Capítulo 53 ~ Malia

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MALIA

Desde que chegamos nessa balada eu estou dançando, desejando tirar todo o stress que tem no meu corpo por meio do suor.

Bug não me avisou quando estaria saindo da reunião, então eu e Nick desistimos de dançar perto do bar e fomos nos juntar com os outros corpos na pista de dança. Grande parte disso foi porque notei que Eric e Nate queriam um tempinho a sós. Eles são tão fofinhos juntos que estava dando vontade de gritar "Fui eu que juntei eles!" pra todo mundo que passava. Tá... Eu fiz isso, mas só umas duas vezes.

Nick a essa altura já estava dançando com um carinha bem bonitinho poucos passos a minha frente. Tento não pensar o quanto ele não combina com ela como Beau combina, mas meu irmão tá sendo um lesado, então que minha amiga se divirta o máximo possível antes de meu irmão finalmente criar coragem e juízo e fazer dela a minha cunhada. Já falei que shippo muito eles?

Ao som de Confident de Justin Bieber eu me acabava de dançar, até que mãos vinheram em direção da minha cintura. Sério? Que imbecil. Chegar agarrando a cintura de uma pessoa que você nem conhece? Ainda bem que ele só encostou a mão na minha cintura, se não eu virava em sua direção pronta para mutilar seu pau.

Não me dei nem o trabalho de olhar para a pessoa, somente retirei as mãos de mim esperando que ela entendesse a ordem. Oque ela fez.

You could tell by the way she walks in the room
She said it's her first time (oh, yeah, yeah)
I think she might have lied
Feels so good, damn (oh, yeah, yeah)
And I don't know why
I'm addicted (oh, yeah, yeah)
Something like an addict
Got me twisted (oh, yeah, yeah)
But still I gotta have it
(Você pode dizer pela maneira que ela caminha
Ela disse que era sua primeira vez
Eu acho que ela pode ter mentido
Foi bom pra caramba
E eu não sei o porquê
Eu estou viciado
Algo como viciado
Me deixou alterado
Mas eu ainda preciso tê-la).

Dessa vez, mãos vieram para minha cintura, mas diferente das primeiras, essa me abraçou, fazendo-me arrepiar. Colando nossos corpos, eu senti aquele cheiro. Eu reconheceria de qualquer lugar. O cheiro forte, masculino e inebriante de Jake.

Soltei um longo suspiro, não sei se foi por causa do seu cheiro, ou pela sensação de tê-lo tão próximo a mim desde a última festa. Talvez seja ambos.

- O que você quer? - perguntei sem me virar. Não quero encarar aquela imensidão de olhos verdes estando totalmente desarmada como estou nesse minuto.

- Você - ele disse baixinho, próximo a minha orelha. Mais uma vez minha pele se arrepiou - Eu ainda preciso tê-la - Droga, Edwards.

- Nosso acordo acabou. Esqueceu? - falei com sarcasmo. Tira ele de perto de você, Malia. Anda!

- Não. Eu não esqueci, assim como ele não acabou - se ele tivesse falando de longe eu poderia me concentrar melhor na raiva que senti quando brigamos, mas não, esse idiota tá em cima de mim.

- Eu não consi... Eu não vou contar a você - tentei me corrigir. Já dei muita bandeira com meus sentimentos pra Jake.

- Eu sei. Eu vou esperar você confiar em mim - diz fazendo com que eu me sinta culpada. Eu confio nele. Muito. Entretanto eu tenho tanto medo dele não querer ficar perto de mim depois.

- Eu confio em você - falei num sussurro, sabendo que ele não escutaria.

- Nós ainda temos um acordo - ele disse e me virou para encará-lo - Escutou? - que raiva dessa mania de mandar e controlar as coisas. E por que raios isso me dá muito tesão?

- Quem disse que eu quero esse acordo de volta, Edwards? - perguntei sem conseguir desviar minha atenção dos seus olhos. Por causa da droga desse salto a diferença de altura já não era muita.

- Eu e você - me aproximou, e o aperto na minha cintura ficou um pouco mais forte - Agora, se você não quiser o acordo de volta, basta olhar nos meus olhos e dizer.

- Eu... - que inferno - Eu não... - CARALHO.

- A gente sabe que você não vai dizer, então deixa de ser teimosa, gata - então sem nenhuma cerimônia ou aviso prévio ele me puxou e colou sua boca na minha me fazendo derreter que nem sorvete no sol.

Uma de suas mãos continuou na minha cintura enquanto a outra subia lentamente pelo meu corpo, até chegar no meu pescoço, onde ele apertou um pouco antes de fazer com que nossas línguas se misturassem em um beijo forte e frenético.

Quando Jake desceu suas mãos para minha bunda e apertou fazendo com que eu roçasse no pau dele, eu gemi. Alto. Ainda bem que não deu pra escutar por causa da música, porque se não seríamos expulsos.

- A gente tem que ir pra outro lugar - Jake disse respirando com a mesma dificuldade que eu. Como eu ainda estava atônita, só confirmei com a cabeça - Vem - disse puxando minha mão.

Estou esquecendo alguma coisa... Nick!

- Onde está o Dan? - perguntei parando o Jake.

- Você quer saber dele agora? - perguntou meio surpreso meio chateado. Pelo visto ele estava acumulando o tesão, assim como eu.

- Claro. Eu tenho que avisar a Nick onde ele está - digo e parece que só agora ele repara que tem irmã.

- Ah, Nick. Ele está lá no bar - falou balançando a cabeça na direção de Dan - Onde tá a Nick?

- Ocupada - falei rápido - Fica aqui que eu vou falar com ela - não esperei uma resposta e saí em direção à minha amiga - Nikita! - falei cutucando suas costas, cortando o beijo dela com sei lá quem.

- Hum? - disse assim que tirou o menino da cara dela.

- Não saia daí. Bug está ali caso precise.

- Você vai pra onde? - perguntou e eu fiz sinal com a cabeça para onde Jake estava procurando a gente com o olhar - Ah. Vai lá! - falou animadinha.

- Juízo.

- Pra você também.

Esperei Jake ficar de contas pra onde estávamos e me aproximei.

- O que caralhos a minha irmã estava fazendo pra você ter saído tão depressa? - perguntou, mas antes que eu respondesse ele falou: - Não. Melhor eu não saber - diz enquanto balança a cabeça em negativa.

Estamos praticamente colados um no outro para poder escutar direito.

- Você quer ficar remoendo o fato de sua irmã já ser crescida, ou pensar em um lugar pra me foder? - perguntei brincando e vi o seu sorriso malicioso crescer.

- Deixo até você escolher. Temos duas ótimas opções. A primeira é o banheiro desse lugar e a segunda é o carro de Dan. A segunda é minha preferida - disse. Sei que ele prefere a segunda porque por algum motivo ele ainda tem um ciuminho de como eu e Bug nos tratamos.

- Não pode ser os dois? - perguntei fazendo biquinho.

- Quantas vezes você quiser - fala no meu ouvido.

Certo, chega. Já estou com a calcinha molhada.

- Escolhe logo um lugar!

- Tá apressada, gata? - brincou e eu só lhe transmiti meu olhar de ódio - Tá bom. Vai ser no carro.

Nos aproximamos de Bug torcendo pra que ele desse a porra das chaves do carro. Jake disse algo no ouvido de Bug, que logo falou também. Trinta segundos depois, Bug deu a chave do carro.

O que aconteceu?

- Vai lá, safada - Bug disse e Jake semicerrou os olhos pra ele - Ah, cara, qual é? Você já está querendo sentar na janela? E tem mais, vocês estão indo transar no meu carro, então chamar ela de safada é apenas a constatação de um fato - falou fazendo com que eu retirasse os olhos.

- Tchau, Bug. Até daqui a pouco.

- Até daqui a muito tempo - Jake me corrigiu e eu ri.

Ao sairmos da boate eu falei com Renato, avisando que voltaria. Não é a primeira vez que venho aqui, então já tínhamos nos falado outras vezes.

Jake me mostrou onde estava estacionado o carro de Bug, que por destino, ou por ele ser filho do dono, ficava bem distante das pessoas e dos outros carros.

Estou ansiosa, assim como meu corpo, que está implorando para que Jake o toque.

Sorte sua que eu te amo.  Onde histórias criam vida. Descubra agora