Capítulo 30

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Inês foi forçada a ficar na cama por mais três dias. Ela não sabia se as feridas não foram tão profundas comos elas pareciam, ou se o médico era muito profissional e hábil, mas a dor tinha desaparecido completamente, e não havia cicatrizes, fazendo com que Inês sentisse aliviada.

Quando a rainha estava a recuperar, a criada lhe mimou muito, lhe levando bolos e chá. As criadas não deixava Inês por nada sair da cama. A rainha tinha que ter repouso absoluto.

Por muito tempo, desde que Inês chegou ao País das Maravilhas, não se sentia tão relaxada, mas ela sabia que não podia estar ali no bem bom, apenas ficando na cama a descansar.

- Nossa Majestade, o barão Udovic, da Casa de Ouros está aqui para vê-la. – a criada anunciou a chegada de um nobre para ver a majestade, Inês encarou-a com má cara e abanou sua cabeça para os lados negando.

- Eu de momento eu não quero ver ninguém – Inês recusou ver o nobre, fazendo com que a criada arregalasse o seu olhar.

- Mas, Nossa Majestade, ele vem aqui todos os dias e a Majestade recusa-o de ver. – disse a criada.

- Diz a ele que estou a descansar que de momento não estou disponível para visitas. – retrucou Inês dando um longo suspiro. Desde do ataque de Alice, vários nobres vinham lhe visitar todos os dias, trazendo para a rainha flores, quinquilharias e joias. O que era irónico, sendo que dias antes eles estavam todos contra a Inês.

A Aragão havia encontrava com eles no início, mas ficou exausta de tantas visitas que começou a recusar todas as que iriam encontrar com Inês. Realmente a rainha precisava de um descanso.

De repente, um toque diferente na porta, fazendo com que a criada e Inês encarasse a porta com uma de suas sobrancelhas elevadas, a rainha deu permissão pensando que seria Sebastian. Quando uma figura masculina adentrou fazendo Inês soltar um longo suspiro de descontentamento deu permissão para entrar, era César com um ramo de com rosas brancas e vermelhas misturadas com girassóis em suas mãos o aroma das flores eram agradáveis à vista, um laço da cor lavanda estava embrulhado delicadamente o bouquet. Inês estranhou pela preferência diferencial das flores, já tinha visto rosas brancas no jardim das rosas mas nunca tinha visto girassóis no jardim real, mas no fundo no fundo, girassóis era a flor favorita de Inês.

- Se a Vossa Majestade se me dá licença – pediu César permissão para adentrar no quarto real de Inês, aproximou-se da rainha com cautela, sem olhar parecia meio distante, mais de remorso, entregou o ramo de flores para a rainha, encarou para a criada dando a entender que queria estar com a Vossa Majestade a sós. A mulher estreitou o seu olhar pediu licença e saiu.

- Olá César, confesso que não esperava pela sua visita - disse Inês encarando o homem sentar-se na pequena poltrona que encontrava-se ao lado da cama de Inês, o costureiro real estreitou o seu olhar engolindo em seco.

- Vou ser franco consigo, eu estava com receio de vir visitar Vossa Majestade – disse, encarando os olhos verdes de Inês – Vossa Majestade foi reconhecida como sendo a verdadeira rainha. Eu sinto muito pela sua irmã – lamentou.

- Também sinto-me entristecida pelo aquilo que Isabel fez, mas cada um deita-se na cama que fez – a voz de Inês soou um pouco rancorosa, mas no fundo não podia culpá-la, sendo que ela foi a primeira a nascer, mas não herdou o poder de Proteção, mas havia herdado o poder da Invocação que poderia ajudar o País das Maravilhas.

- Pois... – César parecia restringido com alguma coisa – Bem, existem muitos nobres que deixaram de ser seus inimigos, para ser agora seus admiradores, Vossa Majestade. – falou.

- E isso quer dizer o quê? – indagou Inês tentando fazer com que César chegasse ao seu verdadeiro propósito.

- Que não existe uma alma nesse reino que ache que Vossa Majestade é uma rainha falsa. Me atrevo a dizer que deve estar satisfeita com esse feito. – disse César, fazendo Inês rir pelo nariz com o comentário do Freitas.

Rainha ImpostoraOnde histórias criam vida. Descubra agora