Rainha Impostora

Capítulo 4

          – Sebastian! – gritou Inês empurrando César para trás levantando-se imediatamente abraçando o homem à sua frente, Sebastian encarava César com um olhar intimidante, digamos que as suas órbitas ficaram vermelhas de raiva, César encolheu-se de medo.

– Pedro está perdendo... – disse, mas o seu olhar não desviava por nada encarando César, Sebastian havia percebido as intenções de César perante a rainha.

– O quê? – indagou Inês em desespero perante a afirmação de Sua Eminência.

– A Rainha sabe que Alice está sempre desesperada por derrotar a Rainha, ela não irá desistir... – o seu olhar sério desviou-se olhando para Inês em seus braços – Temos que ir... – disse pegando em Inês ao seu colo, deu uma última olhada em César fazendo ao homem abaixar o seu olhar de medo.

Ao sair da Torre das Preces, um cavalo negro esperava por Sebastian e pela Inês, o homem colocou Inês a montar o cavalo enquanto de seguida montava o cavalo, Inês encontrava-se em frente ao homem, os braços de Sebastian ficaram de lado de Inês, a rainha abraçou Sebastian enquanto Sua Eminência pontapeia a costela do cavalo com um som típico saindo de sua garganta movimentando as mãos para cima e para baixo com as rédeas fazendo o cavalo a correr naquele momento.

– Para onde vamos? – perguntou Inês a Sebastian, o homem encarou a mulher com os olhos sérios voltando a olhar para a frente.

– Estamos a ir onde encontra-se Alice. – disse Sebastian dizendo o óbvio.

– O quê?! Ela vai me matar! – gritou Inês irritando Sebastian.

– Apesar de seres uma rainha falsa, és a rainha deste reino! – brigou Sebastian, Inês encolheu-se.

– Sebastian, acerca disto... César descobriu que eu não sou a verdadeira rainha – quando Inês terminou a frase o homem deu freio no cavalo parando o cavalo encarando Inês com os seus olhos arregalados não acreditando naquilo que acabara de ouvir.

– Eu não estou acreditando nisso. – disse incrédulo – Era só fingires e agires como tal, o que se passou na Torre das Preces? – interrogou Inês, a rapariga começou a chorar.

– Sebastian, desculpa eu descaí-me, eu estou farta disso tudo! Eu quero ir para casa! – choramingou Inês abraçando Sebastian, o homem encarava Inês de forma chocada, suspirou fundo mordendo os seus lábios.

– Resolveremos isto mais tarde, não te preocupes Inês. Agora temos que derrotar Alice... – reconfortou Sebastian a Inês fazendo com que a rainha ficasse confiante perante aquela situação – Segure-se bem. Temos que nos despachar – o homem tomou às rédeas fazendo o cavalo a correr mais depressa, Inês encarou Sebastian. Afinal ele não é mau. Pensou olhando para os olhos do homem, o olhar de Sebastian brilhava no escuro, como de um gato brilhava à noite.

Chegando ao centro da cidade, havia várias sombras encurralando os cidadãos, as pessoas gritavam e havia o caos espalhado pela cidade. Inês olhou para o pandemónio e assustada encolheu-se de medo. Um som de uma caixa de música fez-se ouvir naquele momento, a voz grave fez-se ouvir a cantar uma melodia sinistra.

"London bridge is falling down, falling down, falling down.

London bridge is falling down, my fair lady"

– Esta música novamente! – disse Inês – Eu ouvi quando caí ao rio! – afirmou a rainha, Sebastian encarou para a multidão em desespero e suspirou pesadamente.

– É o cântico de Alice, ela está a referir-se a queda da rainha, mas eu acredito que isto será impossível, visto que estás aqui para derrotá-la – disse Sebastian a sorrir encarando Inês.