Madeline - 𝒆. 𝒄𝒖𝒍𝒍𝒆𝒏

⊰᯽⊱ II ⊰᯽⊱

Afinal, de quantas maneiras um coração pode ser destroçado e continuar batendo?

- Lua Nova, Stephenie Meyer

█ chapter two: one of the ends

A gripe espanhola destruiu toda Chicago semanas depois.

Ao fim da guerra, e com todo o país devastado, a gripe chegou para terminar com o pouco que restava do país, e não havia o que se fazer.

Muitos médicos acabavam morrendo tentando tratar os que tinham tal enfermidade, famílias inteiras estavam sendo mortas por uma gripe sem solução. Não havia vacina, remédio ou tratamento, se podia apenas aguardar a morte. E que ela fosse misericordiosa.

Os espetáculos de ballet foram cancelados, as artistas iam para o teatro treinar, e voltavam para a casa ao entardecer. Sem mais saídas, por segurança.

Madeline passava as horas do dia sentada na janela de seu quarto, observando seu anel reluzindo sob a luz do sol, torcendo para que seu amado estivesse seguro.

Entretanto, notícias ruins correm rápido.

E logo todas no alojamento estavam sabendo que a família Masen havia sido infectada.

As garotas tentavam ao máximo distrair a inglesa, provando roupas e testando penteados por horas, lhe emprestando livros e afastando as camas do quarto, para treinarem durante as madrugadas em que Madeline não conseguia dormir. As bailarinas eram uma família, afinal.

As bailarinas mais próximas da inglesa, Jessamine e Eleanor, não sabiam mais o que fazer. Não poderiam ir até o noivo da amiga e trazê-lo para ela, mas se pudessem, certamente o fariam.

Enquanto isso, no hospital, Edward mal tinha noção do que estava acontecendo.
Em um estado constante de idas e vindas do inconsciente, ele pegava fragmentos do que se passava ao redor. Seu médico, um homem loiro e extremamente pálido, conversava com o mesmo enquanto checava sua pulsação e lhe dava alguma injeção para dor.