Madeline - 𝒆. 𝒄𝒖𝒍𝒍𝒆𝒏

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Amor não é coisa que se possa pedir a alguém.

- O Diário de Anne Frank, Anne Frank

█ chapter twenty: friends almost brothers

Naquele dia, Rosalie e Jasper não foram para a escola.

Revesando durante o dia e noite, ambos tinham um acordo silencioso de não deixar a inglesa sozinha. Pela manhã, as duas loiras saíram para caçar, e, com muito custo, Madeline se alimentou.

Rose estava preocupada, sua amiga parecia ter perdido o brilho de seus belos e gentis olhos, havia apenas uma alma oca agora, triste e solitária.

Após retornarem à residência da bailarina, a mesma se encaminhou para o banheiro, indo tomar banho, enquanto a Hale esperava, conversando com seu irmão adotivo.

— O que faremos? — Questionou a vampira, enquanto Jasper olhava para um canto da sala, pensando.

— Talvez devêssemos chamar Alice e Emmett, — O major concluiu — ela precisa se distrair, e ninguém melhor que eles para isso.

— Levamos ela para casa? — Sugeriu Rosalie, e Jasper logo descartou a ideia.

— Não sei se é uma boa ideia, eles se viram lá, certo? — Rosalie concordou — Pode deixá-la ainda mais triste.

Enquanto os irmãos loiros discutiam sobre o que fariam com a amiga — e irmã postiça —, no andar de cima, Madeline se questionava se vampiros poderiam morrer afogados. Porque, sinceramente, ela não se sentia muito animada com a perspectiva de sair do banho em breve.

A bailarina olhou para o anel de noivado que Edward havia lhe dado, o tirando do dedo. Ela mal se lembrava como era existir sem aquele belo e significativo adorno.

Mas, seu pianista não era mais seu, e ela não tinha o direito de usar aquele anel de noivado. Deveria devolvê-lo, e ele poderia fazer o que bem entendesse, afinal, o anel era de sua mãe, Elizabeth. Talvez ele o desse para a humana.

Madeline colocou um vestido em tom creme, com alguns babados e laços delicados, seus cabelos foram presos em um coque baixo, e pequenos grampos com pérolas o adornavam. A inglesa adorava se arrumar daquela forma; como se ainda estivesse no século 20, apenas o ato de se embelezar, a deixava levemente alegre.

Quando colocou a mão na maçaneta da porta, seu pobre coração endurecido se partiu. Ela não se lembrava como era estar sem sua aliança.

A usava diariamente a mais de um século, sentia como se uma parte de si tivesse ido embora. De certa forma, tinha mesmo: ela sentia como se seu coração houvesse sido arrancado.

A bailarina desceu as escadas a passos humanos, notando que sua sala de estar contava com mais dois seres. Rosalie e Jasper estavam sentados no sofá, a aguardando; as duas novas presenças, entretanto, andavam pelo recinto, examinando a decoração.

Quando a inglesa desceu do último degrau da escada, e a vidente dos Cullen correu em sua direção, envolvendo-a em um abraço. Madeline abraçou Alice com toda sua força, com todo o carinho que sentia pela mesma.

Ao abrir os olhos, Emmett estava poucos passos atrás, com os braços abertos — os quais a Windsor se lançou prontamente. O mais alto a ergueu do chão, lhe apertando com força. Quando o momento acabou, Madeline deu um leve sorriso para os novos componentes ali.

— Rose e Jasper os chamaram? — Alice assentiu, sorrindo.

— Viemos conversar, assistir filmes humanos, ou... — Alice sorriu — Ah! Emmett vai lhe contar histórias de caça!

Maddie sorriu levemente, emocionada com os novos amigos.

— Oh, você viu isso, certo? — Questionou ela, e Alice assentiu novamente — Não me sinto surpresa.

Todos riram, e, quando a bailarina se sentou ao lado da amiga igualmente loira, sentiu-se em paz e  protegida; sentiu-se amada. Não admirada, desejada ou cobiçada — amada, no sentido mais puro e genuíno da palavra.

Madeline mal lembrava-se do sentimento.

Emmett lhe contara histórias de caça, onde lutava com ursos e perseguia guepardos. Achava graça das vezes em que humanos quase o viram; para o rapaz, a eternidade era a mais pura diversão.

A bailarina ouviu de Alice sobre as mudanças na moda ao longo das décadas, e o assunto parecia de suma importância quando falado pela voz musical da pequena vampira. A vidente lhe explicara como padrões de beleza mudavam; como isso afetava as pobres jovens humanas.

Ouviu de Jasper um relato completo e recheado de hipérboles sobre o exército de Maria, sobre as disputas por terras no Sul.

Rosalie, porém, se mantivera em silêncio, apenas abraçada com sua amiga. Ela sabia que aquilo não estava resolvendo.

A Hale sabia que Maddie não superaria facilmente, mas estava disposta a fazer o necessário para que a amiga deixasse de lado seu irmão idiota. A loira estava possessa: como Edward ousava fugir para os Denali quando fora o culpado por partir o coração de sua melhor — e única — amiga? E, ainda que não gostasse de admitir, Edward partira o coração de Bella também, ao menos um pouco.

Jasper a olhou de forma discreta, tentando entender a raiva vinda de sua irmã. Rose apenas se aconchegou mais com a amiga, ignorando o vampiro ao lado.

Madeline estava alheia aos dois loiros, focada apenas na história que Emmett iniciara — sobre como lutara com um urso de igual para igual, seu maior ato de vingança. A inglesa não poderia negar que o esforço de seus novos amigos era admirável, todavia, também era inegável que a lembrança de seu ex noivo de braços dados com a humana jamais sairia de sua mente.

Laurent sempre a disse para superar, mas ela sempre se manteve firme com o compromisso.

Aparentemente, ele não.

Heeeeeey

Gente eu tô triste demais com a Maddie assim

Os irmãos Cullen chegando pra animar nossa menina foi tudo pra mim

Então galerinha do mal, tenho a impressão de que Madeline também dará adeus em breve, eeee se tudo sair como planejado, em breve teremos a minha primeira história original!!!

Eu estou muito animada, estou desenvolvendo ela pelo computador, então será como um livro mesmo, e eu espero que dê tudo certo para que eu possa iniciar ela em breve 🤩

OBS.: Essa história provavelmente se iniciará simultaneamente à Persephone, e, se você ainda não viu minha nova história, eu recomendo