Capítulo 32

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Três dias depois

Inês estava sentada encarando o seu reflexo através do espelho, as criadas penteava os seus cabelos, fazendo um updo baixo com as suas mechas encaracoladas dando o seu charme no penteado, no seu topo da cabeça estava a coroa real, composta por oito arcos fechados que terminam em folhas de acanto, as quais seguram uma esfera encimada por uma cruz latina com radiantes. Os arcos, de largura decrescente, são decorados por perlado maciço e ladeados de frisos de folhas de louro. A base apresenta um friso de losangos intercalado com flores, uma barra de folhas de louro sobreposta por entrelaços e um friso de volutas e flores-de-lís. O remate de onde partem os arcos, é recortado em composição de motivos florais e volutas com elaborado trabalho de cinzel. O interior é preenchido por forro de veludo vermelho, sendo esta a coroa que corou Inês no seu primeiro dia no País das Maravilhas.

A rainha preparava-se para a cerimonia seguinte, para a consagração do título duque a César Freitas.

Isabel preparava os pequenos brincos dourados, detalhado com pérolas e um coração de rubi no centro, colocava o pequeno acessórios nas orelhas de sua irmã. Inês encarou para o seu vestido vermelho de decote em forma de coração detalhado com renda e seda, nos ombros em formato balão de mangas compridas detalhadamente de a renda alternava com o tecido vermelho e a parte de baixo do vestido extremamente rodado, seus sapatos dourados e detalhadamente bordado de rosas. Isabel aproximou do vestido real de Inês levando-o para perto da rainha.

- Irmã, aqui está o seu vestido real, deveremos estar pronta em meia hora – pronunciou Isabel, Inês encarou para sua irmã e suas expressões eram de nervosismo, afinal nunca havia feito aquela cerimonia.

- Isabel – chamou a sua irmã a princesa encarou para a rainha com um ar confusa – Poderás pelo menos dizer como se faz? – indagou a rainha tirando da irmã um sorriso.

- Está bem... – disse.

A igreja estava preenchida pela multidão da realeza das quatro principais Casas, a Inês encontrava-se no centro, Sebastian estava do lado direito da rainha e Isabel estava do lado esquerdo de Inês. O Papa que coroou Inês estava presente nesta cerimonia, e um pequeno burburinho fazia quando de repente, as portas principais foram abertas acompanhadas por um som de trompeta. Todos os presentes se levantaram, César adentrava fardado uniforme militar, a jaqueta nos tons verde esmeralda no peito esquerdo estava o grampo do naipe de Paus, suas calças brancas e suas botas pretas até ao joelho. O futuro duque caminhava cocho acompanhado pela sua bengala, o Freitas olhou para Heitor que se encontrava na primeira fila sorria para o seu amado.

A cerimonia prosseguiu normalmente. Quase a terminar o Papa dá as suas últimas palavras, um dos sacristões vai em direção ao sacerdote entregando uma caixa retangular, fazendo o homem abrir a caixa, tirando de lá a espada real, o Papa caminhou para a rainha fazendo Inês se levantar ficando de pé, o sacerdote entregou a espada. Inês fechou os seus olhos por uns momentos, lembrando-se das palavras de sua irmã.

- Apenas nós, só agimos quando o Papa entregar a espada real para a coroação ou nomeação de alto cargo. Quando o Papa te entregar a espada, ficas de pé. César vai aproximar-te de ti e vai ajoelhar, terá de dizer a profecia... Inês lembrava das palavas de sua irmã. César aproximou-se de Inês ajoelhando-se, a rainha ergueu a espada olhou para a ponta da arma dando um longo suspiro tentando aliviar o seu nervosismo.

- No poder em mim investido. Eu Inês Vaz de Aragão, Rainha de Copas do País das Maravilhas, considero César de Freitas Alves, Duque da Casa Real de Paus. – anunciou baixando a espada tocando em cada ombro do homem, César levantou-se e beijou a mão da rainha formalmente, virou para o público fazendo uma vénia. Todos aplaudiram dando assim, César como o duque da Casa de Paus.

Rainha ImpostoraOnde histórias criam vida. Descubra agora