Rainha Impostora

Capítulo 27

Todos ali presentes estavam em choque com aquilo que via, havia ali duas mulheres idênticas, a mulher com a capa aos ombros encarou para a multidão, olhou para Heitor ao seu lado, sorriu para o irmão gémeo de Hélder em forma de agradecimento ao homem por ele ter conseguido desmascarar os dois. Isabel encarou para Sebastian em seus lábios estavam estampado um sorriso malicioso, caminhou com passos largos e firmes para perto de Sua Eminência.

O homem abraçou Inês mais para si, apesar de conhecer Isabel desde pequena, a irmã gémea de Inês agora era uma ameaça para ela, também lembrou-se que no dia do baile havia visto Isabel com uma adaga no pescoço de Inês.

- Ora... Ora... Sua Eminência... – fez uma vénia perante Sebastian em forma de escárnio – Há quanto tempo... Já vi que fui substituída tão rapidamente, Sebastian – Isabel encarou desta vez para Inês, colocou sua mão no queixo da rainha falsa – Olá irmãzinha, já não lhe vejo há muito tempo e confesso que não tive saudades. E já vi que tomaste posse do meu título, Inês – a voz rancorosa de Isabel ecoou pelo tribunal, e sua mão apertava o queixo da rainha.

- Estes dois traíram este reino! – a voz de Heitor ouviu-se todos ali presentes estavam demasiados extasiados com aquela situação.

- Coroar uma rainha falsa é um ato de traição. Eu gostaria de ouvir ambos os vossos argumentos, dadas as circunstâncias de que a verdadeira rainha está presente neste tribunal. – falou o meritíssimo.

- Têm razão... – a voz de determinação de Inês fez Isabel rir da cara dela – Eu sou uma impostora – a confirmação de Inês iniciou um burburinho na assembleia. Inês enfrentou calmamente os nobres – Eu não sei nada sobre política nem sobre esse reino, porque quando eu nasci eu fui separada da minha família, e para não contar que fui quase assassinada pela minha própria irmã – apontou Inês para Isabel, Sebastian engoliu em seco com aquela situação, afinal de contas nunca descobriu o verdadeiro propósito de Isabel querer que Inês desaparecesse.

- Irmãzinha, só pelo facto de existires já é um problema. Afinal de contas o nosso pai odiava-te com todas as forças por teres matado a nossa mãe no dia que nascemos – disse Isabel, em sua mão direita brilhou surgindo um bastão dourado, no topo um enorme coroa detalhadamente com rubis em cima da coroa um coração com uma rubi brilhante, no interior da coroa havia um sino.

- O Bastão da Invocação, então foste tu que roubaste-o no dia em que tu desapareceste da Torre! – afirmou Sebastian em choque não acreditando nos seus próprios olhos viam.

- Eu roubei? Eu só tirei aquilo que me pertence... – começou a balançar o bastão para os lados fazendo o sino tocar – Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Seis. Sete. Oito. Nove. Dez. Onze. Doze. Treze. – as treze badaladas foram altas e um o riso maléfico surgiu soou por todo o lado, todos ali começaram a entrar em desespero.

- É a Alice! – Pedro protestou ao tirar a sua espada da sua bainha

- Só pode estar a brincar – Hélder levantou-se ao ouvir as treze badaladas do pequeno sino, o cavaleiro estava naquele momento desarmado devido ao tribunal.

- Hélder! – chamou Pedro ao loiro, Hélder encarou-o e o duque atirou-o uma espada que havia tirado do brasão do tribunal.

- A rainha invocou Alice para nos atacar? – um dos nobres que estavam ali presentes tremeram de medo. Isabel encarava todos ali com um olhar maligno, estava prazerosamente satisfeita ao ver o caos que começavam ali. De repente um riso masculino surgiu fazendo Isabel encará-lo com indignação e desconfiada.

- Isso é uma grande oportunidade para mostrar a todos quem é a verdadeira Rainha! – Sebastian encarou para Isabel com um sorriso vitorioso nos seus lábios, de seguida olhou para Inês dando uma piscadela transbordando confiança para Inês, a Rainha abanou sua cabeça dando um passo para a frente – Contemplem! Agora vejam o poder da verdadeira Rainha! – gritou Sebastian, Inês elevou o seu braço direito fazendo um clarão por toda a sala.