Capítulo 10

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No dia seguinte, o dia havia amanhecido com o sol a reluzir os seus raios calorosos iluminava a fachada do castelo de Copas. Inês acordou e se deparou com as criadas a tratar de suas vestimentas, olhou ao seu redor ajeitando-se na cama, lembrou que César estava ferido devido o acontecimento do dia anterior, comeu o pequeno almoço que estava ao seu lado numa bandeja. Devorou com uma certa pressa, levantou-se da cama e vestiu o seu vestido, mas continuava de gola alta, se Pedro reparou e estava com uma certa distância de perto poderia levantar mais suspeitas.

Saiu do seu quarto e deparou-se com o duque, seu semblante estava cansado e as olheiras eram notáveis.

- Bom dia, Sua Alteza – cumprimentou Pedro, Inês olhou para o homem e admirou-se ao ver a aparência do duque um pouco acabada.

- Bom dia Pedro, parece que não dormiu muito... – disse vendo Pedro fazer uma certa careta.

- Não se preocupe Sua Alteza, eu estou bem. – disse na tentativa de não preocupar Inês – Vai comer o pequeno almoço, Sua Alteza? – perguntou mudando de assunto.

- Sim, vou. Mas primeiro vou ver como César está. – disse o semblante de Pedro tornou-se sério suas sobrancelhas franziu-se levemente.

- Então até já, Sua Alteza. – despediu-se fazendo uma vénia perante Inês caminhando em seguida.

Inês seguiu o caminho oposto de Pedro, caminhou até o final do castelo onde se encontrava César. Chegando lá a rainha abriu a porta e viu César dormindo tranquilamente, fechou a porta atrás de si e aproximou-se do costureiro real sentando-se cuidadosamente na cama, mexeu no cabelo de César afastando os fios acastanhados do rosto, ele abriu os olhos e olhou para Inês.

- Vossa Majestade? – indagou surpreso por ver Inês ao seu lado.

- Desculpe, eu não queria que acordasses... – lamentou a rainha encarando César.

- Não. Para dizer a verdade, eu já estava acordado algum tempo. – disse tentando se levantar, queixando-se.

- Não faças esforços – falou ajudando-o.

- Eu ontem eu ouvi a vossa conversa... – disse fazendo Inês olhá-lo com uma de suas sobrancelhas elevadas, foi então que Inês lembrou-se do que Pedro tinha falado acerca de César.

- Ah! – disse na forma de como se lembrou.

- O que eles disseram incomoda a Vossa Majestade? – indagou parecia preocupado com aquilo que Inês pensava. Inês então começou a pensar na altura do ataque e viu que ele usou magia.

- O que é que tem? – perguntou.

- Sobre como eu pude usar magia. – disse tentando lembrar Inês.

- Ah isso. Então, quer dizer que pertences à realeza? – indagou pensando César ser filho de algum barão, ele sorriu desajeitadamente.

- Eu sou filho de uma prostituta. Eu não sei quem é o meu pai. – revelou, Inês encarou César desconcertada, nunca pensou que o costureiro real seria filho de uma prostituta – Minha mãe era a prostituta de luxo, ou seja, a melhor classificada nesse país. Ela tinha beleza muito distinta. Por isso era admirada por muitos. – contou César uma parte de seu passado, Inês encarava o homem espantada.

- O que aconteceu com ela? – indagou Inês curiosa com a história.

- Ela morreu quando eu era criança. – revelou, Inês entristeceu – Talvez eu soubesse quem é meu pai se minha mãe fosse viva – ele sorriu tristemente – Agora pensando nisso, só pessoas ricas e de alto escalão podia chegar até ela. Então meu pai deve ter sido alguém com esse mérito. Pode até ser algum membro da família real... – o olhar de César tornou frio, Inês questionava sobre o quê que ele pensava sobre o seu pai.

Rainha ImpostoraOnde histórias criam vida. Descubra agora