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A aula foi dureza mas como já estava psicologicamente preparado fui apenas absorvendo toda a matéria enquanto observava os demais alunos se corroerem por dentro, o professor que já vinha todo irritado saiu satisfeito com o tormento que passou nesse inicio de semestre.
Sai da sala e fui direto para o apartamento do Rafael, uma vez me prometera um auxilio e logo hoje me veio à cabeça cobra-lo tal ajuda, percorro os corredores do velho prédio em que minhas aulas aconteciam para então encontrar a saída, o prédio que os alunos usavam como suas moradias temporárias ficava cerca de algumas quadras da universidade, o local não fazia parte das dependências da instituição então os estudantes se tornavam animais em seus corredores, falo isso pois a pessoa mais normal que conheço por lá é justamente o Rafael.
Procuro usar o elevador mas tinha um casalzinho se pegando em frente aos botões, espero eles subirem para enfim chegar até meu destino:
- Ô irmãozinho? - disse o maluco - Me empresta uma capa ai?
Sem cruzar os olhos retiro da carteira a "Confiável", famosa camisinha de apoio imediato, sempre colocava uma na carteira quando visitava um posto de saúde ou hospital, desta vez tinha recebido está durante uma palestra sobre orientação sexual:
- Tá ai irmão, - Passo o pacotinho salva-vidas para ele - e nem precisava devolver.
- Valeuuu... - ele mal termina sua frase e é arrastado pelo corredor graças a sua acompanhante.
- Boas festas - digo antes de fechar a porta de proteção do elevador - ótimo, agora preciso de outra confiável.
No meu andar as portas se abrem e finalmente posso chegar ao quarto do Rafael, me dirigindo entre a multidão nos corredores me localizo frente à sua porta, nela existia uma placa que marcava com letras bem grandes "Diga a Senha ou Cai Fora", mando um foda-se e puxo com cuidado o tapete que repousava para limpeza dos pés, lá se encontrava a chave reserva que apenas nós, verdadeiros amigos, sabíamos sua existência.
Atravesso o buraco da fechadura e adentro o mundinho que ele adora chamar de "Reino da Roupa Suja", realmente este cômodo cheirava um pouco de chulé mas isso nunca o incomodou:
- Acorda vagabundo. - Ele caga para mim.
- ACOOORDA - Nem se mexeu, o que significa que o único jeito de acorda-lo agora seria com um fudendo tapa.
- Calma aê porra, já acordei, já acordei... - dizia se levantando, com a mão à coçar o olho que ainda permanecia fechado.
- Nem te relei dessa vez, você estava fingindo?
- Nope, mas esses seus tapas acumulam até vácuo no espaço-tempo.
- Enfim, se lembra daquele favor que me prometeu?
- Da vez em que fiquei bêbado na sua casa e você me deixou dormir lá?
- Só isso?
- Bem... - disse ele passando a mão no rosto envergonhado - e também da limpeza que você fez sozinho depois que vomitei no seu quarto, é isso?
- Perfeito, é exatamente deste favor que estou falando, - junto minhas mãos como um vilão dos anos 90 - eu preciso cobra-lo agora?
- O que posso fazer por você cara? Ajuda nos estudos? Carteira de motorista falsificada?
- Primeiro você nem sabe nada de Engenharia Civil então não me ajudaria em porra nenhuma. Segundo, carteira de motorista falsificada, tá tirando uma comigo?
- Ficaria surpreso.
- Bizarro, - encaro por dois segundos esperando um sinal de piada, não percebo nada - eu preciso de uma ajuda com... uma garota.
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Eu, Meu Amigo e a Russa do Intercâmbio
Teen FictionPessoas adoram compartilhar histórias, as vezes histórias conturbadas, engraçadas e até mesmo as com intuito de entristecer os cavalos, mas nem todas são tão malucas como esta que me aconteceu. Então siga-me nesta jornada maluca em buscar de um amor...