6° Capítulo (revisado)

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Acordei com um peso na beirada de minha cama empurrando minhas pernas freneticamente falando pausadamente.

- Levanta. Papai. Já. Acordou.

Anna começava a puxar mina coberta, virei para o outro lado e tampei a cabeça com o travesseiro.

- Anna, ainda são sete da manhã. Deixa eu dormi em paz.

Ela parou de me sacudir, ficou quieta por um tempo e voltou a falar.

- Não, hoje você vai me levar para caçar, levanta logo.

Tirei o travesseiro de cima da cabeça e a olhei.

- Tá chata, desce e toma café, a gente vai sair daqui a pouco.

Ela sorriu e se levantou rápido indo até a porta.

- Mana não se atrasa.

Depois de ficar um pouco mais deitada, decidi levantar e ir lavar o rosto. As olheiras eram visíveis para qualquer um, arrumei meu cabelo em uma trança simples e fui tomar café.

- Cadê o papai?

Minha mãe estava sozinha na cozinha limpando a pia e depois a mesa.

- Ele saiu mais cedo, disse que teria que fazer algo.

Olhei o pequeno quadro onde ficava as chaves e observei que ele havia pego o carro.

- Ele preferiu ir de carro então sua moto está à disposição tudo bem? – Ela me perguntou enquanto guardava o pano que estava usando.

- Para mim está ótimo. – Sentei na cadeira e comecei a comer uma maçã. - Mãe, como você se sentiu quando papai lhe contou em ser um lobo?

Me avaliando com aqueles olhos de que sabe o que se passa na cabeça dos outros se sentou e pensou antes de falar algo.

- Primeiro eu me senti confusa, depois me distanciei para ter certeza do que eu sentia e foi aí que notei que estava apaixonada e não poderia fugir, então a ente conversou e ele me transformou e do resto você já sabe. Por que pergunta? – Ela estreitou o olhar e fazendo um barulho com a boca perguntou - Quer contar nosso segredo para este garoto novo?

Abri a boca rapidamente para contestar.

- Não! Claro que não. Eu quero contar para a Allie. – Suspirei. - Tem um tempão que somos amigas e nunca contei sobre isto e ela está sempre tão preocupada comigo, mas estou com medo de que ela me odeie e se distancie de mim. – Mamãe levantou, me deu um beijo na testa e sussurrou ao meu ouvido.

- Minha Lobinha se não tentar nunca vai saber como será.

- Obrigada mãe. – Dei um abraço nela para agradecer ainda mais.

- Não foi nada, agora leve sua irmã para caçar.

- Okay.

Depois de eu ter colocado uma calça e uma blusa preta de manga, fui até o quarto de Anna e parei em frente porta lendo estava escrito em todo tamanho em um quadro de giz pequeno:

'Quarto da Srta. Anna, por favor, bater na porta para entrar.

ANTENÇÃO: Entrada proibida para garotos'

- Eu disse para você se arruma logo. - Não fiz cerimônia para entrar. Anna estava entre um vestido e uma roupa casual.

- Você não sabe bater na porta?

- Mas eu bati na porta. – Dei de ombros.

- Digo bater na porta como uma garota normal faz. Sem chutar.

The Wolf (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora