Capítulo 57 ~ Jake

889 51 6
                                    

JAKE

- Nick, pelo amor de Deus! Já faz um mês que você estuda na White Eagle, você já teve tempo o bastante para se habituar ao horário! - gritei. Mais uma vez eu tenho que espancar a porta do quarto de Nick pra que ela se arrume mais depressa.

Ainda não estamos atrasados, mas a conheço o suficiente para saber que se eu não pegar no seu pé, vamos estar. Hoje não é dia da academia, hoje é jogos simulados, aperfeiçoamento de passes e outras coisas, e para isso eu preciso chegar cedo para vestir o uniforme e suas proteções.

Desci para tomar café da manhã e me deparei com minha mãe andando de um lado para outro com o braço cheio de coisas.

- O que é isso? - perguntei me sentando à mesa com uma porção de ovos e waffles no meu prato.

- O que? - apontei para seus braços e ela pareceu entender - Eu estou arrumando as malas para o Cruzeiro.

- Estão levando quantas malas? - falei com a boca cheia.

- Cadê a educação seu filho de uma - levantei a sobrancelha esperando o final da frase - mulher linda, gentil e educada?

- Gentil, sem dúvidas - zombei e ela fez cara de tédio - Quantas malas?

- Quatro - respondeu e eu semicerrei os olhos em sua direção, não acreditando na resposta - Seis - agora eu acredito.

- É agora que eu digo adeus? - zombei.

- Adeus? - meu pai questiona. Ele estava bem diferente de minha mãe. Enquanto ela parecia estar a horas acordada bebendo litros de energético e bagunçando a casa, ele parecia que tinha acabado de acordar e ainda estava processando onde se encontrava.

- Sim, porque esse é o único motivo pra levar seis malas para uma viagem de cruzeiro.

- São seis malas pra duas pessoas - minha mãe disse como se aquele fosse um puta argumento.

- E quantas delas são do papai? - desafiei.

- Você está vendo isso, Sherp? - mamãe perguntou apontando para mim - Ele não me respeita - se querem saber de onde herdei o drama que habita minhas veias, aqui está a resposta.

- Quantas? - perguntei para o meu pai.

- Minhas? Uma e meia - disse fazendo com que minha mãe lhe enviasse um olhar mortal.

- Nossa - quase quatro malas para uma semana, e conhecendo como eu, sei que são malas grandes.

- Calem a boca. Me deixem em paz.

Antes que eu pudesse lhe estressar um pouco mais, meu celular começou a tocar.

Beau.

- Oi, cara.

- Oi. Você ainda está em casa?

- Estou sim. Você sabe que a Nick enrola demais.

- Rola carona? - perguntou. Estranho. Será se ele se atrasou e os outros foram na frente? Não. Ainda está cedo.

Sorte sua que eu te amo.  Onde histórias criam vida. Descubra agora