPS o endereço da casa da minha tia.

Enquanto ele dirigirá, fiquei pensando no filme que vejo todo ano perto do Halloween com as minhas primas, "A Noiva Cadáver" me fazia tremer as calças, mas ao mesmo tempo, era tão bobo, hoje faz tanto sentido pra mim Emily se encantou por um rapaz de boa aparência que no fim a iludiu e a matou.

No fundo, Chris queria apenas o contrato com a minha família pra salvar a empresa do pai dele.

Tirei do pescoço o pingente que ele havia me dado e o guardei no compartilhamento do carro. Percebi que havia chegado na casa da minha tia.

— Está entregue Cinderela — falou me entregando as chaves do carro.

— Como você vai voltar pra casa? — perguntei preocupada.

— Eu me viro — respondeu — Irei andando pra casa já que a chuva parou — explicou.

— Nada disso — retruquei — Use o meu carro amanhã me devolve — falei colocando as chaves novamente em sua mão — É o mínimo que devo fazer para o garoto que me ajudou — falei ficando nas pontas dos pés e lhe beijando a bochecha.

Entrei pra dentro da minha casa da minha tia, ela não era rica nem o meu pai já que a empresa foi montada por ele quando ainda tinha 20 anos.

Começou de baixo e depois, aos 25 anos, já tinha capital suficiente para começar a expandir a empresa.

Minha tia sempre gostou de cozinhar tanto que trabalha em um dos restaurantes mais luxuosos da cidade. Por sorte hoje era a sua folga, seu marido era contador então tinha vezes que fazia viagens para fora da cidade é se ausentou.

Minhas primas gêmeas eram um amor apesar de ambas serem que nem a Barbie e a Ravena. Por terem estilos tão diferentes, amava ambas e sei que irão me ajudar a superar o que aconteceu entre mim e o Chris.

Chris Schistad: Skam 5°Onde histórias criam vida. Descubra agora