( onze )

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CAPÍTULO ONZE
dois abraços e uma verdade




Draco tinha uma nova sombra.

Ele tinha uma nova, irritante, muito faladora sombra que não parava de o seguir e não parava de o olhar com olhinhos tão brilhantes e tão gigantes que quase não cabiam no rosto de dita sombra. Draco não estava nem um pouco feliz com isso. Ele deixou isso muito claro de todas as maneiras possíveis, verbais e não verbais. Não serviu para se livrar da sombra. Na verdade, ela não parecia nem ter percebido a expressão de constipado que Draco tinha sempre que ela estava tagarelando no ouvido dele.

"Eu não acredito que você não tem Netflix. Seus pais não são ricos? Eles mudaram para uma casona. E eles só tem TV a cabo? Isso é super estranho."

Mark puxou o u de super, fazendo soar suuuuper. Era bem infantil. Draco revirou os olhos.

"Eles não gostam de usar a internet," explicou secamente, cruzando os braços e olhando para o lado com um tédio bem dramático. Mark sorriu para ele como se ele tivesse falado uma coisa muito interessante e muito engraçada. Mark parecia sempre estar olhando assim para Draco, o que era horrível e realmente deveria parar, mas não parecia que ia.

"Loucura," ele disse animadamente, fazendo a palavra mais parecer significar legal. Uma das mãozinhas grudentas dele puxou a mão de Draco. "Você tem que ir para minha casa! Eu posso te mostrar todos os meus filmes favoritos! Você tem que ver eles!" Então ele hesitou, um pouco de timidez aparecendo no rosto dele enquanto perguntava um pouco mais hesitantemente: "Você quer ver eles?"

Draco suspirou. Era o mais perto de um sim que Draco iria soltar, e Mark parecia saber disso, porque ele abriu um sorrisão cheio de dentes e começou a puxar Draco na direção da casa dele, falando e falando e falando sobre uma série que ele estava vendo com o pai dele e que ele achava que Draco iria gostar.

Desde que Draco o ajudou, Mark não o deixava em paz, indo atrás dele como um cachorrinho de rua indo atrás de alguém que o alimentou. Ele sempre parecia preparado para Draco o chutar para longe e quando Draco não fazia isso, ele se enchia de uma confiança nem um pouco justifica da e não deixava Draco em paz mais, não importa as caretas que Draco fizesse e todas as indiretas sobre ele precisar de amigos da idade dele.

Olha, era exatamente por isso que Draco nunca fazia boas ações. Elas sempre voltavam para o assombrar.

Harry, por outro lado, achava a situação hilária, porque é claro que ele achava.

Draco tinha parado de andar com Duda. Não foi uma decisão difícil, eles nem eram amigos de verdade, e Draco nem teve que realmente tomar uma decisão, ele só parou de andar com Duda sem pensar no que estava fazendo, o trocando por Harry porque era natural, era muito melhor assim. Então, ao invés de ir para a casa de Gordon ou de Duda, Draco passava o tempo que Harry tinha livre com Harry, andando pelo bairro. Quando Harry tinha tarefas para fazer, Draco ou ficava andando sozinho, o que significava andando com Mark, ou ficava ajudando Harry caso ele estivesse sozinho em casa, o que significava Draco ficando sentado fazendo comentários sarcásticos enquanto Harry o respondia com ainda mais sarcasmo enquanto realmente trabalhava.

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