Eu, Meu Amigo e a Russa do Intercâmbio

HUGO

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Rápido, o que é um pontinho preto cheio de dúvidas no meio da rua?

Esse plano e todas suas vertentes não saiam da minha cabeça, não que eu tivesse
uma ideia melhor em mente, se tivesse não teria corrido atrás do "especialista" que nem consegue arrumar uma garota para si mesmo e justamente por aceitar essa maluquice, posso confirmar que estava odiando tudo isso.

Entrar naqurle residência sendo o mais transparente possível seria dose, sou uma boa pessoa pelo que posso confirmar em minha existência, mas e minhas histórias? Meu futuro? Estou pronto para responder todas essas perguntas? Posso estar sendo ridículo de tão exagerado, mas não tenho muito o que fazer agora, pelo o que a Kiyo e o Rafa me disseram o cara deve ser um mala e mal me deixaria entrar em sua casa sem o mais importante, A ENTRADA TRIUNFAL.

Já era noite, estava super ansioso em frente a universidade, as mãos coçavam e minha costa estava a segundos de ficar ensopada, rapidamente puxo meu estresse para dentro e resolvo admirar a paisagem noturna, mais uma noite e mais uma loucura, desta vez ventos frios se aproximavam do litoral, uma possivel tempestade, estava longe demais para preocupações repentinas, quem sabe se quando chegasse poderia carregar todos os meus problemas em sua tormenta magnífica, ela só precisaria me atingir e eu teria que aguentar as pontas.

  Um carro super potente da uma derrapada quase acertando um poste... propositalmente? Um possante alemão com uma russa dentro, talvez de para fazer alguma poesia sobre isso, ao chegar um cara alto salta para fora antes do carro parar por completo, ele da uma corridinha e fica ao meu lado:

- Sua carruagem o aguarda novamente, senhor.

- O que foi tudo isso? - questiono Rafa enquanto apontava para ambos.

- Conversamos sobre ontem de manhã, agora está tudo resolvido, - ele tira a poeira dos joelhos - vamos, seu sogro não vai querer ver você chegando atrasado.

- Ok... oi Ann, tudo certo? - ela ria de dentro do carro.

- Melhor impossível, podemos? - eu me acomodo no banco de trás enquanto Rafa, todo pomposo naquele terno sentava na frente, partimos rumo a casa de Kiyo e seus pais ricos, algo estava estranho pois aqueles dois estavam muito quietos.

- Então estamos prontos?

- Você que me diz caralho, revisou a etiqueta à mesa como eu te ensinei? - respondeu Ann.

- Sim, claro que sim, tudo nos conformes, não é mesmo? - começo a fazer um batuque na porta do carro, nervosismo a mil.

- O que foi? - Rafa olha para trás com certa dificuldade, visto que seu terno não lhe garantia mobilidade suficiente.

- Sei lá, - Ann olha pelo retrovisor nesse instante - se lembra do que houve no clube né, eu virei uma outra pessoa com aquela poção do Thiago e... viram no que deu.

- Certo, e você mesmo me disse que daria um jeito na situação lá dentro.

- Ok Rafa, mas e se tudo der errado justamente por minha conta.

- Aí que já é tarde demais Hugo, - Annya retruca - digo, já estamos quase chegando na casa dela.

- Eu sei, eu sei... mas é que, vocês me conhecem, sabem da minha trajetória, sabem que agora está sendo um momento difícil e que todo esse plano e super arriscado.

- É verdade, - Rafael volta a olhar para frente um pouco impaciente - mas você não me disse que essa é A GAROTA, que com ela tudo seria diferente.

- É claro.

- E que porra de assunto é esse agora?

- Olha, você está certo, eu tenho um bom pressentimento sobre essa garota, mas nunca precisei realizar maluquices como essas antes, - me inclino para frente, me acomodando entre os dois - eu só não quero que nada de errado aconteça a essa altura.